O amor é brega
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Era uma vez um coração afobado, sedento de vida e de histórias de amor. De bater em tantas portas, uma hora se cansou. A dor ficou latente, cada tombo em evidência. Tudo era demais, então ele parou – não de bater pra pulsar a vida. Parou de bater palmas em corações outros. Procurou bater por si só. 

Encontrou consolo na filosofia de Nietzsche e Espinosa. Buscou contato com a mente, porque da razão sairia a semente para a mudança que havia de acontecer. Como uma construção, esse coração, coloca tijolo por tijolo. Com intuito de construir uma base sólida em que não seja preciso mais bater de porta em porta, mas escrever uma história que não termine em fundo do poço.

A chave tem de virar, o coração tem de andar com a razão, porque a terra da paixão é perigosa, impulsiva e para um coração cego e apaixonado, qualquer coisa serve. Mas, como ser humano, único e livre – há como se aprender a não ceder aos impulsos e proteger-nos das ciladas através do pensamento e do tempo. 

Por isso, querido e amado coração, não te apressa para amar. Ame aos poucos. Se entregue aos poucos, que o precipício há de estar sempre no mesmo lugar, mas reflita, você deseja se estatelar?

Aprenda a ser você e usar a ferramenta mais incrível, além de ti, que tem aí dentro. Ande lado a lado com sua mente poderosa e inteligente. Não se contente com pouco, porque você pode e merece mais. E no fim de tudo, tomando todo esse cuidado contigo, certamente se tornará cuidadoso com o outro, e todos os que passarem por sua vida. Reflita e sinta, tudo junto – sem excluir ninguém. Estou torcendo por você.


LAURA AQUINO.
Geminiana de Franca, interior de São Paulo. Apaixonada por livros, séries, filmes e música. Acredita que a arte move as pessoas para o que elas têm de melhor. Vive no mundo da lua e escreve seus devaneios num emaranhado de palavras que no final acabam fazendo algum sentido. Ou não.


Frases | Pessoal 
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Imagem: Pixabay.

Já é quinta-feira e todas as coisas que você jurava dar conta desde segunda, se acumulam à sua frente, você pensa ao acordar em tudo que ficou por fazer e mentalmente organiza as  prioridades, faz um café apressado que pareceu mais fraco do que o que precisava nesta manhã preenchida de culpa e certeza de que será pequena demais para cumprir os compromissos assumidos com os outros, mas nenhum consigo mesmo.

Já faz um tempo que sua agenda é lotada de coisas chatas e sérias demais, você se convence de que todas as vantagens de ser adulto é quase nada comparado aos inúmeros itens nada legais a fazer.
Já são quase 2 horas da tarde e eu sou a voz da sua consciência e tento ter sua atenção há algum tempo, mas vê se escuta, é preciso reparar no que existe dentro da gente.

COMO VOCÊ TEM LIDADO COM VOCÊ?
Não é como você tem agido em relação aos problemas no trabalho, àquela notícia trágica de algum parente acometido por uma doença grave, ao preço do tomate ou as contas que estão mais caras e o seu aumento de salário não acompanha; é como você lida com o que acontece dentro do seu coração, como sua alma se sente em dias em que nada tem sido bom, como fica o seu estado de espírito ao ver alguém que sentia saudade, ou como faz para preencher a falta de alguém importante; como você tem lidado com as palavras que são ditas à ti, como faz para aliviar as dores, passar pelas decepções, como tem ficado disponível para conhecer o mundo e as pessoas, ou será que isso não está acontecendo?!

COMO VOCÊ TEM LIDADO COM VOCÊ?
Quando acorda sem vontade de levantar por desejar (por mais que não assuma) que alguém note o seu desânimo e faça algo para mudar essa condição. Quando você percebe que ninguém vai poder mudar o que sente e como enxerga as coisas ao redor, se você não fizer nada para mudar a forma que sente as coisas e como vê tudo ao seu redor.

Me diga... você tem prestado atenção em quem você é? Ou melhor, me diga se você sabe quem se tornou e as tantas lutas venceu mesmo quando quase ninguém viu que batalhas se levantavam à sua frente.

COMO VOCÊ TEM LIDADO COM VOCÊ?
Com essa pessoa que independente da maneira que acorde, de seu humor, nunca deixa de ser do bem e ajuda desconhecidos com a naturalidade em que sorri para quem faz parte da sua rotina.

COMO VOCÊ TEM LIDADO COM VOCÊ?
Com a única pessoa que sabe exatamente onde dói e quem machucou seu coração, mas mais ainda o único ser que pode mudar quem é, por quem é, e ninguém mais.

COMO VOCÊ TEM LIDADO COM VOCÊ se é de uma forma boa ou não?!
SABER LIDAR COM VOCÊ é a maneira mais eficaz de ser resiliente e se superar com o objetivo de nada mais nada menos, ser feliz.


JOANY TALON.
Pra quem acredita em horóscopo é Canceriana, nascida em Araruama no dia 15 de julho de 1986, assistente social pela Universidade Federal Fluminense, e agraciada por Deus pelo dom de transformar em palavras tudo que sente, autora dos livros “Cotidiano & Seus Clichês” e “Intrínseco” e co-autora no livro “Pequenices Diárias”

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Foto: Pixabay.

O que definir de um olhar curvo, anoitecido pelo timbre noturno da poesia acalentadora? O que extrair de um colo que se redime pelo tempo e emparelha a doçura fluida pelos dias comuns? O soneto de quem simplesmente ama se equaciona e se deduz belo e límpido pela textura das manhãs. O dia reverencia os olhos fundos de fé, o sorriso inundado de afeto, a alma que passeia na grandeza dos pequenos momentos.  Hoje é mais um dia. Necessário crer. Porque beleza há, ainda!

Todo dia é apenas dia. Todo momento só é um momento e nada mais. O azulado do céu manipula as sensações, nada mais que extravagância em meio ao espetáculo da vida, que cunha encantos dentro do peito. O valor das coisas mundanas e turvas, se altera na medida em que vestimos o tecido da esperança e adornamos o nada com um zelo de quem cuida. As cores saem das nossas mãos, colorindo o que se debruça, sem cor, pelos quatro cantos. O mundo ganha tonalidades através do nosso apelo franco em viver.

Os desejos suprem o que retumba e desperta entre a nascente dos olhares, dos braços que entrelaçam o calor de suas atrações. O que sentir em meio ao deslumbre dos dias que florescem vida? Viver é deixar-se arrebatar pela frequência de encantos que se desdobra em cada segundo que absorvemos o aroma do ambiente. O sorriso sempre espreita encontros singulares, temperados com a sutil bonança de quem se alimenta de paz. Amar é entender, não saber mais responder. É quando finda o arrebatamento, o elo que sintoniza coração e sentimentos.

O alvorecer se fragmenta na arquitetura da alma, cingindo fé dentro de almas desvalidas e fatigadas. O deslumbre ecoa melodias, feito trilha da nossa elevação. Mais um dia, e o amor nasce nas particularidades, amparado sobre o berço das nossas enlaçadas mãos.




ALEXANDRE LÚCIO FERNANDES
Natural de Porto Velho/RO. Designer gráfico, geek e poeta. Amante do silêncio, das coisas simples e duradouras, escreve para expressar emoções e esmiuçar as belezas da vida. Autor dos livros "Elos no Horizonte"(Penalux, 2013) e "Margens e Constelações" (Penalux, 2019). 


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Imagem: Theo Gosselin

POEMA PARA VOCÊ EXISTIR

Agora, a essa altura da vida,
tudo começa a desmoronar:
os sonhos, os planos, as fomes.

Entre os escombros
que restaram na minha cabeça
tua imagem permanece intocada
[Inconscientemente eu a coloquei
em uma redoma indestrutível].

Sei que não há mais nada a fazer,
mais nada a dizer ou ouvir.
Estou tão triste e solitário,
comendo as migalhas
que o vento espalhou
pelo caminho.

Sinto que não há mais tempo.
Sinto que não saberemos
quem somos.

Te amo
e nem sei se você existe.


WENDEL VALADARES.

Wendel Valadares é mineiro, dramático, exagerado e poeta. Leitor assíduo, devoto de Adélia Prado e Carlos Drummond de Andrade. Publicou os seguintes livros de poesia: Essência (Editora Multifoco, 2012), A tradução do silêncio (Editora Penalux, 2013) e (Re)descobrir (Editora Penalux, 2015). 


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A tão esperada temporada final de Dark estará disponível no dia 27 e chega cheia de expectativas. A série é uma produção alemã de suspense e ficção científica que envolve viagens no tempo.

Mas essa combinação não resulta num cenário futurístico típico, como estamos acostumados a relacionar a essa temática. Nada de roupas metálicas e carros voadores. Em Dark, o cenário é comum e cotidiano e os personagens são estudantes, mães e pais de Winden, cidade no interior da Alemanha.

A trama se inicia com o desaparecimento de um garoto chamado Mikkel. Mas os desdobramentos da sua investigação são surpreendentes, já que a série mistura um toque de física ao abordar questões relativas ao tempo e como as viagens por ele impactam nas vidas dos habitantes da cidade.

O tipo de série que prende o espectador e necessita de toda a sua atenção para ser captada. A narrativa não linear é sedutora, mas pode soar confusa para aqueles acostumados a assistir séries enquanto dão uma olhadinha esperta no Instagram. Dark exige atenção, mas a recompensa é grande: uma história bem construída e sem furos até agora.


A prova disso é a quantidade de conteúdo sobre a série que se encontra na internet, com diversas teorias sobre o que vai acontecer nesse último ciclo da história. Dark tem 2 temporadas já disponíveis na Netflix, ainda dá tempo de maratonar e assistir à terceira e última nesse sábado.




JEL SOUSA.

Amiga íntima das letras e livros desde cedo, seria surpreendente se não encontrasse na escrita sua forma de expressão natural. Com um quê de psicologia amadora, é apaixonada pela complexidade do ser e sentir. Viciada em séries, não perde a chance de maratonar mais uma a cada fim de semana. Produtora de moda e de conteúdo no Instagram @jelsousa.

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