O amor é brega
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Quando você decide ir em frente deve evitar olhar muito pra trás, o passado tem que ficar no lugar dele. Se queremos mesmo que o futuro dê certo, é necessário que o cultivemos agora, no presente! Sem deixar os erros que cometemos antes acontecerem de novo, sem permitir que as fraquezas de ontem ainda sejam vividas hoje. "Todo mundo erra", você deve estar pensando, e eu não vou discordar da sua opinião, só percebi que o acúmulo de erros alheios servem pra nos ensinar também, certo?!

Tudo isso é muito clichê, e estamos cansados de saber, porém, na teoria a prática costuma ser outra! A gente defende pontos de vista, fala que vai consertar aqui e ali, que vai reduzir a marcha, mas quando estamos de frente com alguma situação impactante, difícil, a gente é sucumbido por uma amnésia e acabamos indo pelo jeito torto. A gente. além de olhar pro que aconteceu, repete erros, pensa como em tempos passados e atropela o que aparece no nosso caminho.

É um exercício diário não machucar quem amamos, não distribuir foras e palavras amargas mesmo sob a justificativa de que é um dia ruim, a gente precisa ser melhor todo dia e superar isso a cada minuto vivido. Caso isso não aconteça, perdemos a chance de equilibrar o que quer que seja. A gente troca energia, vai por mim, e de nada adianta mandar "zica" pro universo que ele devolve quando a gente menos espera.

Olha pra frente e enfrenta seu dia como a única oportunidade de conquistar seus objetivos. Nossa vida é como um livro que é escrito por nós mesmos, cotidianamente, mas não tem rascunho!

Então, capricha na letra e escreve capítulos bonitos pra você e quem escolher marcar sua história! De nada adianta querer que o mundo te ouça se você não grita alto o bastante suas vontades, se não se estica o suficiente até tocar o céu. Seu dever é ser feliz, percebeu?! Ninguém tá aqui pra brincadeira, todo mundo deseja ocupar algum lugar, e ele (o mundo) tá aí, enorme, te esperando com seus dons e conquistas, mas você precisa acreditar.

❁❁❁
JOANY TALON.
Pra quem acredita em horóscopo é Canceriana, nascida em Araruama no dia 15 de julho de 1986, assistente social pela Universidade Federal Fluminense, e agraciada por Deus pelo dom de transformar em palavras tudo que sente, autora dos livros “Cotidiano & Seus Clichês” e “Intrínseco” e co-autora no livro “Pequenices Diárias”

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Apesar dos pesares. Engraçado, uma hora pensei que não conseguiria me reerguer e pouco depois acabei entendendo que não precisava dramatizar tanto. Talvez eu tenha deixado de ser idiota e um pouco tola, ou talvez só tenha adquirido amor-próprio mesmo. Foi difícil, sempre é. A gente demora para ignorar o que o coração não deixa negar.

Você não tem noção da rebelião de sensações que crescia aqui dentro, sempre que eu tinha a oportunidade de cruzar o teu caminho. Era uma guerra interna entre te querer e te afastar, eu nunca sabia bem ao certo como agir. Cresceram diversas sensações e eu matei todas aquelas borboletas que se criaram em meu estômago. Exterminei cada asinha colorida que destacava nossa história, me envenenei por dentro para te tirar de mim.

Não foi fácil, porém ainda estou firme e forte. Levou um tempo danado para superar toda essa minha mania por você e, nesse meio todo, descobri algo valioso: eu. É, eu mesma. De carne, osso, alma e um coração remendado, entretanto: enorme. Eu me reconheci depois de anos, vi além daquela imagem cheia de olheiras no espelho. Vi além das linhas de expressão, ainda leves em meu rosto, das cicatrizes e arranhões que se fizeram marcas. Eu me descobri capaz o suficiente de, sozinha, me amar. Do dedinho do pé ao último fio de cabelo.

Deixei de lado aquelas manias que já tinha pelo tempo necessário para criar outras novas, ignorei o relógio e fiz cada minuto correr para mim e não de mim. Eu me tornei amiga do tempo, não quis que ele curasse minhas dores, quis que me mostrasse novos amores. Eu assumi a postura da felicidade e a cada dia vi no espelho um novo sorriso surgir como recompensa.

Eu sorri verdadeiro, depois de meses de felicidades forçadas e caretas mal ensaiadas num teatro que eu deveria ter chamado há tempos de vida. E viver é tão melhor do que tentar me tornar um marionete da minha própria dor numa existência infinita. Você não sabe, mas te agradeço imensamente por todos aqueles milhares de fatos dolorosos que me ajudaram a chegar até aqui.

Obrigada por ter me feito, com desfeitas, descobrir um amor eterno por quem eu sou. Por descobrir ser aquela da qual você não quer sentir nem saudades, simplesmente para não lembrar do quão bom tudo já foi um dia. É, eu ainda estou de pé e pretendo continuar me reerguendo tantas quantas vezes se fizerem necessárias e o melhor, já compreendi que não preciso mais choramingar tanto.

❁❁❁
GABRIELLE ROVEDA.
1997. Escritora de gaveta, bailarina por paixão, sonhadora sem os pés no chão e modelo só por diversão. Do tipo que vive mais de mil histórias pelas páginas dos livros, daquelas que quer viajar o mundo só com uma mochila nas costas, do tipo que acredita no amor a todo custo e dispensa de imediato pessoas sem riso fácil. Não sabe fazer nada direito, mas insiste em acreditar que o impossível é só uma daquelas palavras que vão cair em desuso e se vê tentada a tentar de tudo. Viciada em café e em escrever cafonices sobre si e o amor sem dizer nada ao certo.

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  ❁ Ouça enquanto lê: Sandy e Tiago Iorc - Me Espera ❁

Um tempo, um lugar, seu sorriso, suas manias, seu jeito de me olhar, suas perguntas, suas mãos. Tanto tempo, passou voando. Voou aqui pra dentro do meu peito. Um dia lindo, nosso dia lindo. Sempre vou ter a sensação que devia ter aproveitado mais. Seus olhos, o abraço. 

Não te contei, mas sentei do seu lado da cama e fiquei ali, te olhando enquanto dormia. É eu fiquei. Coloquei o cabelo atrás da orelha e é assim que vejo você nas esquinas que eu dobro.

Mesmo que eu esteja longe por muito tempo, vou continuar sonhando que você está comigo. E você nunca irá embora. Segura minha mão e não solta. Por você eu resistiria. Aqui dentro mora tanto bem querer por você. Tem cuidado, tem carinho, tem a mão que desenha o rosto, aqui dentro tem música, tem um tanto de você. E pode acreditar, essas coisas existem. E por isso a gente chora. Chora por viver o que a vida permite, sem culpa, com a certeza do que faz bem. Tem lugares enormes que não te cabem, mas tem aqui um abraço pequeno, que te serve, te veste, te aquece.

Sei que mereço uma vida linda, mas isso não faz muito sentido sem você, porque eu sou só a parte da vida e a parte linda foi quando você chegou. Não tem nada de injusto nisso. Injusto é calar o que se sente. A felicidade, por mais que esteja longe do alcance das mãos, nunca está fora do alcance dos sonhos. Mesmo que nosso caminho se desencontre, eu volto pra te encontrar. Volto, nem que seja pra uma última dança, um último olhar, um último pedido de fica um pouco mais.

Volto pra te proteger e te ver feliz. Volto pra te atravessar na rua, pra te deixar no lugar mais seguro da mesa do bar. Volto pra te contar que eu gosto de azul e que não devo comer maionese pela manhã. Volto pra dividir o choro, limpar a lágrima e escutar o coração chamar o nome. Volto pra dizer que acho lindo seu jeito de se preocupar e esconder o rosto. Volto pra onde eu nunca devia ter saído. Volto pra casa, pra alguém, pra onde o coração fala mais alto.

Antes de eu chegar, me procure na página – da ausência – marcada pelo destino no livro, na chuva, no espelho. Me sinta no beijo na nuca, na música da lágrima e no aperto do nariz. Me perceba na notícia boa que vai chegar, no orgulho que eu sinto nas suas vitórias e na minha vontade de ficar. Mesmo que tudo pareça errado, me veja do seu lado, onde você estiver, estarei em coração, em alma e saudades. Em todas as nossas memórias você vai me achar. O final só vai chegar quando um de nós deixar de acreditar.

❁❁❁

FERNANDO SUHET.
Um pisciano romântico. Palavras e músicas ditam sua ordem. Apegado aos sentimentos mais simples e completamente ligado à família. Fiel aos poucos e verdadeiros amigos. Acredita na força do amor e, principalmente, na necessidade de solidariedade.


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❁ Ouça enquanto lê: Marcelo Jeneci - Feito Pra Acabar ❁

Ana sentou no parapeito de sua janela no segundo andar. Não era tão alto, o que a deixava confortável. Sempre teve medo de tudo que a tirava do chão, desde o elevador até um beijo apaixonado. Porém, ela tinha acabado de se mudar e queria observar dali a vista de seu novo bairro. Descruzou as pernas que estavam em posição borboleta e deixou os pés completamente livres. Em suas mãos segurava o inseparável café expresso, sem açúcar, em sua xícara de estimação. Era feita de porcelana — presente de sua falecida mãe, dona Doralice.

Degustou o café demoradamente, enquanto balançava as pernas como uma criança despreocupada. Colocou a xícara de porcelana no outro canto da janela e abriu os braços na medida que o espaço a permitiu. O apartamento era relativamente grande. Ana o tinha escolhido pensando em sua mãe, que era simplesmente apaixonada por aquele bairro e também porque ali teria mais espaço e conforto pra cuidar dela. Agora que dona Doralice havia ido embora, mais cedo que o esperado, Ana não sabia como iria viver naquele apartamento que, de repente, parecia maior que o normal.

Doralice tinha razão em gostar daquele pacato bairro. Era gostoso de se viver, limpo e acolhedor. Tinha quase tudo perto, inclusive a primeira escola que ela lecionou e um sacolão com verduras fresquinhas e sem agrotóxicos. Ironicamente, dona Dora (como era chamada pelos amigos mais próximos e alunos), sempre preocupou-se em evitá-los e ensinou isso para filha. "São extremamente cancerígenos!", ela alertava. Exatamente no dia anterior, fazia dois meses que um cruel câncer levou para sempre dona Dora com seus apenas 53 anos.

Ana estava triste, claro. Sentia uma saudade recente, dessas que doem como corte profundo que ainda não cicatrizou, mas o sentimento que mais a adoecia por dentro era o inconformismo. Ana não conseguia aceitar porque isso fora acontecer justamente com a sua mãe que era tão zelosa! Justo com ela que não permitia doces e refrigerantes como a maioria das outras mães de suas amigas de infância faziam. Era ironia demais do destino, mais do que Ana conseguia aceitar. Mas naquele momento, ela quis parar de questionar tudo e apenas respirar e aproveitar o fim de tarde.

O apartamento era poente, a pedido de sua mãe que amava o pôr-do-sol. Em virtude disso, queria assistir e contemplar o primeiro deles em sua homenagem. Dona Doralice sempre odiou ver a filha de preto. "Você fica gótica demais assim. Coloca esse acessório aqui pra dar uma corzinha!", ela palpitava. Por isso, Ana nunca quis vestir o luto. Sua mãe era sinônimo de vida e de alegria. Naquele momento, Ana estava usando uma camiseta cor-de-rosa, que ganhou de dona Dora no último natal que passaram juntas. Nela tinha a seguinte frase: "You only live once", e seria a próxima tatuagem de Ana. Mais uma ironia do destino, já que Dora sempre dava um sermão daqueles desde que Ana aparecia com uma tattoo nova. Eram sete no total.

O pôr-do-sol parecia demorar mais pra chegar por causa do horário de verão. O dia ia aos poucos se despedindo. Ana já estava em sua segunda xícara de expresso e a segurava com as duas mãos, bem próxima as narinas pra sentir o seu aroma preferido. Ana fechou os olhos para apreciar o silêncio ímpar que aquele lugar proporcionava, mas, de repente, toda aquela paz foi interrompida por um barulho ensurdecedor. Ela assustou-se, abriu os olhos de uma vez só, e viu sua xícara cair de suas mãos e se despedaçar janela abaixo.

Um ônibus que precisou desviar de uma das vias principais da cidade que estava fechada, entrou na viela do seu bairro e se chocou com um pequeno carro que deu ré sem sinalizar. Ana desceu correndo as escadas e em prontidão chamou socorro. Tarde demais. Infelizmente a motorista do carro havia morrido na hora. Ana chorou. Em suas lágrimas, vários motivos contidos. Ela se sentiu ali da mesma maneira que se sentia toda vez que pensava em sua mãe: impotente e inconformada.

Após o primeiro momento de desespero e angústia, conseguiu concluir: a vida é frágil demais, é um sopro. É como a sua xícara de porcelana: podemos tentar segurá-la com as duas mãos, mas quando for o tempo, ela irá nos escapar. Não podemos controlar e nem prever o fim. Ana não conhecia a história daquela mulher, não sabia se ela cuidava da saúde, se tinha deixado família ou dívidas. Mas sabia que, independente de como resolvemos levar a vida, de uma maneira ou de outra, ela sempre acaba.

Ainda ficou ali, paralisada por mais alguns minutos. Ouvindo a sirene de ambulância se aproximando, as pessoas curiosas em volta... tudo em câmera lenta. E então, a natureza seguiu o seu ciclo e o sol se pôs como nos outros dias. O céu ficou alaranjado como Doralice mais gostava e coloriu um sorriso — ainda tímido — no rosto de Ana. Sua mãe, professora de alma e de vida, sempre dava um jeitinho de lhe ensinar uma nova lição de casa.

❁❁❁

SUÉLEN EMERICK.
24 anos. Brasiliense que vê poesia no cinza do concreto. Jornalista que escreve por/com amor. Uso vírgulas e crases imaginárias pra contar histórias, e o coração pra vivê-las.

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❁ Ouça enquanto lê: Chimarruts - Versos Simples ❁

— Oi, estou com saudades.

E, somente com essa mensagem, todas as lembranças caíram em meu colo (como se fossem um paraquedas), não me pediram licença, se acomodaram e aqui estão. Fecho os olhos e consigo me lembrar de cada cheiro, gosto, risadas e até mesmo das lágrimas. Aquelas que derrubei todas as vezes em que você insistia em dizer que eu fazia tudo errado e, “cuidadosamente”, apontava cada defeito que eu tinha. Até aquelas manias, que todo mundo dizia que eram bonitinhas, você criticava — diariamente eu era lembrada de que algo em mim não se encaixava. O meu sorriso tímido, meu óculos quadrado ou meu andar desajeitado.

Fecho os olhos e consigo lembrar das noites em claro que passei, de como chorei pedindo para que você não partisse, mas mesmo assim você se foi. Nada era mais como antes, as músicas nunca fizeram tanto sentido e pessoas nunca estiveram tão sem graça. O mundo perdeu a cor e eu apenas chorava, por ter entregado todo meu coração para alguém, que diariamente me criticava.

Durante tempos eu mandei mensagens com esse mesmo conteúdo, “tenho saudades”, e nunca obtive resposta. Frequentei alguns lugares só para poder te ver e, quando eu te avistava, você me ignorava. Então reuni todo aquele amor que tinha dentro de mim, e decidi seguir.

O tempo passou, a vida mudou, outra música tocou e eu simplesmente segui. Percebi, enfim, que de você eu não queria mais nada. Sabe o que acontece, camarada? A sua saudade está grande, né? Aquela que, durante longo tempo, eu dizia ter, e hoje você quem veio atrás. Ainda assim, te agradeço. Por ter me tornado mulher, forte, e por ter me deixado chorar sozinha.

A vida seguiu, a primavera surgiu e você, hoje, não mais me importa. Quando essa saudade, que você insiste tanto em dizer que tem, bater aí bem no fundo do seu peito, faça como eu. Coloca a nossa música, aumenta no último volume e chora. No início vai ser difícil, mas depois tudo isso vai embora. Acredite em mim, eu te agradeço e estou bem melhor agora.

❁❁❁
ANDRESSA LEAL.
Andressa, desde 1986. Mauá - SP, uma mulher cheia de mistérios e repleta de poesias, encontrei nos textos e poesias minha fuga, meu refugio, meu mundo, algo só meu que compartilho com você. Aqui serei simplesmente eu, textos que nem na pagina do facebook eu posto aqui irei postar. Um dia sem poesia para mim é um dia em vão!

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Não comece idealizando um relacionamento perfeito, onde tudo são flores e no primeiro tropeço é só descartar e encontrar outro alguém que dê certo. É que, pra muita gente, seria mais fácil usar o famoso “se não foi, não era pra ser” do que consertar aquilo que incomoda e traz desconforto aos dois. Namorar é par. Tu e ele, ele e tu. Tu e ela, ela e tu.

Relacionamento não é conto de fadas, nem sempre está tudo bem e existem diversos obstáculos. Dividir a tua vida, teus costumes, tuas manias, tuas birras, teus ciúmes, tuas músicas preferidas, apresentar aos melhores amigos, criar novos vínculos e fazer alguém ter participação ativa em tua vida, exige tempo, respeito, confiança e, principalmente, amor. Sem amor nada vai ser possível, e as chances de dar errado serão absurdas.

O amor é lindo mesmo, faz o afeto tornar-se matéria de “bom dia, amor” no café da manhã, e aí o dia já começar bonitinho só por aquelas palavras. Às vezes, você se apaixona por um sorriso, por um olhar, por um gesto, ou até mesmo por alguns meses. O amor não. Antes de amar, você vai aprender que o amor não é tudo aquilo que dizem ser. Na verdade é como viver em uma montanha russa: hoje você tá linda, amanhã te odeio, mas não consigo ir dormir sem antes dizer o quanto te amo; e porque te amo.

Namorar não é pra quem tá carente e a procura de uma companhia pra dividir sorvete e sorrisos. Namorar é pra quem está disposto a juntar o coração ao lado do coração de alguém, pra quem quer dividir as birras, os ciúmes bobos, as conversas sérias e as engraçadas também. Namorar é, principalmente, dividir os bons e maus momentos ao lado de quem se ama.

É fácil amar alguém quando tudo está bem, difícil é amar e fazer permanecer o mesmo amor quando as coisas não estiverem bem, mas se caso isso aconteça...não desperdice o sentimento mais precioso e extinto que pode existir nos dias de hoje. Cuide de quem é importante pra você e te trata bem. De quem te dá motivos pra ficar e mostra o quanto quer permanecer também. E se tudo estiver errado, conserta lado a lado.

E se as coisas não estiverem indo bem, se coloca no lugar do outro antes de simplesmente partir, aguenta essa barra aí, juntos. Porque, às vezes, a gente acaba indo embora na esperança de um dia voltar, mas talvez nem volte.


❁❁❁
MARIANNE GALVÃO.
Marianne Galvão,1990, escritora, blogueira, libriana e nordestina; é amante das palavras e filha do tempo. apreciadora nata de tudo aquilo que faz sentir o sangue quente viajando entre as veias, transborda sensações e sentimentos urgentes através da escrita.


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Acabei de acordar e me lembrei que é sábado, não vou precisar levantar apressada pro banho e correr pro trabalho, que droga! Vou ter o dia inteirinho sem obrigações, o que me faz pensar mais do que deveria em você e como tem feito falta na minha rotina. Me lembrei que já sabia de cór, todas as suas manias e gostos. Eu que decorei seus gestos e quantas colheres de açúcar adoçavam seu café, sinto o amargo dos dias que parecem não passar desde que decidimos não ser mais um casal.

Eu amava a gente junto, mas não estava dando mais certo pro amor, e a gente sacou! Pra falar a verdade isso é um porre! Porque o amor ainda existe, mas o que cerca a nossa vida não coincidiu, colidiu. Me remexo na cama na tentativa de acelerar as horas como se algo fosse adiantar, como se pudesse transformar esse sentimento em esquecimento ou, quem sabe, mudar tudo; como se nada ficasse como agora, se ainda fôssemos nós em forma de laço de fita, que dividia as séries e brigava se assistíamos algum episódio separados.

A ducha fria não me esfria a cabeça e tão pouco me fazia esquecer o calor que vinha do seu corpo quando a gente aproveitava o mesmo banho antes de sair pra vida lá fora. Eu sinto o amor querendo rasgar minha boca até ir aos gritos bater na sua casa, fazendo questão de contar que apesar dos percalços ele se sente vivo sendo dado à você. Eu seguro a voz e engasgo peito a dentro, remoo as lembranças e vejo as fotos. Mancho cartas, recados e bilhetes de cinema com lágrimas que involuntariamente escorrem do meu rosto. Tem muita coisa da gente naquela caixinha encapada de papel vintage cheios de selos estrangeiros, de quando fomos juntos na papelaria mais cara da cidade. Tudo porque eu precisava de um envelope azul turquesa e não achava em lugar nenhum, lembra?!

Eu sei que tenho muitas coisas pra ocupar meu tempo, eu tenho dúvidas se quero sair dessa fossa que acabou sendo a única coisa que te deixa presente. Não estou arrependida de ter concordado com o nosso fim, estava insustentável, e a princípio era só um tempo de aceitarmos melhor quem somos e se de fato nos queremos inteiros, mas ando notando que você está bem, voltou a correr e arranjou tempo de viajar com seu irmão, trocou de carro e tirou a barba.

Eu passo a manhã toda rejeitando as ligações que me fazem perceber que há uma vida pra mim também, eu me amortizei nessa coisa que sobrou de nós dois, sem me dar conta de que isso só faz mal pra mim. Feito barata tonta pela casa decido, depois de horas mergulhada na dor, que o melhor é sair um pouco do cubículo que cheira a saudade do que já não pode mais acontecer. Vestida de flores e havaianas brancas sigo em direção ao mar, busco o sol pra me iluminar e energizar do que tem por aí pra me encantar.

Pra ser sincera, eu consigo dimensionar o erro que cometi durante esses 3 meses que voltei a ser só, e o quanto preciso me ganhar de volta pra então me dispor pra outra pessoa, mas creio que muita gente acaba preferindo pagar de coitado e se manter imersos em dores que de fato estão mais em nossas mentes do que em qualquer outro lugar, do que se sacudir, se enxergar e quebrar o vidro que embaça e limita a mudança que acontece de dentro pra fora.

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JOANY TALON.
Pra quem acredita em horóscopo é Canceriana, nascida em Araruama no dia 15 de julho de 1986, assistente social pela Universidade Federal Fluminense, e agraciada por Deus pelo dom de transformar em palavras tudo que sente, autora dos livros “Cotidiano & Seus Clichês” e “Intrínseco” e co-autora no livro “Pequenices Diárias”

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Eu mal acordo e já gosto de você vinte vezes. Lavo o rosto e em vez de planejar meu dia, como faço de costume, eu planejo nosso final de semana, totalmente desnorteada. Foi o seu beijo com gosto de brigadeiro que me provou: doces em doses extras enjoam na mesma proporção que viciam.

O problema é que eu te quero de uma forma inexplicável. Ou talvez tenha centenas de explicações, mas todas juntas não dariam uma frase que eu fosse capaz de te dizer. E se o tempo visse como eu fico ao te ver, ele provavelmente congelaria, pra eu me consertar, tomar fôlego e deixar de ficar avermelhada. Mas se o tempo te olhasse, como eu te vejo... ele também se apaixonaria por você.

É esse seu jeito de sorrir de canto, quando percebe que estou embaralhada ao ler a receita e não conseguir passar pra etapa "Como Fazer", porque eu realmente não sei como fazer com você ali, tocando as minhas mãos, dizendo com uma voz suavemente aveludada "o bolo só cresce se o forno estiver bem quente". Inevitável não ouvir isso como um convite para ir ao seu quarto, porque quando você fala, meus tímpanos derretem, a pele arrepia.

O problema é que eu já me perdi. Me perdi na receita, me perdi em você. E por mais que eu tente me concentrar em dizer que ainda falta adicionar açúcar, eu sinto vontade de dizer que não precisa, já é doce estar ao seu lado. Quando eu esbarrei na sua perna, foi proposital, só pra você me notar ali, na sua, e me fazer inteira. É fácil gostar de você. É rápido. É macio.

É esse seu jeito concentrado que se confunde com o meu jeito atrapalhado, que me faz deixar de achar tanta coisa e me faz ter certeza. É você. É seu jeitinho afermentado, capaz de fazer tudo crescer ao seu redor, que me faz crer que você tem todo o potencial de ser o homem da minha vida. Faz crescer o riso, sonhos, vontades, planos, sentimentos. É que você cresceu em mim num tom brando. Todinho brando. De forma insuspeita, incontrolável e em modo silencioso; Já pra eu não me assustar com sua presença barulhenta. E faz sentido, uma vez que longe de você, sua ausência fica ensurdecedora.

O problema é que eu nunca sei o ponto certo de tirar o bolo do forno. E eu não sei se meu coração é um amontoado de sandices contraditórias, que foge do singular, receoso de ter alguém com a tal chave mestra capaz de controlá-lo e que carece ser exercitado por tudo que lhe deixa mais leve, mais feliz. Ou se é só um músculo, cumprindo sua árdua tarefa de bombear meu sangue por todo meu corpo, batendo incansavelmente, sem precisar de um incentivo (seu).

Só quero te dizer que quando você disse "o bolo tá pronto", eu fiquei com vontade de falar que eu também estou. E que não precisa ter medo, não ofereço perigo algum. Talvez um pouco, mas tá batido em claro de neve que isso tudo é possível. É verdade. É real. Mas eu hesitei e titubeei que o bolo ficou esfarelado.

E é exatamente isso o que acontece quando você me toca, eu me esfarelo também. Me esfarelo inteira em poeira bonita, de quem sente urgência em amar e ser amada. Então, antes de ir, fica.

Fica mais um pouco. Se quiser, para sempre.

❁❁❁
ANA CAROLINA DA MATA.
Ela ama comer. Tem medo de apontar para uma estrela no céu e acordar com uma verruga no dedo. E também ama comer. Acredita que troca de olhares, às vezes, são mais bem dados que beijos de cinema. Não confia em pessoas que não gostam de animais. E ama comer. Tem medo do escuro e acha normal falar sozinha. Vive no mundo da lua e adora comer por lá também. É sagitariana, paulista, teimosa, devoradora de filmes, gulosa por livros e por comida também. Mas acha tolice tudo acabar em pizza, porque com ela, acaba em texto.

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Talvez eu nunca esqueça da primeira vez que vi o seu sorriso, das primeiras palavras que trocamos, do nosso primeiro beijo. Talvez eu nunca esqueça de quando nos vimos pela primeira vez, de como logo de cara tivemos uma antipatia mútua e de como, nos meses que se seguiram, passamos implicando um com o outro, sem revelar o que realmente estávamos sentindo.

Até que um dia descobrimos que tínhamos mais afinidade do que imaginávamos, que juntos nos dávamos bem e que toda a implicância era apenas um disfarce para esconder um outro sentimento.
E esse novo sentimento, que ainda estávamos descobrindo, ia crescendo cada vez mais e a necessidade de nos encontrarmos era cada dia maior. Até que um dia nós nos descobrimos apaixonados.

Da paixão se tornou amor, um amor tão forte e puro... Nos tornamos cúmplices, nos tornamos mais fortes, pois não éramos apenas pessoas que se completam e se tornam um. Sim, nós nos completamos, mas continuamos sendo dois. Dois que, com todas as suas diferenças, se amavam, mas como a vida não é como um conto da Disney, onde tudo acaba em um “e viveram felizes para sempre”, o nosso “sempre” acabou antes do que imaginávamos. E todos os planos ficaram para trás sem a perspectiva de se tornarem reais algum dia.

Cada um foi para o seu lado, com seus amigos, casa, trabalho e tudo mais. Um de nós foi mais longe, enquanto o outro optou por caminhos diferentes. Apesar de tudo ainda nos gostamos, mas isso não seria suficiente para sustentar uma vida inteira. Alguns “para sempre” realmente precisam acabar mais cedo do que outros, mas não é porque o “juntos” não existe mais, que precisamos nos tornar completos estranhos para uma pessoa que fez parte da nossa vida por um bom tempo.

Não é porque você está do outro lado da rua que eu não vou acenar e te cumprimentar. Não é porque acabou que vamos morrer um para o outro. Talvez, e existe uma grande chance disso ser verdade, o primeiro amor seja para sempre e ele foi criado apenas para nos lembrar que se já amamos uma vez podemos amar mais e mais, e que se não deu certo não é preciso sair culpando alguém. Talvez seja apenas uma questão de momentos de vida diferentes, e essa seja uma oportunidade de encontrar uma pessoa que esteja no mesmo “lugar” que você naquele momento. Talvez essa pessoa também não fique para sempre, mas talvez você possa fazer o seu sempre com ela por um momento.

❁❁❁
TAMARA PINHO.
Jornalista por amor (e formação), mineira, e sonhadora como uma boa pisciana. Vivo na internet, então é fácil me achar. Acredito que a escrita é libertadora e nos possibilita viver em diversos mundos ao mesmo tempo.
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❁ Ouça enquanto lê ❁

Está chovendo e, para variar, a cidade parou. Já andei dois quarteirões e nada. Nenhuma saída disponível para voltar para casa. O trânsito está um caos. Para todos os cantos que olho percebo o aborrecimento e a mesma urgência que estou tendo, de chegar e finalmente esquecer a rotina maçante que tem corroído qualquer vestígio de esperança. Hoje foi um dia daqueles, e você bem sabe que detesto reclamar. Insisto em enxergar os pontos positivos, mas fica difícil quando tudo se amontoa no meio fio e nada desata.

Percebi que ando ranzinza. Franzir a testa não tem custado tanto. E ando impaciente. Nunca fui boa com esperas — é verdade — mas de uns tempos para cá nem me esforço em disfarçar. Dá vontade de tomar o outro pela mão e dizer que é preciso arriscar um caminho, que cruzar os dois braços e contar com a sorte não será suficiente, mas daí me lembro de mim diante dessas ciladas em que tudo vale muito e me aquieto. Que direito eu tenho de apressar o passo alheio? Nenhum. Repito três vezes e me convenço de que o direito de experimentar as próprias escolhas é fundamental na hora de crescer.

Eu mesma demoro um bocado para aprender. Normalmente me rasgo duas vezes só pra ter certeza, e é nessas permissões masoquistas que fui me dando conta do quanto que a gente amadurece entre uma porta fechada e outra. Estou com tempo. O semáforo abre, cinco carros no máximo atravessam e logo ele fecha. Que tédio. As luzes da cidade inspiram a lembrar daquele Natal que passamos juntos no improviso. Lembra?

Abrimos mão de todo ritual só pra estarmos a sós. Sem a loucura da troca de presentes e aquele clichê todo envolvendo pessoas que só se bastam numa única data do ano. E deu saudade do porre de verdades que tomamos, das mãos entrelaçadas naquela varanda especialmente iluminada pra ocasião. Lembrei de recostar a cabeça no seu ombro e ver a vida passar enquanto fazíamos planos secretos traduzidos no olhar. Senti falta do refúgio. Do silenciar sem ter de justificar. Essa facilidade me encanta e você bem sabe que trocaria a algazarra toda para me caber no seu abraço.

Você chegou a ler a pesquisa que te enviei? Sobre a cura que abraçar demorado traz? E você que acreditava que essa necessidade de estender o namoro dos nossos corações era bobagem da carência. Que nada. Era paz dobrada e a certeza de que tudo daria certo.

Continuo falando sem parar e emendando um assunto no outro, espero que não se perca e que não se importe. A chuva apertou. Os raios estão iluminando o céu e pode supor que vontade de cobrir os olhos e me esconder embaixo do cobertor não faltam. Engraçado como somos forçados a lidar com as tempestades da vida e voltamos a ser criança quando o temporal ali fora começa. Tudo parece muito maior do que realmente é e a falta de controle me deixa desconfiada. Não poder prever os estragos me desespera.

Eu sei que está ficando tarde e que já me atrasei quase duas horas, sei que não tenho sido pontual com a gente e que nos últimos meses você foi a peça que mais desloquei na agenda, mas eu juro que estou tentando. Que tenho me esforçado. Talvez você se irrite outra vez e me deixe porta pra fora, que sequer visualize a mensagem que estou escrevendo, mas precisava deixar registrado que sinto sua falta. Ainda que eu tenha demorado um tempo para me dar conta do tanto que a rotina estava consumindo as nossas horas livres de amor, eu me importo com o que a gente escreve no travesseiro.

Me importo com seus medos, e me desdobro pra estar perto mesmo quando o relógio não adianta o nosso lado. Eu sei, eu podia ter saído mais cedo, me precavido sobre a chuva, podia ter antecipado a volta pra casa, ter passado naquela padaria que você gosta e ter te surpreendido com a mousse de chocolate, mas se eu tivesse feito tudo isso, não teria parado pra sentir o quanto seria sem graça viver sem você por perto pra dividir as preocupações e aqueles anseios bobos que só a gente entende.

Se eu tivesse mudado a rota, adiantado quinze minutos que fosse eu não teria sentido na pele a vontade de largar tudo só para me encontrar com você e contar que está tudo bem. Eu vou atrasar mais trinta minutos, mas se quiser, temos a vida adiante para combinar.

❁❁❁
MARCELY PIERONI.
Escritora, administradora e chef de cozinha por escolha. Perdeu o medo de sair do lugar e desde que começou a publicar seus textos coleciona viagens onde pode abraçar seus leitores e estar mais perto daqueles que acolhem sua baguncinha. Palestra e conta histórias para crianças. É sonhadora de riso frouxo.

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Sabe qual é um dos grandes problemas das pessoas (e até meu mesmo, não vou negar)? A gente sempre deixa para depois. A gente sempre acha que vai ter tempo. Deixamos para amanhã, adiamos para semana que vem, porque vai dar tempo. Mês que vem a gente faz isso, agora não vai rolar, agenda aí para o ano que vem. A verdade, que todo mundo sabe, bem lá no fundo, mas raramente assume é: não vai dar tempo.

Tem certas coisas na vida que não foram feitas para serem segundo plano. Você não vai ter outra oportunidade como essa que está batendo na sua porta e você, teimoso, não abre. A data daquela prova se aproxima mais a cada novo episódio que você começa. Você não vai ter outra chance de falar para ela, pela primeira vez, que a ama. Você não vai ter outra chance de sentir aquele abraço que traz paz, nem sentir aquele cheiro que muda seu dia só porque está chovendo demais e a cama não para de chamar seu nome.

Você não terá outra oportunidade para aceitar essa graça que quase espanca a porta da sua casa, mas você não abre por pirraça, por acreditar que amanhã será melhor. Não vai ser. Não temos todo o tempo do mundo. O mundo gira mais rápido do que a gente pode acompanhar e nem sempre você poderá contar com uma segunda chance. Não pense duas, três vezes, não espere a semana que vem chegar para fazer o que seu coração implora hoje, não tenha medo de demonstrar o que sente.

Diga a ela que você a ama e repita quantas vezes quiser. Ninguém morre por demonstrar amor, morre quem engole e reprime todo sentimento no peito. Tudo que chegou até você hoje, não voltará amanhã. Vá com tudo atrás daquilo que abre um sorriso no seu rosto, arisque-se e sinta a adrenalina da vida. Permita-se viver todos os dias como os únicos momentos que lhe foram dados, viva sem a vontade de voltar no tempo. Carpe diem!

❁❁❁
MARI GUIMARÃES 
22 invernos, escritora do livro "E se fosse verdade?". Mineira que vive no Espírito Santo, estudante de Oceanografia, apaixonada por café, livros e escrita desde quando aprendeu a identificar as primeiras letras. Encontrou lá toda a coragem que não tem pra dizer aquilo que vem à cabeça. Aquele eterno e irritante clichê que isa as palavras como seu refúgio. Não fala pelos cotovelos, mas escreve como um furacão.
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Não ligava pra maquiagem, mas era vaidosa e saía apressada pro trabalho todos os dias do apartamento onde morava, desde quando ganhou a primeira bicicleta ainda com rodinhas, rosa, florida da Barbie. Cresceu, mas não deixou de ser mimada! Vivia reclamando que os convites pra sair eram sempre superficiais, acoplados em open bar e sem quaisquer chances de virem a ser mais do que encontros causais. Se queixava que todo mundo tava namorando, menos ela! Resgatava frequentemente as lembranças ruins do que não deu certo com os relacionamentos anteriores, remoía as dores até sofrer de novo o que já tinha passado da conta, sabia que estava fazendo tudo errado, mas não mudava.

Com ele era diferente, possivelmente em seu subconsciente sabia que nesse caso, poderia rolar um caso ou até mesmo uma coisa mais séria, era rejeição todas as vezes que no elevador ele a convidava pra um café, pro cinema, pro aniversário da avó dele, ou uma volta pela orla depois do trabalho, já que ele sabia exatamente a hora que ela chegava e decorava sua rotina semanal. Ele a decorava com as melhores das intenções!

Ele não fazia ideia que na história de vida dela, ele apenas continuaria sendo seu vizinho desde a infância. No fundo ela deveria sentir algum prazer nessa coisa toda de só querer quem não a queria da mesma forma, masoquista não?! Meses se passavam e aquele cara do apartamento 401 ainda não queria acreditar que nada além do que já não tinha acontecido iria rolar, e a única coisa possível de dividirem era o porteiro do prédio em que moravam, os comentários sobre as taxas altas do condomínio naquele mês e de como a violência no bairro estava aumentando.

Ao mesmo tempo, ela seguia ranzinza com a vida e devolvendo sem perceber o que tanto queria! Sua rotina mecanizada gritava por encantos e romances, mas o medo de acreditar que o amor poderia então morar ao lado, de fato! Não permitia qualquer chance. Aquele café nunca foi tomado, esfriou a vontade de deixarem que o amor os esquentassem.

O tempo foi passando e ele, que explicitou cotidianamente seu desejo de dividir vida com ela, mudou-se. Mudou a forma de enxergá-la, caiu em si e com seu coração em liberdade percebeu que infelizmente alguns amores não foram feitos pra serem vividos, apenas doídos por uns e desperdiçados por medo de outros.

❁❁❁
JOANY TALON.
Pra quem acredita em horóscopo é Canceriana, nascida em Araruama no dia 15 de julho de 1986, assistente social pela Universidade Federal Fluminense, e agraciada por Deus pelo dom de transformar em palavras tudo que sente, autora dos livros “Cotidiano & Seus Clichês” e “Intrínseco” e co-autora no livro “Pequenices Diárias”

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❁ Ouça enquanto lê: Cartas pra você, NX Zero ❁

Uma segunda feira qualquer de 2016.
Começo te pedindo desculpas por ainda não ter te esquecido, mas tem certas coisas que não são possíveis de esquecimento. 

Como você tem passado?
Eu tô seguindo a vida. Aprendi muito cedo que mesmo que as coisas não estejam como planejadas, a gente deve seguir em frente que aos poucos a gente se recompõe. E é isso que tenho tentado fazer, e tá até funcionando. Mas como eu já te disse, você tem um espaço especial no meu coração pra sempre. 
E são dias como hoje, já te explico o motivo, me fazem sentir uma dorzinha de saudade no peito. 
Decidi sair mais cedo do trabalho, joguei aquele velho caô de que iam entregar algo em casa e eu precisava estar aqui, passei na farmácia, comprei chocolate e me joguei no sofá. Comecei a procurar por algum filme pra me fazer companhia, precisava de algo bem amorzinho, e enquanto procurava, me deparei com seu filme favorito, Toy Story. Lembro do seu espanto quando soube que eu nunca assisti, e na mesma hora você disse que assistiríamos juntos comendo pipoca. 
Mas essa hora nunca chegou. 
Nem a hora de eu conhecer seu cachorro novo, nem a hora de eu ver seu corte de cabelo novo, nem a hora de eu fazer um almoço com sua comida preferida. 
A nossa hora não chegou. 
Tivemos apenas alguns segundos nossos, mas não tivemos nossa hora. 
Isso deve ter sido o destino nos mostrando que a vida pode ser recheada de amor, mas que ainda não era nossa vez.
Não foi nossa vez de observar essa bela lua juntos, que por sinal, me faz companhia enquanto te escrevo esse texto e me pergunto se você a observa da mesma forma que eu, já que você gosta de astronomia, e eu gosto apenas de observar a imensidão. 
Observar a imensidão e saber que fomos um ponto de luz, que agora vira estrela. 
Não vou mais me delongar nessa carta, queria apenas dizer que sinto saudades. Mas como já disse antes, faz parte sentir saudade.
Espero que esteja bem.
E que seja feliz.
Um abraço.
M. 


❁❁❁
MARINA COUTO.
21 anos, estudante de Letras, forrozeira e apaixonada por palavras. Escrevo pra me sentir livre, não tenho destinatário certo, acho que assim fico mais desapegada e escrevo Com a alma. Gosto de escrever para as outras pessoas saberem que não estão sozinhas. Quem vai ser meu interlocutor? Quem ler decidirá se aceita ser ou não. Se você se identificar, é um novo interlocutor, escreverei pensando que não estou só. Escreverei pra nós

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❁ para ouvir enquanto lê: cataflor, Tiago Iorc.❁

Emily era de uma sensibilidade ímpar. Dessas que se necessário for, desviava do caminho para não atrapalhar o objetivo das formigas, que concentradamente carregavam pesadas folhas nas costas. Ela também adorava flores, mas não aquelas montadas em um buquê. Gostava de jardins amplos e cheios de vida, e também daquela florzinha guerreira que nasce em meio ao concreto, sabe? 

Para Emily, a natureza tem muito a ensinar pra gente. A sua maior paixão sempre foi o dente-de-leão. Como uma flor tão leve e frágil pode ter o nome do rei da selva? Ela sempre se perguntava isso. E com o tempo entendeu que a sensibilidade esconde em suas entrelinhas uma força verdadeira e íntegra.

Desde criança, ela foi uma menina observadora, que se encantava com os detalhes que a cercava. Muitos a chamavam de sonhadora, mas na verdade, ela só tinha um jeito diferente de olhar a vida -com mais otimismo e um tanto de sorriso nos lábios. Ah! E uma porção à la carte de gargalhadas escandalosas. 

Emily cresceu, mas continuou carregando um coração gigante que não se apequenava mesmo com a convivência inevitável com pessoas mesquinhas. Ela amava o nascer e por-do-sol porque ele a fazia -antes de tudo - seguir grata desde as suas maiores dádivas até os pormenores.  

Emily vivia como se fosse primavera todo os dias do ano. Seu look preferido era um bom vestido longo florido, cheio de cor e vida. Vida! Era isso que ela deixava em todos os lugares que passava. E olha que foram muitos! Emily era uma andarilha, apaixonada por histórias novas e discos antigos. Livros então? Colecionava vários clássicos. Mas gostava mesmo era de colecionar sorrisos sinceros. Sabia logo de cara reconhecer um e dificilmente o esquecia ao longo dos anos.
Se engana quem pensa que ser sensível é apenas chorar por absolutamente tudo, inclusive com a inauguração do supermercado ou com aquele comercial com família reunida na mesa. A sensibilidade envolve a capacidade de percepção ao outro e suas necessidades. Até mesmo quando a realidade dele não interfere diretamente na nossa.

Emily costumava dizer que pessoas sensíveis não são compreendidas pela maioria. E pensando bem, infelizmente ela tinha razão. Sensibilidade no meu dicionário, deveria ser sinônimo de empatia. E ela é rara. Não deveria ser, mas é pra poucos. Poucos que se dispõem a sentir com o coração do outro, que abrem mão vez ou outra de benefícios próprios em função do bem comum, que lutam uma luta que não é sua e respeitam a causa alheia. Sensibilidade é ser simples. É ser humano - como na nossa essência.


❁❁❁

SUÉLEN EMERICK.
24 anos. Brasiliense que vê poesia no cinza do concreto. Jornalista que escreve por/com amor. Uso vírgulas e crases imaginárias pra contar histórias, e o coração pra vivê-las.

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Eu não tô preparada, simples assim. Não dá pra se preparar para o fim sem ver em loop infinito todo aquele sofrimento que virá de brinde com um possível término. Eu tentei, tomei um balde de café pra ficar acordada e pensar em uma maneira de consertar as coisas. E, você sabe que eu sempre falho quando penso demais no que pode acontecer. Eu preciso viver mais no presente do que no futuro e pra isso eu jogo toda a culpa na minha ansiedade.
Pode ser insegurança, despreparo total ou aquele apego que a gente sente quando fica muito tempo com alguém, pode ser qualquer coisa. Mas por algum motivo eu fico maquinando o que é melhor pra mim, pra você, pra nós dois. E não sei se é possível ver um futuro em conjunto ou se nós seríamos felizes dividindo a vida mais de perto.
Só sei que nada sei quando o assunto é o nosso amor. É um amor nada anormal, com seus altos e baixos, com risadas e lágrimas, com brigas e com prêmio de consolação. Acontece que de um tempo pra cá eu mudei um bocado e não sei se a gente se encaixa mais. A gente se encaixa, meu bem?
A história que construímos, apesar de bela, já está ultrapassada. Na nossa época a vida não era essa loucura e lembro bem da gente na fila do pão procurando uma explicação para ter acordado tão cedo. E a gente costumava transar todo dia, o que foi diminuindo com o tempo (e isso é normal, acontece sempre com qualquer casal). Eu queria mais paixão, mas creio que não é possível reviver esse sentimento contigo.
Sei que você merece um amor quentinho e que caiba no seu abraço, mas acho que a minha vez já se foi e a sua também. Por mais que eu te ame de um jeito muito bonito, sei que o melhor será a distância. Mas quem é que disse que eu tenho coragem de te deixar?

❁❁❁

JU UMBELINO.
Mineira que escreve para mandar a ansiedade embora. Viciada em seriados, filmes e música. Ama quadrinhos e livros. Prefere ficar em casa do que ir pra balada.


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Quero ficar contigo. Não é amanhã, semana que vem ou da próxima vez que formos ao cinema. Quero ficar contigo agora! Não sei bem quantos quilômetros nos separam neste exato momento, se eu for a pé, de ônibus, carro, avião ou jato supersônico, sei que demorará uma eternidade. Preciso de você agora. Mais do que impregnado em minha pele, o seu cheiro está em minha alma. Basta-me fechar os olhos que eu sinto seu perfume me inebriar todos os sentidos.

Seu sorriso me invade até os pensamentos mais banais sem, nem ao menos, pedir licença. Ele me invade, me possui, me transporta através de longínquos mares imaginários em que aporto no cais dos teus olhos castanhos. Navego milhas, enfrento tormentas, confronto hordas bestiais e, dentre todos os portos que me oferecem abrigo, é o farol dos teus olhos – que sorriem miúdo – o único a me apontar o horizonte onde ancoro a minha paz.

Quero poder gritar ao mundo que eu te encontrei. Que todos os caminhos por onde caminhei até o momento, convergiram para que eu pudesse chegar ao seu encontro. Quero poder planejar em sua companhia o almoço de domingo, a viagem de fim de ano, o nome de nossos gatos, a cor da parede da sala e o tamanho de nossos sonhos. Quero sua letra cuidadosamente desenhada num bilhete preso à  geladeira com qualquer lembrança para uma mente por vezes esquecida. Feira, mercado, médico marcado às três. Mas, no fim, sempre terminando com o mesmo adorável clichê: P.S.: Eu te amo!

Quero ficar contigo apenas. Não peço muito e não exijo nada além de reciprocidade. Mas preciso de você agora aqui comigo. Não se preocupe com hora, modo ou lugar. O meu agora é, apenas, a certeza de que encontrarei rubro, vivo e compassado, um coração que deixei pulsando sobre as mãos de quem escolhi para escrever a dois uma nova história. Se estiver tudo bem para você, quero ficar contigo hoje, amanhã e todos os dias em que houver vida dentro de nós. Fica comigo?


❁❁❁

VITOR VILAS BÔAS.

Baiano, professor de história, apaixonado por política, café basquete, fórmula 1, natureza e pizza de atum com catupiry. Hoje caminha sem muita pressa pelas ruas de Aracaju, deixando as ideias fluírem através do encanto captado pelos seus olhos e ouvidos. Anda, frequentemente, de sorriso e coração abertos, vivendo com a intensidade que os seus 30 anos ensinaram.

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Acendi até um cigarro – e olha que nem fumo.

Sentei-me naquela cadeira do canto, onde costumávamos colocar nossas roupas usadas no final do dia. Eu queria apenas um lugar para te olhar em paz. Você dormia... Daria meu reino por aqueles sonhos que te acompanhavam naquele momento. Fiquei te olhando. Admirando entre um trago e outro, lembrando de cada detalhe de quando te encontrei... Os pensamentos voavam juntamente com a fumaça do cigarro. Como você é linda! 

Eu estava recheada de pensamentos sobre você, me sentia extremamente feliz por te ter em meus dias – e, nossos dias estavam tão corridos – que eu sentia falta de apenas te olhar. Soltava lentamente a fumaça tragada cada vez que você se remexia, não queria te acordar e aquele momento egoísta era todo meu. Prezava por ele a cada segundo. Era o alimento mais nobre que meu coração cultivava de você. E, sabe amor, você é a pessoa mais linda que apareceu em toda minha humilde vida. 

Tenho sensações de que nos conhecemos há tempos... O cigarro estava chegando ao fim e você já ia acordar, levantei e fui em sua direção, te abracei apoiando sobre mim. Prontamente você se acomodou, olhou pra mim e sorriu, soltando reclamações sobre minha demora em chegar e sem tempo de resposta você adormeceu. Fiquei imóvel com você em meus braços, só conseguia agradecer a Deus por ter você, você era exatamente como eu queria e agora estava ali comigo. Pra mim. Meu coração cansado, descobriu que podia enfim sossegar com você do meu lado... É, estou feliz! 

Suspirei e te abracei forte, estava comigo a calmaria dos meus dias, o desacelerar do meu coração, aquela a qual escolheu me acompanhar. Sim, fui escolhida, a nossa reciprocidade começa daí, agora adormeço sabendo que ao acordar é você que meus olhos vão encontrar. Vem amor, vamos sonhar... E amar, amar e amar.

❁❁❁

ANNA OLIVEIRA.
Recifense, amante da tecnologia, leitura e MPB. Aspirante na escrita/poesia, uma menina mulher sempre em evolução, transcrevendo em palavras gritos oriundos do coração, deixando registros verídicos (ou não) nas entrelinhas. De braços e coação aberto para a vida e o amor.

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Depois de lutarmos tanto nos rendemos ao velho clichê "não era para ser". Era. Você só não quis mais. Não me quis mais. Mudou os planos, a trajetória e resolveu que seguiria no caminho oposto ao meu.

Pensei em te procurar, insistir no que você disse que não tinha jeito. Mas apenas fiquei mudo. Feito um idiota, com as mãos no bolso do meu jeans rasgado. Só conseguia pensar que minhas palavras,agora, não teriam peso nenhum. Você costumava dizer que nossos destinos já estavam traçados. Então, não importava o quanto fosse bonito o que eu dissesse, nada te guiaria de volta.

A unica coisa a fazer era guiar a mim mesmo. Me levantar do buraco e suportar os dias péssimos, mesmo me sentindo corroído pelo que não disse e pelo que não fiz. Por não ter conseguido te fazer ficar.

Tudo tem estado quieto demais desde que você se foi. Cada toque no celular é um disparo no peito e uma decepção depois, quando a tela não mostra seu nome. Mas eu tenho conseguido te esquecer um pouco todo dia. 

Não sei como tudo tem estado por aí, nunca mais recebi notícias. Algumas vezes te observei de longe, vi sua boca ao encontro de outras. Disse adeus sem você notar, pensando se era mesmo pra ser assim ou se só faltou um pouco mais de garra. 

Eu nunca quis te desconhecer tanto. Os seus segredos eu já não sei mais, sua rotina mudou e eu fiquei para trás, junto com as coisas que você amava fazer e hoje não participam da sua vida.

Depois de meses nossos, minha casa parece terrivelmente vazia sem a sua bagunça. Por muito tempo mantive seu livro de cabeceira ao lado da minha cama e, por alguns segundos antes de dormir, olhar para aquele livro era como se você já já fosse deitar também.

Abro a geladeira às 3:04 da manhã e não consigo dormir, com esperança de você estar acordado e resolver ligar dizendo "senti sua falta hoje". Porém era apenas eu quem sentia uma falta absurda de nós e só eu que precisei de muita força para não te ligar. 

Eu devia ter aceitado fugir dessa cidade quando você sugeriu que aqui era pequeno demais para todos os nossos sonhos.

Ou ter pelo menos pedido, por favor, não atravesse a porta sem que antes eu memorize seu rosto, assim tão leve e corajoso. Eu não saberia dizer se alguma vez você se sentiu assim do meu lado. Minha cabeça tem me pregado peças e eu perdi a certeza de tudo.

❁❁❁
TATIANE ARGENTA.
20 anos, paulista. Escritora de bar e cafézinho, romântica incorrigível que tem tanto medo do futuro quanto você. Inúmeras incertezas e conflitos no peito como qualquer um, mas que sabe por isso no papel. Assim como outros sabem cantar.


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Deixa eu te contar um segredo: você não precisa se submeter a tantas coisas para provar que gosta de alguém. Valorize-se! É importante. Implorar qualquer tipo de afeto apenas massageia o ego de quem não sabe o que quer, e precisa provar o gosto do valor da disputa. Não perca seu tempo insistindo em que não insiste em você. Deixe de lado, não vale o investimento. O "antes só" é melhor do que desamparada e sendo segunda escolha quando a carência aflora.

O mundo é grande demais para insistir em uma pessoa que não te procura quando você merece ser encontrada. Você é incrível demais para ficar se lamentando pelos cantos por babaca que não soube valorizar o que você tinha de melhor. Orgulhosa o bastante para não implorar presença de quem quis partir. Focada ao extremo para rascunhar passado e determinada o suficiente para perceber que a vida te livrou do que não podia ser mais seu, do que já era carga, peso, entulho, descartável e raso a ponto de não te fazer transbordar.



Acorda para a vida e segue um novo rumo! Existe um mundo lá fora que precisa ser visto. Se trancar dentro de você mesma só atrasa seus passos e impede que você conheça quem realmente vale a pena.
Não estou dizendo pra sair abraçando o mundo com as pernas e reforçando a ânsia de ter tudo de uma só vez. O que quero que entenda que por mais que alguém tenha te feito sofrer, é preciso passar uma borracha, aceitar o fatos e lidar com o "daqui em diante!"

Você é suficientemente capaz de esquecer quem não te valorizou e não deu suporte quando gritou por socorro. A gente só faz ficar quem faz de tudo por nós, caso contrário é mera vaidade, que merece ficar para trás. Cuide de você e do amor próprio. Se valorize mais e reforce outras tantas coisas que merecem sua atenção. Confia sua vida nas mãos de Deus, ele tarda mas não falha. Esteja certa de que Ele te livrou de algo ruim para te contemplar com algo maravilhoso.


❁❁❁

ROGÉRIO OLIVEIRA.
Escritor, publicitário, boêmio, amante da fotografia e da vida. Perceptivo e leitor de sentimentos alheios.

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É chato, eu sei. Mas as coisas acabam. 
Mesmo sem a gente querer ou escolher. 

Tentamos nos antecipar aos problemas, evitar tropeços e corrigir eventuais erros. Mas mesmo assim a vida insiste em tomar decisões por nós. 
É inevitável.

Quando se foi tentamos esquecer, entender e imaginar como poderia ter sido se isso ou aquilo fosse feito. Se algo não fosse dito. Se alguma posição não fosse tomada. Mas é inútil.

O destino sempre apronta das suas.

É tolo tentar achar o erro. Colocar a culpa em algo ou alguém. Porque não é possível explicar como algo tão grande simplesmente se foi.
Não conseguimos encontrar uma resposta simples para algo tão intenso que não está mais lá.
E isso dói.

Dói de verdade. 

E a ressaca é forte. E é forte porque ninguém experimenta altas doses de conexão e sai impunemente.
Mas basta se apegar no que Gabriel Garcia já escreveu:
"Não chores porque já terminou, sorria porque aconteceu."

E apenas espere.

Espere porque o destino sempre terá algo de especial para pessoas de alma viva e espírito livre.

E traga outra dose.


❁❁❁

HELIARLY RIOS.
É um amante. De política, economia e futebol. É um apaixonado por F1 e NFL. Garante o pão de cada dia e um teto para descansar trabalhando como analista contábil. Seu único amor é escrever de forma irresponsável e livre de culpa. O resto são paixões.


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