Ontem
estive lendo um texto daqueles que são fundamentados em estudos
científicos de algum pesquisador de Harvard - vários autores costumam
enfatizar isso para atribuir credibilidade a qualquer besteirol. O texto
em questão buscava explicar os motivos que levam
os casais a expor vida afetiva em redes sociais através de fotos,
vídeos e declarações diversas: infelicidade ou desejo de estampar na
rede sentimentos inexistente na realidade (segundo a conclusão do
próprio autor).
Após
rápida reflexão em torno do meu próprio relacionamento e tendo em vista
minha discordância das conclusões deste estudo, afirmo que, ao
contrário da crença popular daqueles que culpam toda desgraça
sentimental em trabalhos espirituais (macumba, vodu, olho gordo,
seita, frevo, axé, sei lá o que) prefiro demonstrar afeto seja qual for
o palco ou a platéia. Se for preciso subir na mesa de um bar lotado e
ser repreendido por qualquer segurança com senso de humor ácido ou mesmo
interromper cerimônia de casamento para prosseguir
a vida com alguém prestes a cometer um equívoco - certamente farei.
Prefiro
dizer e demonstrar aquilo que eu sinto sem ser contido. Eu nunca soube
falar baixo, nunca experimentei entregas parciais nem me imagino amando
em modo avião porque os únicos responsáveis pelo triunfo ou falência
da relação são o próprio casal.
A
maioria dos eventos que nos causam satisfação é evidente, ou por acaso
alguém começa a trabalhar numa excelente empresa e age como agente
secreto da CIA, escondendo de tudo e todos a própria identidade?!
Ninguém compra carro para ficar enfeitando a garagem
e nem veste aquela roupa especial para deitar e dormir. Quando estou
feliz sinto necessidade de compartilhar com o mundo os motivos, porque a
inveja é muito nanica perante o Deus que entrego meus anseios. Portanto, não integro o time daqueles que deixam
o medo do insucesso contaminar a áurea.
Outro
dia assisti a um vídeo onde determinado músico narrava como foi a
inauguração de um Pub que houvera sido convidado para tocar. Total
desastre de público – na verdade, só estava presente ele, alguns
funcionários e os dois sócios do estabelecimento. O músico
não se conteve e questionou onde estavam os amigos, familiares,
cachorro, papagaio e a resposta foi surpreendente: Não divulgamos o
evento para evitar que a inveja pudesse de algum modo impactar
negativamente no nosso negócio (e o resultado foi inversamente
proporcional).
Posso
parecer louco ou seguro demais, mas a grande verdade é que sempre
seremos julgados, seja por expor ou esconder demais e, se me permitem um
conselho, prefira sempre pecar pelo excesso, prefira descobrir como foi
na pele ao invés de questionar ao léu como poderia
ter sido se (...). Por essas e outras eu sigo disparando minha
metralhadora de selfie ao lado daquela que me encanta exponencialmente a
cada dia, aquela que mantém acesa a chama que inflama minha vontade de
protagonizar mais uma história entre aquelas que
finalizam o enredo dizendo: “e viveram felizes para sempre”.
Desde
muito novo eu aprendi com o Pica-Pau que Vodu é pra Jacu.

DIEGO AUGUSTO
Mineiro de Belo Horizonte, engenheiro de produção por profissão e escritor por paixão. Amante da vida e das pessoas, acredita que os sonhos embalam a vida e o amor propulsiona os sonhos. Odeia o mais ou menos e pessoas que querem progredir cedo acordando tarde. Apreciador de cervejas e conselheiro de temas que pautam as mesas de bares.

DIEGO AUGUSTO
Mineiro de Belo Horizonte, engenheiro de produção por profissão e escritor por paixão. Amante da vida e das pessoas, acredita que os sonhos embalam a vida e o amor propulsiona os sonhos. Odeia o mais ou menos e pessoas que querem progredir cedo acordando tarde. Apreciador de cervejas e conselheiro de temas que pautam as mesas de bares.
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