O amor é brega
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Quem nunca se irritou com a lerdeza de uma pessoa que mal sabe em que planeta está vivendo? Quem nunca se pegou contando uma história para um amigo que vive com o pensamento tão distante, que sequer percebe que você estava falando com ele? Quem nunca perdeu a paciência com o drama que fazem ao serem deixados de lado por um único segundo que seja? 

Todo mundo, né? 

Piscianos são seres complexos, mas possuem um coração enorme. No fim das contas, você acabará querendo fazer parte deste universo paralelo e cheio de ilusões, mas sempre com muitas histórias para contar. Mas a coisa não é bem assim. Como sou um exemplo clássico, posso falar com propriedade que muitas pessoas evitam ter alguém de peixes por perto. 

Talvez por serem apegados demais, por sonharem alto demais ou por se iludirem facilmente com qualquer história que desperte a sua atenção. Mas, isso apenas quando conseguem prestar atenção em alguma coisa. E isso eu tenho que admitir; somos dispersos por natureza, vivemos com a cabeça em um mundo tão distante daqui, que quase não é possível perceber o que acontece ao nosso redor.

A boa notícia é que, com a pessoa certa, esse mundo passa a ser dela também. O pisciano nunca é distraído quando demonstra interesse. Está sempre atento a cada detalhe, e, por ser extremamente sonhador, faz questão de colocar em prática cada sonho que a outra pessoa ainda não teve coragem de realizar.

O pisciano pode ser desatento, mas sabe dar atenção como ninguém. Pode ser preguiçoso, mas é capaz de fazer o impossível por quem se ama. Pode ser lerdo, mas sempre irá perceber quando você estiver precisando de cuidado. Para alguns, são pessoas que pouco falam e que passam a vida mais sonhando do que realizando. Para outros, são pessoas que sentem tudo que acontece ao seu redor e por terem tanta capacidade de sonhar, sempre conseguem semear a esperança por onde passam.

Muitas pessoas fazem questão de perdê-los de vista. Mas muitas outras se encontram quando se esbarram com algum. E é por isso que eu digo que é normal se apaixonar por alguém deste signo. E é mais normal ainda querer manter distância desse mundo tão confuso. O que não é normal é não ter nada para contar quando um pisciano passa em sua vida.


NETO ALVES
Sou mineiro, enrolado e extremamente sonhador. Por não caber mais em mim, criei a conta @ressacaimoral no Instagram. Sou distraído por natureza. Tropeço em mim mesmo rodos os dias, mas nunca me acho. Priorizo os meus amigos, minha família e o meu litrão em cima da mesa. Sou muitos, mas gostaria de ser todos ao mesmo tempo. Enquanto isso, vou fingindo ser quem você pensa que eu sou.
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Ontem à noite peguei minha bolsa e resolvi que arrumaria ela. Despejei tudo o que estava dentro: chaves, maquiagem, comprovantes de cartão, moedas e uma infinidade de tranqueira que mulher carrega. Peguei duas nécessaires e dividi da seguinte maneira: uma para as maquiagens e outra para produtos de higiene. Na bolsa de maquiagem havia um pouco mais de dez batons, pincéis e algumas sombras. Separei os batons que não usava com frequência e os guardei em uma maletinha. Deixei apenas o essencial.  

Na outra bolsinha separei uma escova de dente – antes havia duas, fio dental, antisséptico bucal e um protetor solar. Antes de finalizar juntei os remédios que estavam espalhados dentro da bolsa: dipirona, omeprazol, labirin e tantos outros que me fazem parecer hipocondríaca, quando na verdade sou apenas cautelosa. Separei todos, organizei e coloquei em um compartimento dentro da bolsa. Tudo organizado. Tudo arrumadinho.

Por que resolvi arrumar tudo isso? Só por que estava bagunçado? Não. Enquanto tomava banho lembrei de uma palestra que participei na adolescência que dizia o seguinte: “sua bagunça reflete o seu estado de espírito e o que há em seu coração”. Uma das novas metas, não somente para o próximo ano e sim para a vida, é me livrar dos excessos, deixar a minha alma cada vez mais limpa e o meu coração livre de entulhos. Pode parecer esdrúxula a comparação, mas eu realmente afirmo que não é.

A gente carrega tanto peso desnecessário, tantas mágoas que poderiam ser vencidas, tantas pessoas que nem deveriam povoar os nossos pensamentos. Isso tudo porque somos apegados demais ou porque não aprendemos a dizer adeus. Olhar para o nosso interior e para o nosso redor com um olhar mais clínico nos faz perceber que às vezes vivemos em meio a restos emocionais por pura permissão.

Ontem eu arrumei a minha bolsa, mas mais que isso: eu arrumei meu coração.


PÂMELA MARQUES

Pâmela Marques é escritora, musicista e apaixonada. Tem alguns títulos acadêmicos, mas o que realmente importa é que ela vive para arte. É fã alucinada de Roxette, amante de Caio Fernando Abreu e admiradora de Tolkien.


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Estava esperando o farol abrir quando te vi naquele bar da esquina. Para a minha surpresa, você estava com um copo de cerveja na mão. Logo você, que dizia detestar cerveja... Lembra quantas vezes eu tentei te convencer a mudar de ideia, te oferecendo alguns goles das mais diversas marcas para ver se você finalmente iria gostar? Você bebia e, logo em seguida, fazia aquela sua careta clássica de quem achava a cerveja amarga demais. 

Muitas destas tentativas foram neste mesmo bar, aliás. Nós vivíamos ali, quase sempre em plena madrugada, comendo aquela porção de petisco gordurosa que matava a nossa fome. Você dizia que ainda iríamos passar mal por causa dela, esquecendo-se das caipirinhas que tomávamos, das cervejas que eu bebia e do cigarro que você acendia a cada cinco minutos. Eu dava risada e dizia que é melhor passar mal do que passar vontade. Você concordava, pedia uma água para matar a sede e amenizar a bebedeira... E nós ficávamos ali até sermos expulsos pelo garçom. 

"Vão querer mais alguma coisa? Vamos fechar a cozinha e o bar". Ouvimos isso em todas as vezes que nos juntamos ali. Quase todos os garçons já nos conheciam. É claro que estas lembranças vieram à tona assim que eu te olhei e eu confesso que senti saudade. 

Por ironia do destino, deu para ouvir a música que a banda tocava: "I'll be there for you" do Bon Jovi. Cantamos ela inúmeras vezes, em alto e bom som (aos gritos, para ser mais claro), como uma declaração de amor, como uma forma de selar a nossa união. Naquela época, nós ainda acreditávamos que éramos para sempre, que nada, nem ninguém, iria nos separar e que seríamos incapazes de vivermos um sem o outro.

Agora eu estava ali, um ou dois anos depois, parado a poucos metros de você e te observando só de longe como um desconhecido. Você estava encostada no muro com o seu velho All Star branco, uma saia jeans e aquela camiseta preta e rasgada que você não largava. Pelo visto, algumas coisas não mudam e ela continua sendo a sua preferida. Seus olhos estavam brilhando e você deu um sorriso largo e sincero enquanto conversava com alguém que eu não reconheci. Não sei dizer se é amigo, namorado... Mas sabe, você me fez sorrir ali, mesmo de longe, mesmo sem saber, só pelo fato de te ver feliz. 

Eu até senti vontade de te chamar, te dar um oi, mas me contive no segundo seguinte. Eu sabia que, ao fazer isso, eu poderia facilitar uma (re)aproximação nossa e tudo se tornaria um caos depois de alguns poucos dias, meses ou talvez anos, já que até mesmo as nossas semelhanças parecem artimanhas para nos separar. 

De qualquer forma, sei que nada mais seria como antes... Nós fomos feitos para sermos felizes, mas longe um do outro. Por isso, prefiro assistir a tua alegria daqui de fora, escondido. E, então, toda vez que eu te olhar - seja a alguns metros de distância ou em uma fotografia qualquer, toda vez que eu sentir que você está seguindo em frente e vivendo a sua vida de um jeito que te faz sorrir, eu vou sorrir também.

Porque mesmo não sabendo se deixei de te amar ou se apenas te amo de um jeito diferente, eu nunca deixarei de querer o seu bem (e nem de estar sempre aqui para você, ainda que os seus olhos não me vejam, exatamente como diz a nossa música).


BEATRIZ ZANZINI.

Jornalista, escritora e filósofa de bar. Escrevo em uma tentativa de me descobrir e também de desvendar o mundo. E então percebi que, ao compartilhar minhas ideias e sentimentos, às vezes consigo ajudar não só a mim mesma, mas também outras pessoas que se identificam com as minhas vivências. Isso me traz uma inspiração ainda maior a cada dia.
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Eu deveria estar fazendo qualquer coisa, menos pensando em você. E pensar em você é a única coisa que consigo fazer na maior parte do tempo. Quero tirar sua camiseta e beijar você, quero correr pra dentro dos seus braços, quero ficar quieta enquanto sinto seu cheiro, quero te cobrar todas as promessas de carinho que insiste em fazer todos os dias que acabam me deixando mais carente e com mais vontade me de me jogar em cima de uma cama e te puxar pra cima dela.

Às vezes essa carência me assusta, só que não é qualquer carência e não é qualquer vontade, não é de qualquer pessoa ou de uma pessoa qualquer. Por algum motivo eu não sei porque você apareceu na minha vida e, de alguma forma que não sei explicar, está sendo bom, sem expectativas ou neuroses e eu não sou assim, mas estou sendo; e está tão bom, pela primeira vez acontece alguém na minha vida que não me deixa mais louca do que já sou.

 E tenho certeza que quando você chegar, mesmo que eu queria que o tempo demore a passar porque estou nervosa com tudo isso, quando chegar a hora, vou te trancar no quarto como prometi que faria, e então você será meu, somente meu. Estou com saudade, do gosto da sua pele, e das suas piadas idiotas, e do seu beijo e do calor do seu corpo, e de como você faz eu me sentir. Lembra quando eu fiquei com vergonha de te beijar pela primeira vez e então quando dei por mim estávamos numa cena de uma comedia romântica dessas que nunca assistimos por que achamos que somos mais românticos que qualquer comedia romântica.

Estou sentindo falta de sentir o calor da sua pele em mim, das suas mãos deslizando no meu corpo, você sabe exatamente como me beijar, e o que fazer com meu corpo pra me incendiar. Você me ensinou que não preciso de você nem de ninguém pra ser feliz, mas te quero mesmo assim, por que querer alguém que faz bem, que me torna melhor e que me mostra que sou responsável por toda alegria que posso ter é a maior prova de sanidade. Quero sentir o calor que seu sorriso trás, a calma e a tranquilidade que acompanham sua presença, o prazer que seu corpo me dá. Agora Estou com mais saudade.


VITORIA LORDEIRO
Sou tímida ao extremo mesmo parecendo ser alguém extrovertido, Amo MPB (coleciono discos); não assisto televisão , nunca. Escrevo sempre tentando decifrar a alma masculina. Amo café, ler e ficar vendo receitinhas na internet.  Prefiro livros a festas. Amo comidas estranhas, quanto mais esquisita e nojenta mais eu gosto. Choro vendo ursinho Pooh e sempre torci para o Frajola. 


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Já acreditei em muito "para sempre" que não se concretizou. Hoje, eu sei que quase nada é certo nessa vida, principalmente quando se trata de sentimentos. E falando em sentimento, sabe aquele cara que eu sentia que era o meu grande amor? Agora eu nem sei quem ele é, o que faz ou como está. O motivo? O que parecia ser um conto de fadas com final "felizes para sempre" teve o seu fim. E sim, teve de fato o "felizes", talvez não para sempre, mas o felizes separados, com cada um seguindo o seu próprio caminho, como um conto da realidade.

Tá certo que levou um bom tempo... Chorei muito, sofri, me decepcionei e até achei que nunca mais amaria alguém de novo, mas passou. Lembro que me diziam, desde quando eu comecei a lamentar o término, que tudo passa, mas eu não conseguia acreditar que desta vez passaria. Mesmo assim, como em todas as outras vezes, passou. Eu precisei de uma tristeza profunda e de uns bons dias de recolhimento para perceber que as coisas são como devem ser, que não faria sentido continuar uma relação na qual eu já havia aprendido e amado tudo o que eu precisava aprender e amar.

O tempo passa e o desespero vai sumindo, a dor vai diminuindo, a saudade vai se esgotando... E assim a gente dá lugar para a serenidade necessária para cuidar de nós mesmos, a força essencial para recomeçarmos a nossa vida. Depois, você pode até encontrar um outro alguém que fará o seu coração bater mais forte de novo, mas será diferente, sempre é.

A gente ganha mais sabedoria a cada relacionamento que tem e a gente também aprende a se gostar mais a cada decepção que sofre. Só assim a gente consegue amar de forma mais livre e saudável, com os pés no chão, porque já sabemos que nada é para sempre e que não existe garantia de eternidade no amor (nem mesmo na vida!).

Por isso, se hoje está doendo, acredite: passa. Assim como a relação teve o seu fim, a sua dor também terá... Geralmente, aquilo que um dia te fez feliz e hoje te faz chorar é exatamente o que você precisa para transformar algo dentro de você. Foi "seu" enquanto trazia algo de bom e deixou de ser exatamente pelo mesmo motivo, porque a gente precisa do vazio para dar espaço ao que merece chegar. 

E então vai perceber que a sua dor foi fundamental para que você aprendesse algo importante: a amar alguém de uma forma muito mais harmoniosa e/ou a amar a si própria sempre em primeiro lugar, entendendo que algumas coisas saem para que outras melhores possam entrar.



BEATRIZ ZANZINI.

Jornalista, escritora e filósofa de bar. Escrevo em uma tentativa de me descobrir e também de desvendar o mundo. E então percebi que, ao compartilhar minhas ideias e sentimentos, às vezes consigo ajudar não só a mim mesma, mas também outras pessoas que se identificam com as minhas vivências. Isso me traz uma inspiração ainda maior a cada dia.
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Querida, que saudade! Sinto falta de nossas conversas calmantes. Andamos meio meia boca nesta vida corrida. Andei ocupado esses dias, você bem sabe, pois anda mais ocupada que eu. Invejo sua vida - tu bem sabes, já que todo dia faz tudo sempre igual, porém faz o que gosta.

Sincera amiga, o sonho é ópio que não permite ver com clareza a cruel passagem do tempo. Ando escrevendo pouco, paredes não inspiram. Acho que vidas brandas não dão bons poemas a respeito de nada. O sofrimento do amor é o responsável legítimo por belos sonetos. Quem melhor que alguém de sentimento reprimido, desejoso da liberdade, para descrever a falta que ela faz? A ausência do objeto de desejo é mais inspirador - admito - do que a simples descrição de algo que se tem em mãos.

Talvez discorde de mim, minha cara, mas quando sofremos por amor os versos são mais doces.

Me perdoe se insisto à toa. Quem sabe a felicidade chegue perto de nós e queira ficar. Entendo perfeitamente essa constante armadura que carregamos. Ela pesa às vezes, não é mesmo? Ficar sem ela é arriscado e, aprendemos, há muito, que é melhor não arriscarmos. Pode ser que, em algum momento que fiquemos um pouco vulneráveis, alguém nos pegue desprevenidos. E aí então não terá mais volta.

Deveria, pela boa educação, há algumas linhas atrás, perguntar como vai. Não o farei. Conheço todas as tuas respostas. Sei que sempre vai bem, até mesmo quando não vai. Sou admirador da sua mania de sempre ser forte. Lembra quando eu brincava que era a minha heroína, dessas de histórias bobas que salvam o mundo com um laço? Você sempre sorriu da minha inclinação a fantasiar com super-heróis.

Sei bem que estamos cansados, querida. Não minta para mim, conheço seu cansaço; está tarde, preciso dar comida ao gato. Amanhã talvez tirarei uma folga. Provavelmente não. Responda quando puder. Sei bem que lê minhas mensagens e não responde, mas mande notícias para eu saber que está tudo bem. Me preocupo contigo, querida. Sei que não acredita quando digo, mas sinto saudade. 

VITORIA LORDEIRO
Sou tímida ao extremo mesmo parecendo ser alguém extrovertido, Amo MPB (coleciono discos); não assisto televisão , nunca. Escrevo sempre tentando decifrar a alma masculina. Amo café, ler e ficar vendo receitinhas na internet.  Prefiro livros a festas. Amo comidas estranhas, quanto mais esquisita e nojenta mais eu gosto. Choro vendo ursinho Pooh e sempre torci para o Frajola. 


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"Qual a maior riqueza de um homem?", ele se perguntava. E sempre foi desses, indagador da existência humana, um exímio antropólogo por natureza, desde quando se entende por gente. Aos doze, perguntou a seus pais qual era a definição de amor e todo universo do romantismo que vira na televisão. Logo foi desacreditado pelos pais que o resumiram num simples "conto de fadas". Um pouco mais espichado, aos quinze mais ou menos, vivia a pesquisar coisas como "o homem e seus sentimentos" e "a natureza humana e seus mistérios", e pouco perdia seu tempo com as disciplinas triviais da escola. Tanto que nunca foi um aluno do qual os pais pudessem se gabar, apesar de ser um garoto muito prestativo. Entre suas divagações, encontrou o destino que espera por todos os adolescentes: os desejos da carne. E viu que nem só de ideias vive o homem, mas também de ações. Porém, seu maior questionamento, aquele que o fazia meditar todas as manhãs enquanto observava sua mãe coar o café, aquele que ninguém nunca se atreveu a responder, nunca fora findado.

Aos dezoito, a caminho da faculdade de ciências sociais, esbarrou-se. E derrubou-a. "Desculpe-me, pois sou muito desastrado", disse à pobrezinha estatelada na calçada. Ela, meio atônita, desculpou-o. Pediu que tivesse mais atenção ao caminhar por ali, porque não adiantava mais pensar sobre a bezerra uma vez que sua morte já era fato consumado. Riram-se. E foi aí que ele viu, pela primeira vez, suas mãos tremerem e seu fôlego esvair-se. Foram-se, cada qual para o seu devido lado. Ela, linda, olhos claros, cabelos longos, voz fina e calma rumando ao norte para a casa dos novos vizinhos, ele totalmente perdido sem saber se continuava seu trajeto ou se apenas ficava ali sufocando naquele sentimento tão novo e apavorantemente inebriante. Desde então, duas seriam as indagações que o afligiriam por longos meses: "qual a maior riqueza do homem?" e "o que era tal sentimento?". 

Enquanto não encontrava suas respostas nos livros de Freud, começou a se aproximar dela, meio sem querer, meio querendo por demais. Foram-se conhecendo, pouco a pouco, diariamente, sem deixar que a carroça atropelasse os bois. Apaixonaram-se. Ele era uma nova pessoa, ainda indagadora das maiores inquietudes da humanidade, mas perdidamente dedicado a fazer uma garota feliz; ela, cada dia mais estudiosa, se pegava sonhando acordada em poder vê-lo com mais frequência, já que seu coração pulsava mais forte apenas de ouvir sua voz a chamá-la no portão. E se permitiram viver esse amor. No auge de seus vinte e cinco anos, casaram-se e constituíram um lar. Simples e modesto e cheio de todo o amor que a cidade jamais vira em anos de existência. Todos os admiravam, eram tão vivos e cheios de sonhos, cheios de companheirismo. Tiveram filhos, tão lindos quanto o casal. Um casalzinho: o menino era a cara do pai, a menina, uma princesinha.

Queria eu continuar a contar sobre os dois, sobre suas aventuras, seus feitos, suas ideias, seu ninho de amor, o crescimento de seus filhos. Queria eu poder continuar. Queria eu não ser obrigado a parar bruscamente. Queria eu ter evitado aquele acidente, aquela morte, aquele choro desconsolado da tão moça viúva e de seus pequenos órfãos de pai. Não pude. Ela, quinze anos depois, ainda vive bem, da maneira que Deus a permite. Conseguiu voltar a sorrir, um sorriso incompleto, mas um sorriso. Seus filhos, já formados, são seu orgulho. E, certamente, seriam o do pai também.

Hoje, bem cedinho, estava ela lá, organizando as coisas que a recordavam dos dias felizes ao lado dele, quando se depara com um bilhete. Escrito a próprio punho por ele, num papel já amarelado pelo tempo, datada de um dia antes da tragédia. Dizia ele assim: "Encontrei a resposta que tanto procurei por toda minha vida. E, ao contrário do que dizem, não foi tão difícil assim. A maior riqueza de um homem se chama Cecília, Joaquim e Clarinha. Se chama família. Se chama amar!"

EDSON CARDOSO
Professorzim brasiliense, formado em letras, amante de (boa) música e rato de jogos online. Um cara que não é um poeta, mas que se arrisca a brincar com as palavras. Nem de longe um boêmio, tampouco um insensível nato. Gosta de ficar em casa enchendo os "pacovás" das irmãs e ouvindo o cantarolar de sua mãe. Coleciona fotos e lembranças das viagens que já fez e planeja muitas outras. Alguém que agradece a Deus diariamente o dom da vida e a graça de ter uma família com quem pode contar. 

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Se ainda existe alguma dúvida da constante insatisfação humana em torno da própria condição atual eu não sei, mas é fato que sempre estamos a colidir com nossa realidade, querendo sempre mais disto ou menos daquilo para “supostamente” alcançar a falsa impressão de completude num campo qualquer da vida que esteja inadequado aos nossos olhos. Dinheiro nunca é o bastante, nosso corpo nunca parece legal e até mesmo o clima vive a nos surpreender – às vezes frio, quente ou chuvoso demais.

Não sei se é uma reflexão muito particular ou se outras pessoas se identificam, contudo, sempre neguei minha idade por exemplo. Quando criança adorava “brincar” de ser adulto e simular condições precoces de responsabilidades que não eram adequadas àquela realidade. Quando adolescente, prosseguia neste mesmo prisma – chegando a adulterar a idade em cadastros de redes sociais. Hoje busco um método para ao menos parecer mais jovem, mas aí me pergunto: quantos anos eu tenho mesmo?! Sinceramente nem sei mais!

Toda esta revisão cronológica me veio à tona após um almoço, num dia qualquer, enquanto presenciava uma criança subindo na cadeira para atingir a mesma altura do pai. Naquele instante olhei no fundo dos olhos de todas as minhas responsabilidades, medos, anseios e me bateu uma saudade enorme da infância que joguei na lata de lixo – pura e simplesmente para avançar a etapa que cedo ou tarde chegaria; e chegou!

Agora se resolvo me fazer de criança, certamente serei tachado de demente ou negligenciador de realidades, uma espécie de fobia etária que o mundo ainda não desenvolveu cura, nem tão pouco estudou as causas. Minha vontade, às vezes, é encontrar a síndrome que acometera Benjamim Button e retroagir toda inocência puritana que se foi junto aos carrinhos que deixei sobre a estante que não tenho mais acesso.

Ah! Se você soubesse a saudade de levar broncas por apenas deixar a toalha molhada sobre a cama ou par de meias espalhadas no chão do quarto. Sobre a preocupação em esconder (e não ser descoberta) as latas de leite condensado que abria para tomar até sentir enjoo. Sinto falta até mesmo de levar algumas palmadas do chinelo Samoa da minha mãe (clássico dos anos 80 ou 90) que amortecia as dores junto ao seu solado de revestimento macio – mesmo minha mãezinha acreditando causar grandes estragos.

Tudo que um dia eu quis avançar, hoje me faz querer voltar no tempo. Eu faria tudo tão diferente, aproveitaria tanto... Teria tempo até mesmo para estudar mais e me dedicar naquilo que criança não gosta. Mas daí eu percebo que novamente estaria trocando a magia infantil por um plano de, talvez, não ser um adulto frustrado.

Melhor deixar a vida acontecer e perder um pouco dessa mania de ser além ou aquém daquilo que represento agora, hoje! Melhor que se faz é viver e desfrutar cada etapa, tal qual ela se apresenta, pois cada fase é única e por mais árdua que se possa parecer, causa uma nostalgia que embola a garganta...

DIEGO AUGUSTO.

Mineiro de Belo Horizonte, engenheiro de produção por profissão e escritor por paixão. Amante da vida e das pessoas, acredita que os sonhos embalam a vida e o amor propulsiona os sonhos. Odeia o mais ou menos e pessoas que querem progredir cedo acordando tarde. Apreciador de cervejas e conselheiro de temas que pautam as mesas de bares.
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Me lembro até hoje da cena em que te vi partir. Os seus olhos soltavam meias lágrimas, a sua voz fraquejava e você me deu um beijo sem paixão alguma, com gosto de culpa. Ao virar as costas, você disse que iria me amar para sempre, como se tentasse convencer a si próprio (sem deixar eu encarar o seu rosto para me impedir de notar a sua dúvida). Fechei a porta lentamente, como se isso fosse capaz de fazer a gente durar mais alguns segundos. Mas a angústia que gritava em meu peito me alertava que o fim já estava decretado e que nada poderia evitá-lo.

Tentei dormir, mas o sono não veio e eu só conseguia chorar em silêncio. Poucos dias depois, eu confirmei a minha suspeita de que a nossa história havia acabado. Mesmo assistindo as suas falhas e a sua ausência, a falta que eu sentia de você fazia com que eu ignorasse completamente a minha razão, te esperando todos os dias. Idealizei você voltando de mil formas, por mensagem, carta, telefonema... até fiquei por horas na janela querendo avistar o seu carro, mas os dias foram passando e você não apareceu. Em seu lugar, a verdade é que se fazia presente, mostrando para mim o que eu não queria enxergar (nem acreditar).

Soltei a raiva da gaiola e transbordei a mágoa até eu me cansar... Deixei a dor vir à tona, me rasgando por inteira, na tentativa de me regenerar. Assim, aos poucos, fui desconstruindo os planos que envolviam você, fui me refazendo, me libertando das memórias e da saudade de nós dóis, me permitindo ser somente eu. Quando a razão me invadiu por completo, ela me mostrou que no começo é normal esperar por quem vai embora, sentir falta e torcer por uma volta. Mas, como tudo na vida, isso também passa... E também deixa de doer. 

Aí eu finalmente percebi que não faz sentido querer quem não quer a gente. Percebi que não vale a pena esperar por quem escolheu não ficar. E, principalmente, percebi que o que deveria voltar era a minha paz, o meu amor pela vida e por mim mesma. Desde então, eu passei a agradecer, todos os dias, pela sua partida.



BEATRIZ ZANZINI.

Jornalista, escritora e filósofa de bar. Escrevo em uma tentativa de me descobrir e também de desvendar o mundo. E então percebi que, ao compartilhar minhas ideias e sentimentos, às vezes consigo ajudar não só a mim mesma, mas também outras pessoas que se identificam com as minhas vivências. Isso me traz uma inspiração ainda maior a cada dia.
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Eu, com um cigarro aceso e uma taça e vinho.
Ele deitado nu na cama. 

Eu tento desenvolver as ideias para transcrever o que sinto, mas a verdade é que ele me fez sentir como eu nunca, jamais, esperaria sentir. Não agora. Eu me senti feliz. Bem agora, aqui, vivendo o que eu vivo e sentindo o que eu sinto. Pensando que seria impossível tirar a mente das coisas que me deixam triste. A gente se esquece que não pode perder tempo e que se algum contexto não parece favorável e se você já fez o que tinha para fazer, você apenas sai andando pra frente, sempre. Se move pro mundo se mover.


Ele levanta, vem ler o que eu to escrevendo, eu escondo o papel, me diz que eu tenho que parar e dar atenção a ele. Porque ele já tá com saudade e vontade, me faz cócegas algo que eu não gosto muito porque me apavora. Mas ele pode. Ele segue insistindo para eu largar a caneta, mas não dá.

Ele me inspira.

Eu larguei a caneta, fui pra cama. Fui dele, toda. Pela quarta vez nessa mesma noite, a gente fuma, bebe e come, volta pra cama. Joga, sorri, ri, vê filme. Filme chato, a gente para. E se toca, toca mais. E a gente fica molhado um do outro. Ele me fez esquecer, pelo menos por hora, me fez rir. Meu corpo no dele, sincronia inesperada, poesia, charme, leveza, alívio. 

A vida é sempre feita de encontros, e por mais que algum encontro em particular, não possa ser superado por outros, porque na verdade não pode mesmo. As pessoas de fato, não são substituíveis... 

Vou te contar com toda a sinceridade que tento ter e reproduzir sempre: há outros encontros, bons de diferentes formas, outros tamanhos, sabores e cheiros. A gente precisa se manter aberta, livre mesmo presa, se deixando flutuar por aí pra não acabar emaranhada em sentimentos que não podem ser vividos e por essa razão precisam ser deixados para trás.


Se é entrega o que eu precisava além de toda a que já era minha, você me dá de antemão, sem eu nem ao menos pedir, a sua.

"Toma!" 
"Sente." 

"Me sinta".


Você me diz sem precisar falar.
Um dia que pode ter mudado tudo ou pelo menos me lembrado que eu continuo sendo a pessoa mais viva que eu conheço e continuarei sendo.

ALINE VALLIM
Tenho 31 anos, escritora, professora de inglês, aquariana, feminista, blogueira e problematizadora, não necessariamente nessa ordem. Quero escrever e espalhar pelo mundo minhas linhas. Viciada em café e mate. Espero loucamente que a empatia salve o mundo e possamos de verdade, nos desfazer de tudo o que nos prende. E sejamos finalmente, livres. .

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Todos somos errantes, descobridores de caminhos cheios de quedas, de encontros certos e algumas dúvidas. Passamos a vida aprendendo e ensinando. Escrevendo como bem entendemos a nossa história, sozinhos ou com quem escolhemos! E desde sempre, numa relação ou outra, a gente vai se deparar com ciúmes e ainda com a possessividade. Isso é de fato algo que sabemos que existe e não é bom para ninguém. Nem para quem sente, tão pouco para quem é objeto dela.

Somos seres que devemos, muitas vezes, frear nossos impulsos e inseguranças. Não dá para ter algo sólido se não somos capazes de agir sem desconfianças ou se usamos de artifícios desleais para ter domínio de quem está com a gente por vontade e não por obrigação.

É muito comum termos a curiosidade - ou, simplesmente, por cuidado - de querermos saber os passos do outro, o que fez ou onde esteve, para isso servem as perguntas. Mas daí fazer uso do que a tecnologia criou para a segurança dos seus usuários a fim de testar a fidelidade alheia é desonesto, injusto quando não se encontra indícios para deixar de confiar em alguém.

Sim, reconheço que muitos casais já foram desfeitos por intermédio de práticas como estas de vigilância e controle, mas o que estamos aqui tentando falar é justamente quando não temos motivos para isso.

Isso pode criar crateras profundas em que se sente vigiado, monitorado e se a confiança de alguém, isso pode doer, e criar distâncias entre quem se tenta manter próximo. Ciúme é normal na maioria das relações de afeto, o excesso é que condena algumas atitudes, entende? Tem expressão que ofende, invade a privacidade de quem decidiu seguir com a gente por vontade!!! Precisamos lembrar?

Cuide da sua insegurança! É responsabilidade sua e o respeito existe para qualquer um fazer uso dele. Cada ato pode produzir uma resposta e ninguém gosta de saber que, apesar de toda fidelidade e cumplicidade, ainda é alvo de suspeitas e desconfianças. “Que tal confiar no próprio taco?!”




JOANY TALON.
Pra quem acredita em horóscopo é Canceriana, nascida em Araruama no dia 15 de julho de 1986, assistente social pela Universidade Federal Fluminense, e agraciada por Deus pelo dom de transformar em palavras tudo que sente, autora dos livros “Cotidiano & Seus Clichês” e “Intrínseco” e co-autora no livro “Pequenices Diárias”


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Quando eu te deixei, imaginei que a continuação da minha vida seria bem triste. Era necessário te deixar mesmo? Não, não podia ser verdade. Éramos um encaixe perfeito de tudo que era verdade. A nossa verdade pro resto do mundo. Uma sincronia singular. E sem você dali pra frente tudo seria incompleto, diferente, talvez eu até inventasse uma razão do que é ser feliz sozinha só pra convencer a mim e aos outros de que tá tudo bem. De qualquer forma, era sim, necessário te deixar. 

Eu te deixei pelas mentiras bonitas, pelo vício em sempre contar o que eu queria ouvir. Pela ausência em demonstrar afetos e pelo excesso de desinteresse em nem tentar demonstrar também. Eu te deixei por não aguentar a roda gigante de uma relação que se estendia ano após ano, girando em torno de costume e não de sentimento. Enxergávamos a olho nu o que estava errado e, ainda assim, escancarado em nossas fuças, não procurávamos consertar o que ainda poderia estar em tempo. 

Tarde demais. Já estávamos acostumados. No piloto automático. E eu tive que ir embora. 

Quando eu te deixei senti medo. Muito medo. Foi como ser uma criança perdida, sem um guia, uma voz, alguém que me alertasse sobre os perigos que eu podia correr sem você por perto. Eu queria pagar pra ver o nosso final feliz. Tentei, insistentemente, negar o que a minha mente dizia sobre nós todo dia. E eu concordava com o meu coração, toda vez que ele me dizia que tínhamos tudo pra dar certo. "Só um pouco mais de tempo e paciência que tudo volta a ser como antes". Bem antes de todo esse comodismo e um amor inventado. 

Peço desculpas ao meu coração, vou dar voz a razão. Foi sim necessário te deixar.

Eu te deixei por me sentir uma fracassada, em cada tentativa frustrada de te convencer que juntos éramos melhores, mais fortes e mais um infinito de coisas bonitas. Por esquecer de mim, toda vez que eu cuidava de nós. Por achar que meu sorriso era o seu sorriso favorito no mundo. E não era. Nunca foi. Eu te deixei por não aguentar o peso da culpa por ter adiado o nosso fim, prolongado as reticências, adicionado centenas de vírgulas. Poderia ter sido mais simples e fácil, era só colocar um ponto final. 

Amor torto que rodopia a mente, balança o corpo, enfraquece a alma e sufoca o coração. 

Eu fui embora. Chorei um choro inaudível, solucei baixinho em murmúrios disfarçados de bocejos. Eu sofri e passei por tudo o que eu precisava passar. Me desmontei inteira. Senti sua falta, senti vontade de correr e te abraçar, senti um desejo inexplicável de você. Era estranho terminar o dia sem você me perguntando se eu estava bem. E mais ainda, começar o dia sem você abrindo a janela me forçando a sair da cama. Não tinha mais café na mesa, não tinha mais latidos dos meus cachorros, não tinha guardanapos sujos espalhados. O seu lado do sofá estava vazio. 

Por um instante, eu olhei pra mim mesma e com tanta sinceridade, que era incapaz de eu me enganar. Eu estou bem. Eu não preciso mais me corroer com dúvidas irracionais. Eu não me torturo por insistir em mil possibilidades surreais. O que um dia eu senti tanta falta, se esvai cada vez que penso que poderia ter sido de outro jeito. Que eu poderia ter outro final. O medo passou. A tristeza também. Sou recheada até a borda do que me faz bem. Do que me faz leve. Do que me faz completa. E eu que pensava que era necessário seguir o roteiro do casal feliz para seguir a vida sem desviar do caminho em linha reta, que ironia. A vida é realmente sobre chegar onde se quer em linhas tortas. Sobre partir e ver partir. Sobre cair e levantar. Sobre apanhar severamente, sentir dores inflamáveis e aprender o que não nos ensinam na escola. Sobre cair em armadilhas propositais do destino. Sobre escolher o errado, fazendo o certo. E vice-versa. 

Pare, pare de me procurar e tentar dizer o que não dá mais tempo. Nada foi sua culpa e nem minha. Amor sempre vira desamor. Vivenciado ou não. Compreendido ou não. O fim tem sua hora. Chegou a nossa. Então, por favor. Pare de me procurar arrependido. Você só está perdido, eu também estava e me encontrei. Encontrei lugares novos, pessoas novas, abraços longos e apertados, risadas estranhas que viciam, cervejas amargas que me deixam mais tonta do que já sou. Encontrei olhares iluminados. Motivos. Continuações doces. O novo. O recomeço. 

Não vai demorar muito, e logo terá um ombro pra encostar, uma mão pra segurar, um olhar pra se encantar, um sorriso pra alegrar seu dia, uma janela pra abrir, uma primavera pra te florescer... Em breve, você não terá que se esforçar pra não pensar em mim, naturalmente, não pensará mais. E vai sorrir de canto, e se convencer de que eu estava certa o tempo todo: amores foram feitos para acabar e guardar... no coração. 

Nosso final feliz depende sempre da gente. Nunca do outro. Portanto, te deixo aqui. Nesta linha. Finalizo dizendo que você foi metade do que nunca me completou. E que a parte que faltava para ser completa estava comigo o tempo inteiro.


ANA CAROLINA DA MATA.
Ela ama comer. Tem medo de apontar para uma estrela no céu e acordar com uma verruga no dedo. E também ama comer. Acredita que troca de olhares, às vezes, são mais bem dados que beijos de cinema. Não confia em pessoas que não gostam de animais. E ama comer. Tem medo do escuro e acha normal falar sozinha. Vive no mundo da lua e adora comer por lá também. É sagitariana, paulista, teimosa, devoradora de filmes, gulosa por livros e por comida também. Mas acha tolice tudo acabar em pizza, porque com ela, acaba em texto.

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Não é a primeira vez que você invade os meus sonhos. Em todas as vezes eu senti o mesmo aperto no peito, a mesma angústia. Não sei dizer se é saudade, se é aquela vontade de voltar no tempo e fazer tudo diferente, se ainda é o amor que está aqui ou se é tudo isso junto.

Desta vez eu sonhei que ainda estava com você, mas eu sabia que em algum momento eu iria te perder (como perdi de fato). Isso me queimava por dentro e eu tentava me esforçar - em vão - para que você ficasse. No sonho eu até já sabia qual seria o motivo da sua partida, mas eu te perguntava sobre ela mesmo assim. Você disfarçava - exatamente do mesmo jeito que disfarçou quando tudo aconteceu.

De certa forma, este sonho foi como reviver o passado, mas desta vez sabendo o que viria pela frente. Percebi que eu ainda sinto igual.
Ainda me dói ver você partir.
Ainda me dói ver você mentir.

Ainda me dói saber que tudo acabou do jeito que eu mais temia...
Então abri os olhos ao acordar, vi que você não estava ao meu lado e senti meu coração pequenino, como se ele tivesse sido esmagado pela sua ausência na cama e pela sua presença no meu sonho.
Tentei me questionar - por pura força do hábito - sobre como alguém tão ausente pode exercer sensações tão intensas ainda em mim. A verdade é que eu acho que nunca vou saber o porquê. Ou talvez eu saiba e prefira esconder de mim mesma.

Hoje eu sei que não te perdi porque nunca te tive.
Sei que por mais triste que seja, tudo seguiu exatamente o rumo que deveria seguir.
Sei também que você deve estar feliz por aí... Na verdade eu não sei, só acho. Prefiro não confirmar porque se eu te trouxer ainda mais para perto dos meus olhos, você pode acabar fazendo morada aqui dentro de novo (como se você não já não fizesse, mesmo que em silêncio).


Mas olha, hoje eu senti tudo igual e também diferente.
Hoje eu senti que aquela mágoa passou e que a raiva se dissolveu (ou virou cinzas depois daquele incêndio que queimou a minha pele e a minha alma).
Hoje eu me senti feliz pela nossa história e também pelo seu fim.

Alguns podem pensar que é o amor indo embora, mas quer saber? Eu acho que é ele se revelando aqui. Afinal, quando a gente ama de verdade, aprende a deixar o outro ir.

(Ainda que ele volte algumas vezes para nos visitar em nossos sonhos e saudade).



BEATRIZ ZANZINI.

Jornalista, escritora e filósofa de bar. Escrevo em uma tentativa de me descobrir e também de desvendar o mundo. E então percebi que, ao compartilhar minhas ideias e sentimentos, às vezes consigo ajudar não só a mim mesma, mas também outras pessoas que se identificam com as minhas vivências. Isso me traz uma inspiração ainda maior a cada dia.
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Ainda é difícil olhar pro espaço vazio na cama. Vez em quando me parto em dez quando (re)descubro alguma camisa sua perdida dentro do armário. Perdi as contas das vezes que comecei a discar seu número e desliguei de repente. Faz falta não sentar para tomarmos café da tarde. Por a mesa pra dois ainda é um hábito que não perdi.

Ainda te espero chegar todo cansado, abarrotado de informações enquanto preparo o banho quente.
Há esperança de que a qualquer momento você abra a porta e me chame pra dar uma volta e espairecer seus anseios. Organizo seu espaço no criado mudo, deixo a correspondência no balcão da cozinha e esqueço de avisar o carteiro que você não mora mais aqui.

Aplicar no coração o que ficou resolvido na realidade tem sido amargo. Um quase-cura-ressaca. Sinto saudade. Escrevo bilhetes, refaço caminhos, assisto os mesmos filmes e me aborreço por faltar seus dedos fazendo carinho nos meus. Ligo a TV, puxo a colcha de retalhos da nossa história e fico esperando a sua voz me alcançar e contar que tudo mudou desde o primeiro dia que nós deixamos dizer "oi".

O tempo passa arrastado dia sim, dia não. Esqueço que as horas eram mais divertidas acomodada no seu colo. Estico os braços e releio nossas últimas conversas. Meses e nada. O sentimento não se esvazia. A falta sufoca e dá aquele leve desespero de cortar a cidade atrás do seu cabelo bagunçado todos os sábados de manhã.

Uns dizem que era costume. Um hábito corriqueiro de saber que você ia estar lá. Mas eu ainda insisto que são sintomas de um amor inacabado, angustiado e ansioso para encontrar a segunda parte do filme e descobrir se o casal dá certo no final.


MARCELY PIERONI.
Escritora, administradora e chef de cozinha por escolha. Perdeu o medo de sair do lugar e desde que começou a publicar seus textos coleciona viagens onde pode abraçar seus leitores e estar mais perto daqueles que acolhem sua baguncinha. Palestra e conta histórias para crianças. É sonhadora de riso frouxo.



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Não, não quero destruir sonhos de noivas ou futuras noivas, nem daquela mulher que já pensa no casamento antes de sequer conhecer o cara. Não que eu julgue isso – acho que toda mulher já sonhou com o casamento antes mesmo de conhecer o dito cujo, né?! Quero falar sobre o porquê das pessoas quererem casar, mesmo sabendo com o que terão que lidar.

Digo isso por experiência própria. Há um mês e pouco decidi mudar minha vida – parece até aqueles comerciais de TV, né?! –, dar uma nova cor para aqueles domingos tão chatos e cheios de tédio, com aquele gostinho de “socorro, a segunda tá chegando!”. A única maneira que eu encontrei de unir o “útil ao agradável” foi quando decidi casar. Tudo bem, não foi a única decisão plausível, mas foi a mais sensata unindo todos os fatores. 

Talvez o coração tenha falado mais alto do que a razão? Provavelmente. Mas quem disse que a razão sempre tem que estar à frente de tudo? É preciso arriscar mais! Se aquilo que tu arriscou deu certo, ótimo! Se não deu, depois tu tenta novamente.

Pois é, eu decidi casar. E, então, começaram as nossas lutas de cada dia; nesse meio tempo, descobri que tu não vai gastar menos do que meses de salário só com o buffet. Fora vestido, lembrancinhas e outros; sem contar que fotógrafo é caro e tu percebe que vai ter que dar um jeito de achar objetos que tu nunca tinha ouvido falar. Resumindo: tu vai ficar louca e, talvez, só talvez mesmo, não seja uma sensação tão boa.

Quer dizer, o fato não é esse. Que tudo é muito caro, todo mundo já sabe. Mas o pensamento o qual me vem à mente é: por qual motivo as pessoas decidem casar? Não seria mais fácil ficar cada um na sua casa, com suas manias e defeitos, se encontrando apenas nos finais de semana ou, quem sabe, ir apenas tomar um café no final da tarde e prolongar até a manhã seguinte, depois ambos voltando para suas devidas casas. Assim não teria que lidar com a toalha molhada em cima da cama, a tampa do vaso levantada, as roupas jogadas no chão e a falta de espaço na pia para, sequer, apoiar a escova de dentes.

Mas isso tudo se torna ínfimo quando as pessoas descobrem que precisam de mais. Muito mais do que uma noite juntos. Querem a semana, o mês e a vida toda juntos. Mais carinho, mais amor e mais amassos. Precisam de mais horas para ficarem abraçados, mais um pouco do “só mais cinco minutos” juntos ou um pouco do acordar atrasado para o trabalho porque passaram a noite se amando. 

O “namorar” não tem sido o suficiente para boa parte das mulheres. E dos homens, é claro.

O ponto é: tu é livre pra decidir casar ou não, se quer apenas morar junto de alguém ou tornar o teu gato teu companheiro. Não há regras sobre isso, por mais que a sociedade imponha que tu precise casar, ter filhos, formar uma família, morrer de trabalhar para, só então, morrer de verdade.

Por isso, se casem, se amem e sejam felizes! Seja com um gato, um cachorro, um papagaio ou com gente mesmo. As pessoas casam para se amarem e serem muito mais amadas, para conviver com alguém e viver experiências nunca conhecidas. 

Tu tem o completo direito de ser feliz, deixa esse texto pra reler depois e vai encontrar tua felicidade!



LAYLA MOTA.
16 primaveras. Uma baixinha arretada e apaixonada por um ilustrador. Aspirante à blogueira, escritora e desenha nas horas vagas. Louca por fotografias e pôr-do-sol, cristã evangélica de corpo e alma. Coleciona sonhos, histórias e gosta de compartilhá-los com gente que gosta da gente.

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Tempo que se demora em adiar nossos encontros. Tempo que te traz e te leva, entre idas e vindas das moradas que já sentimos que nos falta. As moradas que hoje temos já não são suficientes, desde que passamos a fazer morada um no outro e, apesar de inquietante, é tão mais gostoso sentir que pertenço a esse novo lugar: seu coração.

Pertencer a alguém, ao contrário do que comumente pensamos, não é ser posse desse alguém, e sim, sentir-se pertencente. Em casa, em segurança. É dar tanto de si e sempre ter algo em retribuição. É bem perto daquela máxima de que “amor com amor se paga”. Quando encontramos alguém para ser lar com a gente, damos amor até sem querer dar e recebemos tanto, mas tanto amor, que por vezes não cabe somente no peito e transborda. E transbordar é se derramar, alcançar a leveza de amar sem pressa, mesmo que o tempo - aquele que envolve a distância – teime em apressar. 

O tempo, para quem ama e quer fazer morada no e com o outro, exerce muitas vezes o papel de vilão. Mas esse vilão é mais que querido, pois ainda que seja agente causador de saudade, é ele quem abre espaço para os encontros e, mesmo que acelerados pelas demandas da vida, o tempo ainda é quem os permite acontecer. Conciliar a saudade, o amor e o tempo é um desafio e tanto. E pensar que todos eles coexistem num lugar de morada é de fazer doer o peito, com tamanha beleza e verdade.

Nesse lugar, que é na verdade um coração pulsante e real, vou fazendo minha morada, aconchegando por entre o peito e o abraço, aquietando os sentimentos e pensamentos e deixando que o tempo - e apenas ele - permita que a distância se encurte e caminhemos lado a lado, dia a dia, até o fim de todos.


MAGDA ALBUQUERQUE.
Magda Albuquerque. 26 anos. Prolixa. Psicóloga. Mistura realidade e fantasia em um encontro com a sua criatividade. Sempre em busca de tornar os dias mais leves com uma palavra ou outra, tentando organizar o próprio mundo. Escreve para organizar o próprio mundo, com a missão de colorir a vida - a sua e de todos.

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Nem sempre tudo foi tão fácil, por diversas vezes o abismo esteve tão próximo que eu mal conseguia respirar. Sabe aquele peso, aquela sensação de que tudo está por um fio? Foi assim por muito tempo.

Nada fazia sentido, estar feliz e ser feliz pareciam ser esforços inalcançáveis, minhas cobranças e expectativas me torturavam. Eu queria sair daquele mundo escuro, daquele quarto que cheirava a mofo, da minha vida, sair de mim.

Os motivos que levaram a me perder no caminho eram complicados e muitas vezes fantasiosos. O que realmente me prendia a sentimentos tão tristes? Eu queria de mim o que eu ainda não estava preparada, eu queria de mim posições precipitadas, queria faces que não revelavam o melhor de mim.

Eu quis passar por tudo sozinha, eu quis suportar o meu mundo sem ninguém por perto. Dividir minhas dores com os outros não parecia justo. 

Nem sempre tudo foi tão fácil e confesso que, em um determinado momento, eu quis me reencontrar, quis cuidar de mim e sozinha não era possível. Percebi que tive ao meu lado pessoas que se importavam comigo, que queriam o meu melhor, o meu sorriso e a minha alma em paz.

Ter amigos, ser amiga, ter família, ser família, ter abraço, ser abraço, ter amor e ser amor. Eu optei pela Luz, pela companhia e pelo caminho compartilhado. E ainda que não fosse fácil, lutar diariamente parecia ser mais confortante.

Percebi que o desgaste emocional não podia vencer a minha paz e o que não deu certo fazia parte do percurso. Eu não podia procurar nos outros o que faltava em mim, cobrar dos outros o que eu não fazia. 

Dar o melhor de mim era uma solução, me aceitar era uma solução. Eu precisava me soltar da imagem que eu tinha criado, eu nunca fui aquilo. 

Eu fui mais, eu sou mais. Eu sou uma eterna vastidão a ser contemplada, em constante evolução.



KAL LIMA.
Poetisa, uma baiana com a alma no mundo e os pés em um rincão incrustado no Sertão. Sou uma garota-mulher apaixonada pelos encantos que o amor traz. Falo muito, sinto muito, nas palavras encontro o meu cais, é o meu jeito de transbordar.


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►Ouça enquanto lê - 5 a seco - deixe estar [OFICIAL]◄

Eu te disse que nada fazia sentido pra mim e que acreditava que nunca faria. Eu fui bem inocente, mas eu queria ver amor onde não tinha. Hoje tudo faz sentido. 

Hoje eu sei e sinto o que é amar e ser amada por completo. Ter alguém que só quer o meu bem e que viraria o mundo do avesso se fosse preciso para me ver bem. Você não virava nem de lado na cama. 

Eu queria revirar o mundo para você entender o quanto eu te amava, mas não sei quem estava mais cego. Hoje não sei se cego é a palavra mais certa para você. Talvez acomodado se encaixe melhor.

E aí foi o problema de tudo: você acomodado e eu sem querer ver. E a gente foi deixando ser, se desgastando e deu no que deu. Deu ruim? Deu muito ruim. Mas também deu bom, deu muito bom.

No começo foi ruim porque eu não queria ver a realidade que tava ali na minha cara brilhando tipo sirene de ambulância. Só que depois que eu percebi tudo o que tinha acontecido, o quanto eu merecia e o que o mundo me reservava, eu agradeci por tudo o que aconteceu.

Mas eu não me arrependo de ter amado demais. A gente precisava disso. Eu sempre te disse que eu acho que tudo acontece por algum motivo. E eu precisava disso para saber o quanto eu mereço e que eu posso sim ter o que eu mereço, como eu tenho hoje. O por quê você precisava? Não sei. Mas espero que você descubra um dia, assim como eu descobri. 

E eu só tenho uma coisa a dizer: obrigada por ter passado pela minha vida, ter me feito viver tudo o que vivi e, mais do que tudo, obrigada por ter ido embora da minha vida.



MARINA COUTO.
21 anos, estudante de Letras, forrozeira e apaixonada por palavras. Escrevo pra me sentir livre, não tenho destinatário certo, acho que assim fico mais desapegada e escrevo Com a alma. Gosto de escrever para as outras pessoas saberem que não estão sozinhas. Quem vai ser meu interlocutor? Quem ler decidirá se aceita ser ou não. Se você se identificar, é um novo interlocutor, escreverei pensando que não estou só. Escreverei pra nós

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E estava até me saindo bem. Sabia que você não era fácil, sempre geniosa, às vezes soava com arrogância. Sempre soube. Sabia de suas manias, seus defeitos, suas limitações, suas ambições. Na real, eu te estudei bastante a ponto de saber que o terreno no qual eu pisava era movediço o suficiente pra me derrubar caso eu não tivesse jogo de cintura. E fui: meti o louco e me arrisquei, não como quem arrisca sua própria vida se jogando de um precipício à beira-mar esperando que a porção d'água na qual vai cair não possua pedras. Me arrisquei como quem come um pastel na rodoviária e não sabe se passará bem ou terá uma intoxicação alimentar ao fim do dia. 

E me intoxiquei! É, você realmente cumpriu com todos os papéis que te pintavam. E olha que eu tentei: dei o melhor de mim e recebi de você apenas aquilo que você sempre se demonstrou capaz de dar aos outros. Não me surpreendi contigo e com suas atitudes de menina mimada/egocêntrica. Acabei me surpreendendo comigo mesmo, pois achava que meu senso altruísta poderia transformar as pessoas em coisas que elas, talvez, nunca tivessem desejado ser. Mas não pôde... não com você, ao menos.

Mas não guardo mágoas, rancor ou nada do tipo. Afinal, como já disse, eu sabia bem qual o trem que estava pegando e onde ele poderia me levar. Guardo o que aprendi durante a viagem: não posso mudar a essência das pessoas. E talvez eu não deva tentar esse tipo de coisa, não faz parte da minha jurisdição nesse mundo. Não pense que te desejo o mal, guria. Te desejo apenas o bem, aquele que você não soube fazer a mim mas que eu, ao contrário, te fiz em todos os momentos que passamos juntos.

A vida tem dessas: nem sempre somos capazes de cumprir com os desafios que topamos. O que não nos torna piores que ninguém, apenas nos mostra que há coisas com as quais podemos lidar e outras não.


É vida que segue...


EDSON CARDOSO
Professorzim brasiliense, formado em letras, amante de (boa) música e rato de jogos online. Um cara que não é um poeta, mas que se arrisca a brincar com as palavras. Nem de longe um boêmio, tampouco um insensível nato. Gosta de ficar em casa enchendo os "pacovás" das irmãs e ouvindo o cantarolar de sua mãe. Coleciona fotos e lembranças das viagens que já fez e planeja muitas outras. Alguém que agradece a Deus diariamente o dom da vida e a graça de ter uma família com quem pode contar. 

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