O amor é brega
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Quando criança, Ana não sabia fazer laço nos cadarços do tênis escolar. Era sempre seu pai que cuidava dessa parte. Se por acaso eles desatassem durante o horário da aula, era um dilema. Às vezes Ana desistia e os colocava pra dentro do tênis pra não tropeçar.

Aliás, a palavra "cadarço" foi uma das que Ana mais teve dificuldade de aprender a pronunciar. Sempre saía um "cardaço" ou até mesmo "cadastro". Ainda na pré escola, Ana ganhou um tênis com fecho de velcro, e se sentiu livre, como se todos os problemas do mundo tivessem se encerrado ali.

Outro fato curioso sobre Ana, é que ela não sabe andar de bicicleta. Até teve algumas durante a vida , mas só conseguia passear por alguns metros se elas tivessem rodinhas. Quando virou adolescente, tornou-se socialmente inconveniente que ela usasse desse auxílio. E até hoje quando alguém usa a expressão "tal coisa é como andar de bicicleta, a gente nunca esquece", ela sorri e finge entender.

Ana completou 25 anos semana passada, mas ainda dorme com vários travesseiros e pelúcias em cima da cama. Algumas são pelúcias de estimação, que ela guarda e cuida há anos. Gosta de abraçá-los, e talvez tudo fosse mais fácil se ela fizesse o mesmo com as oportunidades. Vivem dizendo que ela precisa de um amor, e que quando se casar, automaticamente essa mania vai desaparecer.

Mas não sei, acho que Ana precisa mesmo é aprender a se abraçar. A se amar. A crescer. Não em estatura. Essa é até bem avantajada. Ana tem 1,75 de altura e está acima da média nacional. Ela precisa começar a entender que na vida nem sempre podemos substituir os cadarços por fechos de velcro. Somos obrigados a encarar os problemas e resolve-los. Mas confesso que no fundo, eu tenho que concordar com Ana e até invejo sua forma inocente de ver o mundo. Afinal, é bem chato isso de brincar de gente grande, né?

SUÉLEN EMERICK.
24 anos. Brasiliense que vê poesia no cinza do concreto. Jornalista que escreve por/com amor. Uso vírgulas e crases imaginárias pra contar histórias, e o coração pra vivê-las.






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Vi você chegar, se aconchegar num cantinho, roubar um sorriso bobo sem qualquer intenção e nem percebi quando comecei a te querer cada vez mais perto. Você que com esse seu jeito de agir meio torto, sua forma de ver o mundo distorcido de opiniões alheias e essa maneira de se apegar aos detalhes, fez com que eu reparasse justamente naquilo que deveria deixar passar. Não são esses teus olhos com um brilho diferente, muito menos tua mania de estalar os dedos ou teu jeito de desarrumar o cabelo, para ser sincera nem percebi direito o que me fez te perceber.

Pensando bem eu adoraria dizer que não prestei atenção em nenhuma linha de expressão no seu rosto e muito menos naquela curvinha bonita do seu sorriso. É sério, adoraria dizer que não pensei em você hoje, nem ontem ou que talvez tenha pensado somente na semana passada, mas não vejo a hora de sair daqui e te levar na bagagem da minha loucura. Não sei se você sabe, mas embora não aparente tanto, sou um poço de confusão e insanidade e olha só onde você se meteu. Pense bem, ainda dá tempo de fugir, porém eu, se fosse você, ficaria.

Ficaria para eu poder te puxar pela mão à beira-mar, te levar olhar a lua numa imensidão de tons de azul que desanda no horizonte e depois encarar as ondas mornas do anoitecer sem preocupações. Sabe, eu, se fosse você, ficaria porque não é todo dia que se encontra alguém querendo sentir a vida num misto de coragem e covardia. Ficaria para estacionar o carro na beira de um rio só para ouvir o barulho da correnteza virar melodia numa noite fria, para compartilhar o aquecer de uma pequena fogueira crepitando sob a luz de um céu estrelado e dormir em pleno inverno com uma coberta suave ou a preferência por um calor humano entre os desconfortos de uma cama ao relento improvisada.

Não é como se eu quisesse uma vida inteira do seu lado e sim só algum tempo, acho que apenas o suficiente para nos tornar inesquecíveis. O suficiente para ter algo bom para lembrar da gente, algo do qual não beire as linhas do esquecimento ao passar dos anos. Gosto de você e por esse motivo acho as coisas costumeiras tão sem sal para nós dois, contigo eu quero um pouco mais de insanidade, consegue entender? Não quero que seja doce, nem que dure até o fim dos fins, quero apenas que permaneça a essência de uma saudade boa de ser lembrada, de um sentir falta gerador de uma bela insônia de vez em quando.

Quero que você fique agora, que permaneça no meu abraço, que brinque com meu cabelo, me arrepie o pescoço com sua respiração entrecortada e deslize sua mão gelada pelas minhas costas, que me beije com calma e que vez ou outra entre na minha brincadeira de provocar e me provoque. Eu te quero aqui, hoje, só um pouquinho. Não te peço todo seu eu, nem que me conte suas frustrações, só divida comigo aquilo que te fizer bem e dividiremos de um bem maior em conjunto. Quero saber tuas vontades doidas e se possível fazer com que elas aconteçam, quero ter o que lembrar e quero que seja ao teu lado por um momento. Só te peço que seja parte da minha loucura e eu serei, com toda a certeza parte da sua.


GABRIELLE ROVEDA.
1997. Escritora de gaveta, bailarina por paixão, sonhadora sem os pés no chão e modelo só por diversão. Do tipo que vive mais de mil histórias pelas páginas dos livros, daquelas que quer viajar o mundo só com uma mochila nas costas, do tipo que acredita no amor a todo custo e dispensa de imediato pessoas sem riso fácil. Não sabe fazer nada direito, mas insiste em acreditar que o impossível é só uma daquelas palavras que vão cair em desuso e se vê tentada a tentar de tudo. Viciada em café e em escrever cafonices sobre si e o amor sem dizer nada ao certo.

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Vai entrando pela porta, meu amor, mas não entenda que por entrar aqui vai rolar a bagunça que quiser. Eu já deixei que entrassem por essa mesma porta e a sensação que tive foi que pularam a janela e a deixaram aberta e eu fiquei ali de pé e rodeada pela bagunça deixada e congelando por um vento frio que nunca ia embora. Por isso mesmo vedei as janelas e tranquei a porta com chave, tranca interna e ferrolho, pra ninguém se atrever a tentar entrar.

Você me deu vontade de abrir a cortina e me disse que eu era linda. Me disse que eu era generosa, inteligente e de bom coração. Acho que vale a pena tentar. Porque sabe como é, nunca me trataram tão bem e eu não estou acostumada com esse tipo de mordomia. Eu preciso é que você me ajude a não achar tudo isso demais ou que eu não mereço isso. Eu sei que se tem algo que eu mereço é ser feliz e vai ser muito bonito se você fizer parte da minha felicidade atual.

E quando for se acomodando, diz logo o que te deixa confortável e o oposto também. Eu tô aqui disposta a me encaixar no seu mundo, assim como vou te dar as coordenadas pra dar conta do meu. Te deixo ficar do meu lado do sofá, sujar meu lençol (comigo), beber café na minha xícara e dizer coisas no meu ouvido.

Eu te disse que eu era problemática, que tinha medos e que pecava pelos excessos e pela falta. Mas eu esqueci que isso é coisa do ser humano e que estamos aí para aprender com os erros.
Você me disse pra ser paciente, pra pensar bem se era isso mesmo que eu queria e eu estou confiante pela primeira vez que estar com alguém me deixa feliz e é recíproco. Sorrir com você, olhar nos seus olhos e te abraçar já fazem o meu dia valer a pena.

Parece até que você é um tipo diferente de pessoa. Porque ninguém estava valendo a pena até então.
Entra, faz pouca bagunça e ajeita as suas trouxinhas no seu canto do guarda-roupa. A casa é sua, meu amor.


JU UMBELINO.
Mineira que escreve para mandar a ansiedade embora. Viciada em seriados, filmes e música. Ama quadrinhos e livros. Prefere ficar em casa do que ir pra balada.

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Eu te amei quando tu desocupou a cadeira ao teu lado para que eu sentasse. Foi um gesto delicado, sutil, quase imperceptível, mas de quem queria que eu estivesse ali. Acomodei o meu corpo despojado e conversei abertamente sobre a vida como quem não tem nada para fazer numa segunda-feira à tarde. Entrei na tua vida e não saí nunca mais.

Eu te amei quando contou um segredo só pra mim e a mais ninguém. Um detalhe particular da tua vida, um gesto de confiança inigualável que fez com que eu me sentisse o homem mais importante do mundo naquela hora, cuja opinião realmente tinha um peso capaz de desanuviar as tuas dúvidas. Confiei em ti e não desacreditei nunca mais.

Eu te amei quando, no meio de tanta gente, tu mirou o meu copo e brindou comigo. Sorriu para mim como se eu fosse o único entre todos, fitou o meu olhar como quem sabe exatamente a atenção que quer. O charme daquela tarde fez meu coração pulsar como a bateria de um carro velho há muito tempo desligado. Foi a faísca que bateu o arranque e não desligou nunca mais.

Eu te amei quando ganhei um abraço inesperado, especial e diferente. Teus braços entrelaçados no meu pescoço e a aproximação de nossos corpos com aquele disfarce de amizade misturado à ansiedade do bem-querer. Senti o teu corpo esguio tocando levemente o meu e teu perfume tomou conta daquela atmosfera particular que criamos, só os dois, e ninguém percebeu. Fiquei envolvido e não desprendi nunca mais.

Eu te amei no primeiro beijo. No olhar que o antecedeu. No teu sorriso de moleca regado a vinho, na displicência dos teus movimentos que davam a certeza de querer exatamente estar ali comigo. Naquela hora, o relógio parou e nunca mais vi o tempo passar ao teu lado. Te quis dali em diante para não parar de querer nunca mais.

Eu te amei quando tu me chamou aos prantos pedindo socorro. Lembrou de mim como porto seguro e acreditou que eu era o cara certo para solucionar todos os teus problemas. Fiquei ao teu lado, tentei dizer as palavras exatas, desliguei de todo o resto e quis somente ser teu naquela hora. Passei a ser teu, só teu, e de ninguém mais.

Eu te amei quando te vi acreditar em mim ao passo que todos os demais já haviam desistido. Recebi teus conselhos, baixei a guarda, deixei de lado a teimosia. Resolvi mudar por não querer mais ser o mesmo turrão, porque teus carinhos adoçaram a minha amargura e devolveram a esperança ao meu coração cansado. Que agora pulsa enormemente e não quer parar jamais.

Eu te amei e tenho te amado o tempo todo. Como sempre quis e achei que não mais pudesse, que não mais tivesse condições. Tu me devolveu a chance de amar e a ti entrego o que de mais genuíno há em mim por entender que este é um sentimento único e que dificilmente se repete. Me reinventei, me amei outra vez e por conta disso permito que agora tu sejas a dona do meu coração. Entrego ele a ti e te peço: não o devolva nunca mais.

PS: lembrem-se, amigos, que o amor não conjuga verbos. Escrevi errado porque fica mais bonito e porque sou apenas um gato. Um gato que ama.

OCTAVIUS, O GATO
Sou um gato de bigodes que ama. Mas o que é o amor? Entre outras coisas, ele também é anônimo às vezes. E é por isso que não estou aqui para dizer coisa com coisa. Não tente me entender, tampouco me julgar. Apenas ame comigo. Miau!
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Acordei com vontade de faltar no trabalho e me entregar aos teus braços. Dane-se o universo, se eu poderia ter um coração para morar, olhos para admirar e boca para me perder, pra que viver nesse mundo que só sabe me reter? Eu poderia bater na sua porta, ou já ir entrando e descobrir que você ainda não acordou, deitar ao teu lado e ficar lá até o anoitecer.

Me esquecer de trabalhar, comer ou ligar o celular. Me esquecer de levantar ou respirar, porque você tira o meu ar e faz-me querer desligar do mundo só pra deliciar o sabor da tua companhia.

Acordei com vontade de tomar um café, sentar em um lugar qualquer e desfrutar da sensação de olhar teus olhos e conversar. Conversar sobre o tempo, a vida, música, filme, pessoas ou apenas manter o silêncio e sorrir ao perceber que nossos olhares se cruzam a cada gole.

Acordei com vontade de ser aquele casal feliz. Que não tinha um universo de coisas para enfrentar ou obstáculos para superar, que não tinham tomado rumos diferentes ou tomado decisões inconsequentes.

Queria acordar e ver que ainda é primavera, as flores cresceram e se encaixaram num buquê destinado a mim e que pra retribuir, meu coração destinou-se a você . Ou que é sábado, você ainda dorme, eu te olho franzir a testa como se o sonho não estivesse bom e faço cafuné pra afugentar o pesadelo, você sorri e volta a dormir.

Fazendo-me aconchegar mais pertinho dos teus braços até você me envolver neles e dormir. Porque ainda tá cedo, a gente pode dormir até mais tarde.

Ainda tá cedo, mas o tempo passa voando meu amor. Enquanto ele passa, eu passo a ser sincera em dizer que quero a primavera, você, mais e mais tempo. Pra dar tempo de viver, sem deixar de desfrutar cada sabor do seu amor.

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ARIANE MOURA
Estudante de Psicologia, por amor . Uma escritora amadora que escreve mais pra si do que para os outros. Sonha que um dia ouvirá "Ariane Moura? Aquela Psicóloga e Escritora? Sei!". Alguém que tem paixão ao que faz e ao que quer, e com isso, um dia, conquistará o mundo.

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Já são 7:30 da manhã e eu ainda não tive forças pra sair da cama, sinto que vou me atrasar, mas é quinta-feira, não tenho a desculpa de segunda, e não tenho como me abdicar das responsabilidades de adulta pra curtir os melodramas adolescentes que me perseguem desde a primeira desilusão amorosa.

Como não tem jeito, encaro um banho apressado, ignoro a dúvida do clima pra escolher a roupa da labuta e depois de uma xícara de café também feito na pressa, sigo. São apenas dez horas de uma rotina nada previsível e que cada dia que passa percebo que sou abençoada por fazer o que gosto, e apesar das aventuras termino o dia com a cabeça cheia e o coração feliz. Afinal, estou empregada, fato que é tão difícil nos dias atuais!

Sabe aqueles melodramas que falei a pouco, me esperaram sair do trabalho e me fazem novamente companhia?! Aqui estou, caminhando agora bem devagar pela cidade no caminho pra casa, mas não quero voltar pra lá. Tá tudo tão frio, calado, silencioso, cheio de lembranças boas e ruins! Enquanto paro num ponto qualquer e repenso meu trajeto observo tantos carros, pessoas, vidas inteiras inventadas por mim na tentativa de realizar algum sonho inconsciente criado ainda nos meus 12 ou 13 anos.

Amanhã é feriado, sem dia útil eu serei obrigada a preencher meu dia com algum programa brega, inusitado ou jovial e animado com os amigos, talvez até sozinha na menos pretensiosa opção. Atravesso a avenida e me permito conhecer um dos “points” tão comentados pelos conhecidos mais baladeiros da minha convivência, me acomodo no canto mais discreto do bar e analiso o cardápio como quem admira um barquinho desaparecendo no horizonte, a primeira pedida pode ser uma vodka pura e com gelo pra ver se esfrio a cabeça e acalmo o coração.

— Garçom, por favor!

A cidade já está mais povoada que o normal, me vejo abismada! Muita gente aproveita o feriado prolongado digo a mim mesma em pensamento, reparo as roupas das meninas, os casais sorrindo gratuitamente, mal educadamente ouço conversas de mesas próximas e completo mentalmente todo fim de noite e de histórias que decidi acompanhar.

Já na sexta dose da mesma bebida, nada está como antes! Eu dependo de alguém pra contar meus tormentos sentimentais, minhas faltas e as saudades que ainda nem senti, dos tocos tomados, das oportunidades perdidas e de tudo que não quis ganhar por medo de perder, o que nem era meu em alguma fase da vida.

Chamo o garçom de todas as doses, pago a conta e pacientemente entro num táxi que me leva de volta pra um mundo que só eu visito e não faço nenhuma força pra melhorar, insisto em reclamar e não deixo ninguém mais entrar. Ali acabo minha quinta-feira, bem cedo me deito e adormeço, com a ajuda alcoólica da vodka que me embalou suavemente até uma sexta-feira vazia e cheia de fatos desnecessários, que não faço o mínimo esforço de desapegar.

JOANY TALON
Pra quem acredita em horóscopo é Canceriana, nascida em Araruama no dia 15 de julho de 1986, assistente social pela Universidade Federal Fluminense, e agraciada por Deus pelo dom de transformar em palavras tudo que sente, autora dos livros “Cotidiano & Seus Clichês” e “Intrínseco” e co-autora no livro “Pequenices Diárias”.

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No jogo do amor, qual é o seu placar? Está com vantagem, no zero a zero, ou já tomou um 7x1? No jogo do amor que você resolveu jogar, quais são as regras? Quem é que apita? Tá na ofensiva ou prefere jogar na retranca? Seja qual for a resposta, pare agora mesmo. Saia do campo, abandone a partida. Deixe que considerem um W.O. Pendure a chuteira e sente no vestiário que eu tenho coisas pra te contar.

Você precisa saber: jogos de amor não são pra se jogar.

Não há jogo mais fadado ao fracasso do que esse. Não há jogo com tantos blefes e tantas contusões. Quem se sujeita a jogá-lo pode até marcar ponto, mas nunca vai sair campeão na vida. O amor de verdade não tolera encenação, não aceita truques, não gosta de dribles.

Ações como “esperar duas horas para responder uma mensagem”, “fingir que vai sair no fim de semana só para parecer ocupada” e “nunca mandar a primeira mensagem” são erros graves. Então, eu te autorizo agora a dar um cartão vermelho para qualquer pessoa que te incentive a fazer isso.

Vou repetir uma coisa que já disse : Parem de achar que indisponibilidade é item afrodisíaco. Gente que não tem tempo pra sair, bater papo, tomar cerveja e depois dar uns bons beijos são chatas pra caramba. São aquelas pessoas que não passam pela vida, apenas vivem esperando a vida passar. Sem feitos. Sem marcas.

O amor não é um jogo, mas um exercício. Então começa praticando sendo verdadeira com você mesma. Sabe aquele lance de treinar na frente do espelho antes de conversar com alguém? Pois bem, é isso. Conte a você mesma quais são seus verdadeiros desejos, em alto e bom som. Vale treinar quantas vezes for preciso até que você esteja pronta pra contar para o outro. Mas não corte essa cena da sua história. Não deixe essa página em branco.

A regra é clara: Quem está afim, marca presença. Então parem de demonstrar o contrário, porque nós já conseguimos ir até a Lua, mas ainda não temos bola de cristal. Certo? O mesmo vale para a outra pessoa.

Tá sempre cansado, cheio de trabalho ou tem aniversário da avó todo o dia? Manda passear, porque está te cozinhando, e até onde sei, meu bem, aqui ninguém quer viver em banho maria. No amor, quem vence é a vontade, a persistência. Não há espaço pra indiferença.

Se o amor não é um jogo, não aceite ser reserva.

E se for pra praticar o mata mata, que não seja o que há de mais precioso dentro de nós. Vamos começar eliminando os que têm medo do risco, os que sufocam os próprios sentimentos e os sentidos alheios. Vamos eliminar os que mentem por medo de dizer a verdade, os que alimentam esperanças covardemente só pra alimentarem seus próprios egos.

De agora em diante, fica decidido: O amor é uma corrida. Respira e vai.

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ANA CAROLINA SOUZA
Jornalista por indução do destino, são paulina por carma. Apaixonada por gatos, praia, livros, carnaval, coca cola e umas delícias a mais. Aquariana com ascendente em áries. Tia babona. Mulher forte e chorona. Menina boba, dessas que escreve para não explodir e ainda acredita no amor.

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A cada dia que passa cresce o percentual de pessoas (homens ou mulheres) que sobe o muro das lamentações com o já conhecido tema: tá difícil conquistar alguém que esteja à altura dos meus anseios. Bom, diferente das relações afetivas estabelecidas em épocas passadas - onde casamentos eram “comercializados”, irmãos eram vigilantes de mão boba e, praticar um beijo, era mais complexo que calcular a resistência dos materiais - hoje o mundo vive a supremacia da liberdade de escolha.

Assim como ocorre nas seletivas de emprego, as pessoas estão cada vez mais exigentes e não hesitam em optar pela “melhor e mais assertiva” opção. Não raramente escutamos a ala feminina dizer: “ai amiga, ele até que é gostoso, bonito e extrovertido, mas... não estuda!” enquanto isso, homens da mesa ao lado lamentam: “poxa velho, ela é gata e gente boa, mas... é muito rodada”. Não seja exigente em demasia e deixe seu critério de seleção imperar sobre decisões gastronômicas (com glúten ou sem?! Açúcar ou adoçante?! Amargo ou doce?!). Pessoa ideal não possui manual de instrução, rótulo ou bula.

Me escuta aqui, enquanto se tem a falsa impressão de estar escolhendo (ou esperando) o melhor, você deixa de aproveitar momentos incríveis e conhecer pessoas fantásticas. Se for preciso quebrar a cara, vá em frente, mas, nunca – de forma alguma - volte pra casa com o sabor amargo do desejo reprimido. Não estou dizendo pra você sair por aí como degustador(a) de seres humanos e levantar uma placa com os dizeres: “Pode vir que eu tô 'facinho”, mas vale a pena se permitir. Ninguém é igual a ninguém, portanto pare de buscar a personificação do(a) ex em tudo. Passe a encarar alguns defeitos como qualidades exóticas e viva a plenitude das descobertas.

Pessoa ideal será aquela que estiver disposta a te fazer feliz custe o que custar, que respeite suas diferenças e saiba explorar a mina onde estão guardados seus melhores sorrisos. Pessoa esta que não te exiba como troféu, no entanto, reconheça o trunfo que é estar ao seu lado. Pessoa que saiba reconhecer o dia em que você esteja afim de ensurdecer ao som da sua particularidade, no mais profundo silêncio.

A humanidade está muito ocupada amando currículos, mas se esquece que amor não é um concurso. Amar é apontar todas as armas para a felicidade e acertar em cheio o alvo, buscando de forma bilateral alcançar o sentimento único. É deitar pensando, dormir sonhando e despertar imaginando a projeção das inúmeras possibilidades de percorrer juntos a rota da plenitude – composta por lombadas da dificuldade, curva acentuada da divergência e intriga dos atalhos.

Sim! O caminho pode não ser uma pacata reta envolto por flores, contudo vale a pena seguir, pois só vive intensamente aqueles que morrem de amor.

Nesta vida estamos, a todo instante, sofrendo julgamento quanto as nossas atitudes. Somos reprovados por pensar diferente deste ou daquele indivíduo, mas, afinal, quem está certo? Se a sua opção for realmente flertar com a solidão e fechar as portas de toda e qualquer investida alheia, fique à vontade! Só não deixe que sua vida seja definida em virtude daquilo que a sociedade espera a seu respeito.

DIEGO AUGUSTO
Mineiro de Belo Horizonte, engenheiro de produção por profissão e escritor por paixão. Amante da vida e das pessoas, acredita que os sonhos embalam a vida e o amor propulsiona os sonhos. Odeia o mais ou menos e pessoas que querem progredir cedo acordando tarde. Apreciador de cervejas e conselheiro de temas que pautam as mesas de bares.


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Jurei que não amaria novamente, mas um encontro de almas mudou tudo, te encontrar mudou minha vida da água para o vinho, de uma simples carona para deliciosas noites de amor, de um simples aperto de mão para afagos no coração. Minha mente pedia um pouco mais de calma, o meu coração parecia não ouvir. Senti um misto de medo e euforia, grilos na mente e borboletas no estômago.

Como quem não quer nada, eu exalei novamente o que já não sentia mais ou que por um momento eu ocultei. E eu não podia ocultar de novo, eu não podia deixar que o meu passado viesse à tona, me jogasse na lona e me desse um nocaute. Não, não era justo comigo, não era justo com você, eu não depositar em você os meus traumas, não era justo te culpar pelos erros dos outros.

Eu não podia atropelar o meu destino, vê-lo passar por mim “sorrindo” e enxergar mais uma vez a solidão pra mim se exibindo. E não fiz, assumi as rédeas, era nosso o papel principal. Era o nosso encontro de almas, provando o quanto é linda esse viagem de embarcar nas mesmas sensações e de sentir conexões surpreendentes.

Eu contava os segundos, os minutos, as horas para te ver, o meu coração palpitava vigorosamente. Te encontrar era desembarcar no cais da tua alma, era quebrar todas as juras feitas, fazer novas juras, olhar para frente e enxergar infinitas noites ao teu lado, bebendo deliciosas doses de vinho. Era dançar no mesmo compasso, ao som Engenheiros do Hawaii, Zé Ramalho e Zeca Baleiro, era sentir na pele os toques, os arrepios causados pelas palavras, ver os olhares que se cruzavam avidamente.

Te encontrar era lavar minha alma, eu ia nua, livre de qualquer amarra, livre de qualquer medo e angústia. Ia transparente, sem ter hora pra voltar, disposta a viver tudo que a vida me proporcionava. Te encontrar com um sorriso leve, sem pressa e sem preocupação era um ponto de equilíbrio.

Com você aprendi a ter mais calma, aprendi a ser mais otimista, aprendi a dar as mais lindas e loucas gargalhadas, aprendi a não ligar para o que não me acrescenta. Aprendi a tomar banho frio e aprendi a cuidar mais de mim, a dar mais valor para a vida que tenho. Ao te encontrar somos rios que se encontram, mares que transbordam, somos longos encontros de almas, almas ligadas numa “Perfeita Simetria”, somos olhares que falam, que transparecem todos os desejos.

Temos vivido momentos inesquecíveis, temos aproveitado imensamente, temos amado loucamente. O tempo com toda sua sabedoria tem deixado nossa ligação de almas permanecer. Ainda que novos ventos soprem e que mudanças aconteçam, essa ligação ficará gravada em mim, como prova das sensações, das magias, dos encantos mais lindos que já vivi.

KAL LIMA
Poetisa, uma baiana com a alma no mundo e os pés em um rincão incrustado no Sertão. Sou uma garota-mulher apaixonada pelos encantos que o amor traz. Falo muito, sinto muito, nas palavras encontro o meu cais, é o meu jeito de transbordar.

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Depois de um cigarro soprado pela janela volto a cama totalmente desarrumada por nós.
O cheiro de vergonha nos inebria.

A respiração pesada e o suor acusam sua situação. Você está rendida. Você teve o que quis. Você foi desejava e tratada como objeto de desejo. Você se sentiu um objeto. E você queria se sentir assim.

Sexo.

Os chatos te julgarão. Quem conhece a beleza não.

Não sobra muito a aquele que é vazio além da crítica. Quem sempre será feio nunca aceitará o belo.

Quem não sentiu acha que é pecado ser feliz.

Enquanto planejam um modo de nos sabotar damos goles e beijos. Tragos e vícios. Tudo que dizem ser incorreto. Tudo que nos faz sentir vivos.

Eu, você e todas formas de pecar.

Eles, o mundo e todas maneiras de justificar seus fracassos.

E nós não temos tempo para pensar no que eles acham ser o correto. Já sabemos que isso não existe. O que importa é ser feliz.

E enquanto quem não sabe tenta encontrar o termo certo e a maneira certa de chamar as coisas nós fodemos.

HELIARLY RIOS
É um amante. De política, economia e futebol. É um apaixonado por F1 e NFL. Garante o pão de cada dia e um teto para descansar trabalhando como analista contábil. Seu único amor é escrever de forma irresponsável e livre de culpa. O resto são paixões.
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Eu tinha vinte anos quando tomei a primeira grande decisão que revolucionaria minha vida. Pensei estar dando a grande cartada e definindo eternamente os rumos que seguiria dali em diante. A gente sempre tem essa tendência de imaginar que grandes guinadas são eternas. Pus em prática. Durou exatos sete meses e tive que voltar à estaca zero.

Dei algumas voltas na vida e cheguei aos vinte e cinco. Decidi casar. Agora sim, ces’tfini, tudo está dito e feito. Disse sim ao padre e jogaram arroz no meu cabelo engomado de gel (relendo essa frase vejo que parece que casei com o sacerdote, mas não. Ah, vocês entenderam). A vida a dois, naturalmente, sofre mutações em seus sentimentos, mas a gente sempre pensa – ou tem a intenção de pensar – que é para sempre, quando na verdade o certo é ser infinito enquanto durar. Os poetas e os pagodeiros não erram.

Cruzei então a barreira dos trinta. Oi, Balzac. O que pode acontecer na vida de um homem de três décadas, estável e equilibrado emocionalmente? Na minha, julgava que nada. Com o passar do tempo, assimilei a ideia de que os acontecimentos estão aí para modelar o que sentimos e, uma vez petrificado, não há água mole que tanto bata no coração até que fure. E, de mais a mais, a estabilidade de um casamento sem fortes emoções pode não ser lá muito animadora, mas estamos cansados de conhecer pessoas que preferem mil vezes as voltas de um carrossel a terem que morrer berrando na efusão de uma montanha-russa.

Pois bem, sem mais nem menos a pedreira explodiu com toda a força. Dinamite pura. Não restou pedra sobre pedra. E eu, que já nem lembrava mais de como era pulsar de nervoso por causa de alguém, passei a ter taquicardia, sudorese nas mãos e uma angústia que não apertava o peito há praticamente dez anos.

O mais curioso disso tudo vocês nem sabem: eu gostei de sentir isso. Adorei me sentir vivo outra vez e fiquei mais feliz ainda ao constatar que meu empoeirado coração seria sim capaz de amar novamente. Cerrei os olhos, permiti que os pés saíssem do chão e deixei que o embalo desse sentimento passasse a governar os meus melhores e piores momentos.

Tem sido revigorante, claro que tem. Mas não há amor sem sofrimento e não há escolha sem renúncia. Quem perde as rédeas das suas emoções fica à mercê dos altos e baixos da supracitada montanha-russa e, meus amigos, os momentos de frenesi passam a flertar com os de desespero. A cada curva, a impossibilidade de adivinhar o que virá a seguir impede que saibamos o que vamos ou não sentir. É doido, é adrenalina, mas é tenso.

O mais irônico é que, no fim das contas, a ordem dos fatores não alterao produto. E eu, que não sabia de onde vinha e para onde iria, tampouco agora sei onde estou. Amar é, de qualquer forma, um tiro no pé. A gente apenas escolhe se vai ser com pistolinha de chumbo, ou com bala de canhão. Neste exato momento, estou usando lança-chamas. Arde e não se vê. Fernando Pessoa sabia das coisas. Morreu jovem. Eis o busílis.

OCTAVIUS, O GATO
Sou um gato de bigodes que ama. Mas o que é o amor? Entre outras coisas, ele também é anônimo às vezes. E é por isso que não estou aqui para dizer coisa com coisa. Não tente me entender, tampouco me julgar. Apenas ame comigo. Miau!

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E ela engoliu o choro, sorriu e seguiu em frente. É inacreditável, mas ela seguiu sem você e, talvez, você não se conforme com isso - na verdade tenho certeza que você não consegue se conformar com o fato de ter perdido uma mulher assim, tão segura, às vezes tão perfeita, alegre, tão mulher.

Ela era tão capaz de segurar seu mundo por horas, sem deixá-lo desabar, mas você a deixou escapar, né? Não foi capaz de valorizá-la, de segurar o mundo dela nem por cinco minutos. Acontece, meu caro, que hoje você se sente um idiota, algumas lágrimas, provavelmente, já rolaram do seu rosto lembrando dela, né?

Hoje você a vê passando pela rua, observa suas fotos nas redes sociais, e, acredito que, diariamente o arrependimento bate à sua porta. Mas ela partiu, seguiu em frente, foi embora e deixou tudo que a fazia mal para trás.

Quantas bocas você foi capaz de beijar no meio da noite pra ver se encontrava um beijo parecido com o dela? Quantos pescoços você cheirou tentando localizar seu perfume? Quantas pessoas você olhou de costa e correu na esperança de encontrá-la?

Tudo isso em vão. Hoje ela simplesmente não frequenta mais os mesmos lugares que você, ou, às vezes, por acaso do destino, vocês até se encontrem, mas ela anda tão diferente que a sua presença já não mais balança as pernas dela, e muito menos a faz perder o ar. Quando ela te vê, ela sorri e lhe cumprimenta com um balanço de cabeça, como um mero conhecido, e isso deve doer bem no fundo do seu coração, né?

E sabe o que mais? Ela não faz por maldade, ela simplesmente faz porque virou natural para ela te ver e não mais se deixar abalar. Ela superou, conseguiu, pensou que não iria sobreviver, mas sobreviveu.

Aquela menina que você esnobou, pisou, enganou e lhe fez sofrer. Hoje se tornou essa mulher que vive sorrindo e você ta louco para dar seu mundo para ter ela de volta.

Só que ela não quer mais você no mundo dela... Aceite... Ela seguiu em frente e, acredite, você deveria fazer o mesmo!


ANDRESSA LEAL
Desde 1986. Mauá - SP, uma mulher cheia de mistérios e repleta de poesias, encontrei nos textos e poesias minha fuga, meu refugio, meu mundo, algo só meu que compartilho com você. Aqui serei simplesmente eu, textos que nem na pagina do facebook eu posto aqui irei postar. Um dia sem poesia para mim é um dia em vão!



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Clarice dobrou as últimas mudas de roupa e colocou em cima da cama. O travesseiro fazia contrapeso ao porta-retrato de madeira com uma fotografia dela e de Antônio — ainda no primeiro ano de namoro —. Um ruído não identificado interrompeu o momento em que seus olhos fitavam aquela imagem sem sequer piscar. Clarice assustou-se. Coisa que raramente acontecia, mas agora ela estava sozinha em uma casa que, de repente, ficou maior do que aparentava.

Antônio não poderia imaginar que as coisas mudariam tão de repente. Ainda pensativo, segurava em suas mãos a chave da gaveta do escritório e girava de um lado para o outro naquela cadeira. Em cima da escrivaninha, estava uma pilha de papéis e uma série de documentos para serem analisados. Mas sua mente rodava, rodava... — assim como a cadeira acolchoada em que estava —. Duas batidas na porta interromperam seu momento de reflexão.


— Dr. Antônio? Disse a secretária, com um tom um tanto preocupado.

— Diga, Isabel.
— Clarice está na linha. Posso transferir a ligação? Ela disse que tentou falar pelo celular e não conseguiu.
— Transfira.

Clarice tinha ligado sem esperanças de retorno. Em quase dez anos de casamento, aquilo nunca havia acontecido. Antônio nunca a atendera durante o expediente. Então, ao ouvir o simples “alô” do ex-marido, nem sabia o que dizer. Soou até mesmo como se fosse uma primeira conversa entre os dois. Aliás, nos últimos três anos isso era algo bem raro na rotina do casal: diálogo. Antônio e Clarice haviam desaprendido a se ouvir.

— Alô? Alô? Clarice? Está na linha?
— Oi, Antônio. Estou. Só não sei ao certo o que dizer. Me desculpe, nem deveria estar ocupando seu tempo. Vou desli...
— Não, Clarice. Calma. Fiquei aliviado com sua ligação. Estava justamente pensando na gente, na nossa história e até nos planos que não cumprimos. Percebi que sinto saudades suas.
— Eu também sinto, mas não de agora. Sinto saudades de ti há anos. Até mesmo quando ainda dividíamos a mesma cama.
— Sinto muito.
— Eu também sinto. Mas sabemos que assim foi melhor, né?
 — Na verdade não sabemos. Ainda vamos descobrir. Mas você é boa nisso de recomeçar. Tenho certeza que irá se sair melhor sem mim.
— Tem?
— Cla, preciso voltar aos meus papéis agora. Acho que você tinha razão quando dizia que me casei com eles.
— Não entendo tanto de “papéis” quanto você, mas sei que um casamento não começa, nem termina, quando assinamos um. Estamos formalmente divorciados, mas vai demorar mais tempo que isso pra eu me separar de todas as lembranças.
— Você sempre fala muito bonito, Cla. Pena eu não ter nunca o tempo suficiente pra te ouvir. Quem sabe, quando tudo isso passar possamos ser amigos.
— Não vamos nos enganar, Antônio. Se a gente tivesse conseguido ser amigo, talvez esse casamento nem tivesse chegado ao fim.
— Você tem razão. A amizade é algo precioso demais pra ser apenas prêmio de consolação. Cla, realmente preciso desligar. Fica bem.
— Ficaremos.

Clarice segurou o telefone contra o peito durante alguns segundos, respirou fundo, mas não chorou. Olhou novamente a fotografia com Antônio, esboçou um sorriso ao lembrar do jeito afetuoso que ele a chamara sem nem notar e... suspirou. Era mesmo o fim, mas isso não precisava ser algo ruim.

E ela decidiu que não seria.

SUÉLEN EMERICK
24 anos. Brasiliense que vê poesia no cinza do concreto. Jornalista que escreve por/com amor. Uso vírgulas e crases imaginárias pra contar histórias, e o coração pra vivê-las.
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Pode parecer que não, mas um dia ela pode acabar indo embora. É que as vezes cansa lutar incansavelmente pelo amor, mas isso não significa que ela vá desistir de amar novamente, nem que vá deixar de se permitir. Ela ama o amor, cara. Se tem algo que qualquer pessoa pode enxergar nitidamente, é o valor absurdo que ela dá aos sentimentos.

Ela não é mais uma dessas garotas que você irá encontrar por aí, que bagunça teu cabelo, tua cama, teu guarda-roupa, tua vida...e logo após vai embora. Ela gosta de permanências, de presença. Quer uma dica? Mantenha-a por perto. Teu coração irá agradecer por ser cuidado tão bem quanto nunca foi. Mas valorize-a. Mostre o quanto a quer por perto, não apenas deixe claro através das palavras, porque ela sempre preferiu observar tudo através dos gestos.

Todo mundo sabe, inclusive você, que existem milhares de pessoas pelas cidades aí fora querendo somente uma chance pra conhecê-la, então observa bem quem você tem ao lado e agradece, porque até esse exato momento ela só consegue enxergar você. Sabe o que isso quer dizer? Que ela te ama. Mas ó, não dá bobeira, porque ela também sabe quando deve se amar em primeiro lugar; pra ser bem franca, talvez ela esteja indo embora, mas não porque o amor que ela sente não é verdadeiro. Talvez porque você não tem valorizado tanto quanto diz sentir.

Preciso falar de novo? Mostra o que sente. De palavras o dicionário vive cheio, mas as atitudes vem faltando no mundo. Inclusive no dela. No de vocês. Ela realmente te ama, mas não vai medir esforços quando ela se der conta que isso tudo não é recíproco e pode acabar indo embora. Se você a ama, mostra enquanto ainda há tempo. Sabe aquelas pedras preciosas que a gente só encontra em um certo local do mundo? Ela consegue ser mais rara que elas. Não espere que ela se vá pra que você se dê conta disso, porque assim como ela não foi até hoje — mesmo depois de dizer tantas vezes que iria —, ela pode acabar indo embora de vez.

MARIANNE GALVÃO
Marianne Galvão,1990, escritora, blogueira, libriana e nordestina; é amante das palavras e filha do tempo. apreciadora nata de tudo aquilo que faz sentir o sangue quente viajando entre as veias, transborda sensações e sentimentos urgentes através da escrita.

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Hoje a minha única vontade era de passar por cima de tudo e te ligar. Sei que já se passou tanto tempo, mas eu sinto a sua falta. E depois de tudo o que aconteceu eu posso até parecer uma louca sem amor próprio, mas a verdade é que dentro de mim tem muito amor... Tanto amor que eu tento esconde-lo fingindo não amar. Porém esse amor que guardo no fundo da alma está querendo transbordar e ultrapassar todas as barreiras que demorei anos criando. E a culpa é toda sua, exclusivamente sua.

Você, com todos os seus defeitos, todas as suas teimosias, todas as suas manias, e sempre me dando motivos para que eu não te quisesse por perto; Você que de tão errado eu acho que pode ser o meu certo. Só você. Só você desperta em mim essa vontade de derrubar os obstáculos, me faz querer tirar os tampões e finalmente começar a ouvir o meu coração, só você me faz querer esquecer um pouco do futuro e aproveitar mais o presente.

Só você foi capaz de me fazer esquecer as minhas regras sobre o amor, regras essas que já quebrei, já ignorei e desejei nunca ter criado. Hoje é aquele dia que eu só queria a sua voz perto de mim, a sua mão sobre a minha, e o seu cheiro no meu travesseiro. Hoje eu queria nunca ter te conhecido, porque ao conhecer você, eu esqueci quem eu era. E já não sei se depois de você eu posso voltar a ser quem eu fui, e morro de medo de quem posso ser de verdade.

Eu tenho medo do que estou sentindo e as consequências que isso trará. Eu tenho medo de parar de racionalizar e começar agir com o meu coração. Eu tenho medo de negar e nunca ter a oportunidade de falar, mas também tenho medo de te amar.... ainda mais.


TAMARA PINHO
Jornalista por amor (e formação), mineira, e sonhadora como uma boa pisciana. Vivo na internet, então é fácil me achar. Acredito que a escrita é libertadora e nos possibilita viver em diversos mundos ao mesmo tempo.

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É assim mesmo, parece até que o mundo acabou, que tudo deixou de fazer sentido de tanta dor que sente dentro desse coração aí. Crueldade e covardia dele não respeitar a história que tiveram, pelo menos da sua parte houve respeito.

O mundo resolveu te mostrar cenas de casais a cada esquina, lanchonete e até nas baladas onde tenta ir com as meninas que insistem em te provar que aquele clichê todo é verdade, "quem perdeu foi ele amiga"! Pois bem, você está no ápice dessa desilusão, desse desamor todo que fere sua alma, logo pensa que NUNCA mais vai se permitir apaixonar, JAMAIS vai deixar sua vida se encaixar num poema qualquer, e bem brega, estampado em muros ou colado em cartazes por onde passa no caminho do trabalho, isso é coisa que todo mundo fala quando sofre com o amor ou a falta dele, com as malas prontas pra vida de solteira, só que sinto te alertar, moça... Você ainda vai querer outros caras!!!

Você vai até comparar, maldizer, maltratar, relutar, negar, mas uma hora vai aceitar que precisa se dar a chance de viver de novo um, dois ou mais romances, fato. Não precisa se desesperar, nada é pra já. Vai ter balada, panela de brigadeiro com filme de tragédia romântica com as amigas, vai ter raiva por ter que sair de casa, afinal a vida continua no mesmo ritmo. Tem trabalho, faculdade, almoços em família e, pra piorar, aquela tia que vem do fim do mundo só pra perguntar onde foi parar aquele menino tão bonzinho que você namorava! E você vai desmoronar em lágrimas, pode até ser! Só que é preciso cair na real e já entender, a partir de agora, que: Você ainda vai querer outros caras.

E eles vão fazer você ter amnésia do que já sofreu com os relacionamentos antigos, irão te fazer feliz com o simples fato de dividirem um sorvete, você vai torcer pelo sol no domingo pra curtir mais uma praia com algum dos que ainda vão cruzar seu caminho e te criar histórias. Já se olhou no espelho hoje?! Agora você entende o que tô dizendo desde o comecinho, né? É o que você é e se tornou com todas as suas emoções, que vai fazer alguém querer ficar e você vai saber o que fazer com isso, pode esperar.


JOANY TALON
Pra quem acredita em horóscopo é Canceriana, nascida em Araruama no dia 15 de julho de 1986, assistente social pela Universidade Federal Fluminense, e agraciada por Deus pelo dom de transformar em palavras tudo que sente, autora dos livros “Cotidiano & Seus Clichês” e “Intrínseco” e co-autora no livro “Pequenices Diárias”.

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Sabe, foi uma pena tudo isso. Uma droga de uma maldita pena toda essa história. Poderíamos ter sido mais, era só você ter deixado. Poderíamos ter tido muito mais lembranças para compartilhar, mas você não quis. Você pegou seu orgulho, e aquela sua passagem só de ida, e nunca mais fez questão de voltar, nem sequer deu uma última olhadinha para trás, um último aceno de cabeça, nada. Poderíamos ter sido incríveis juntos, mas você desperdiçou todas as minhas vontades de tentar mais uma vez.

Foi uma pena porque eu realmente quis que desse certo, porque eu te dei meu coração como se eu não precisasse mais dele do que você precisava. Uma pena porque eu te esperei e você não veio. Foram incontáveis as vezes que deitei a cabeça no travesseiro e fechei os olhos pensando que, ao abrir novamente, você apareceria como mágica. Uma pena porque eu tinha meus braços abertos para te encontrar, meu jeito torto para te fazer sorrir esse teu riso incrível, e o que fiz foi deixar fluir o mar de lágrimas que desandava aqui dentro, causando uma tsunami.

Uma pena porque eu não pude mais enrolar o teu cabelo nos meus dedos, não pude mais te encher de beijinhos até adormecer, ou te fazer esquecer da futilidade do mundo. Uma pena, realmente, porque até quando a gente brigava o mundo era nosso. Inclusive eu amava discutir com você e é uma pena não poder gritar agora o quanto eu te odeio por ter te amado com todas as minhas forças.

Uma pena não ter tido uma despedida mais decente, por não termos dado adeus direito, por deixar tudo tão inacabado. Uma pena aquele último abraço apertado, aquele último encostar de lábios confuso. Uma droga de uma pena aquela decisão não ter sido só mais uma das inúmeras discussões de sempre, que acabaria comigo no seu peito, enrolada nos lençóis.

Como eu queria que tudo isso não passasse de um lamento, de um enorme e desgraçado sentimento de pena. Pena por tudo não ter dado em nada, por ter vivido como num romance de cinema sem aquela coisa fútil de final feliz. E sim, com um final idiota e mal elaborado que a realidade sabe muito bem jogar na cara. O tipo de final que realmente dá pena, porque, os coitadinhos dos protagonistas, tinham tudo para ficar juntos, mas preferiram não cogitar nem a ideia.

Tudo isso não passa de uma lamentação sem fim, é realmente lamentável ter tido tudo para dar certo e insistido em ser apenas um erro. Foi a droga de uma pena nossa história ter dado errado. Poderíamos ser o casal que está se amando na televisão, mas não somos e não seremos, porque é uma pena que você não deixou que fosse assim.


GABRIELE ROVEDA
1997. Colecionadora de sonhos e livros de cabeceira. Aquariana, bailarina, modelo e aspirante à escritora. Fã de aventuras, Guns N' Roses, piano, artes e objetos antigos. Apaixonada por palavras, por café e pelo mistério que é o ser humano. Uma pessoa clichê em meio a tantas outras tentando se descobrir.

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