Era uma vez um coração afobado, sedento de vida e de histórias de amor. De bater em tantas portas, uma hora se cansou. A dor ficou latente, cada tombo em evidência. Tudo era demais, então ele parou – não de bater pra pulsar a vida. Parou de bater palmas em corações outros. Procurou bater por si só.
Encontrou consolo na filosofia de Nietzsche e Espinosa. Buscou contato com a mente, porque da razão sairia a semente para a mudança que havia de acontecer. Como uma construção, esse coração, coloca tijolo por tijolo. Com intuito de construir uma base sólida em que não seja preciso mais bater de porta em porta, mas escrever uma história que não termine em fundo do poço.
A chave tem de virar, o coração tem de andar com a razão, porque a terra da paixão é perigosa, impulsiva e para um coração cego e apaixonado, qualquer coisa serve. Mas, como ser humano, único e livre – há como se aprender a não ceder aos impulsos e proteger-nos das ciladas através do pensamento e do tempo.
Por isso, querido e amado coração, não te apressa para amar. Ame aos poucos. Se entregue aos poucos, que o precipício há de estar sempre no mesmo lugar, mas reflita, você deseja se estatelar?
Aprenda a ser você e usar a ferramenta mais incrível, além de ti, que tem aí dentro. Ande lado a lado com sua mente poderosa e inteligente. Não se contente com pouco, porque você pode e merece mais. E no fim de tudo, tomando todo esse cuidado contigo, certamente se tornará cuidadoso com o outro, e todos os que passarem por sua vida. Reflita e sinta, tudo junto – sem excluir ninguém. Estou torcendo por você.
LAURA AQUINO.
Geminiana de Franca, interior de São Paulo. Apaixonada por livros, séries, filmes e música. Acredita que a arte move as pessoas para o que elas têm de melhor. Vive no mundo da lua e escreve seus devaneios num emaranhado de palavras que no final acabam fazendo algum sentido. Ou não.
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