O amor é brega
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Não tenho ares de príncipe, muito menos de santo. Me basto, e te disse isso. Te falei: "eu não sou o homem da sua vida". Sou só mais um que não vai te ligar no dia seguinte ou te convidar para um desses jantares românticos. Muito menos um cinema em um final de uma tarde de domingo.
Não há nada de errado com teu corpo, nem com a forma como prendes o cabelo, entenda, não é você, sou eu. Ninguém te obrigou a sorrir quando levantei minha garrafa de cerveja aquela noite em forma de cumprimento às tuas curvas; aliás, que curvas. Perdi-me inúmeras vezes nelas e teu tesão ainda grita pelos vidros do meu carro.
Eu não vou voltar, eu nunca volto. Não é porque você não vale a pena, é porque eu sou um galinha mesmo.
Admito que não quero me envolver com ninguém a longo prazo. Nada em parcelas, absolutamente nada. Prazer é momentâneo, pra sempre é só o tempo que passa e ora ou outra ele passa por ti, ele vai me deixar ir embora, como fez com todas as coisas que você tentou segurar, mas não teve forças.
Tenho estigma de criança curiosa que gosta de colocar o dedo na tomada, de propósito, só pra tomar choque. Gosto de ver até onde da pé e mergulhar nas minhas certezas, porque sempre tive medo de lidar com as dúvidas.
Desculpa ser mal educado, mas não te devo satisfações e não me importa se você contou para aquela amiga da faculdade sobre a forma como te chamei de linda, ou os planos que você fez na inocência das tuas próprias preces, mesmo sabendo que eu sou o inferno na terra. Eu não vou chegar em um cavalo branco, eu nem chegar vou, pra te ser bem sincero.
Você vai me odiar por alguns dias e apertar teu travesseiro ensopado de choro na gana que ele seja meu pescoço.
No fim, vamos nos esbarrar por alguma dessas esquinas da vida, daqui uns meses, por peça do destino que insiste em achar graça das tuas pernas que tremem ao me ver cumprimentando outra garota, da mesma forma que fiz contigo. Um beijo e fica com Deus, porque comigo, não vai dar. Pelo menos não hoje.

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Onde você se escondeu? Talvez nos meus sonhos ou quem sabe na próxima esquina, algo ainda me prende na nossa história, aquela que ficou lá atrás, há nove anos.

Durante muito tempo me questionei onde você se escondeu. Você tem noção das diversas vezes que eu passei por você e você, simplesmente, não me notou? Eu nunca tive coragem de falar uma palavra sequer. O tempo foi generoso comigo e não lhe culpo por não me reconhecer,  porém, eu ainda sei que o seu chiclete preferido é o de menta e que você usa o mesmo perfume de segunda a quinta, só muda  na sexta,  usando o mesmo cheiro até o domingo.

Pela manhã você tem o costume de tomar café com leite e comer pão de queijo. Nunca larga o seu celular, nem na hora do almoço. Algumas coisas nunca mudam: suas manias e os meus sentimentos, com certeza são algumas delas. Até que um dia o acaso resolveu facilitar. Pegamos o mesmo trem e não tive como fugir. Acho que você reparou o tanto que eu te olhava, pois ficou olhando para mim por algum tempo. Eu não tinha como correr ou me esconder, o trem estava cheio (embora confesse que para mim só tinha você ali).

Você permanecia exatamente igual, com aqueles olhos penetrantes e aquele sorriso que encantava. Naquele instante passou um filme em minha cabeça.  Me questionei onde você se escondeu durante todo esse tempo. Você nunca mais me olhou nos olhos, nunca mais nos encontramos, o tempo passou e a nossa vida seguiu.

Você se aproximou. Minhas mãos suavam e você me perguntou:

— Não te conheço de algum lugar?
— Sim, do seu passado.
— Então, me diz, em que lugar do passado eu abandonei essa bela moça?
— Em uma festa de quinze anos.
— Mariana, é você?
— Sim, Carlos. Mudei muito?
— Mudou, mas teus olhos permanecem os mesmos.
— O seu sorriso também. 

Naquele momento tive certeza: o sentimento não tinha morrido. Eu nunca tinha lhe esquecido. Sabia exatamente que você era meu primeiro e único amor, não dava para fugir daquilo. A menina inocente e boba não mais permanecia em mim, mesmo que naquele instante ela insistisse em sair.

Com aquele reencontro, tive a certeza e o conhecimento de que primeiro amor realmente é para sempre. Seja como for, na lembrança, coração ou na vida. Primeiro amor é único e reencontrá-lo é algo inexplicável.

O Carlos foi meu primeiro amor e após aquele encontro do trem, prometemos nos encontrar novamente. Ele me disse que nunca me esqueceu, afinal primeiro amor a gente nunca esquece.

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Detesto despedidas. 

Mas como elas são inevitáveis, eu desejo que a gente saiba fazer delas uma ocasião especial. Você tem mais duas chances pra tentar esse feito. O nome da primeira é Tempo e o da segunda é Espaço.
Qualquer pessoa que tenha assistido alguma aula de física, vai sacar na hora que essas variáveis resultam na velocidade média de alguma coisa, no meu caso, resulta na velocidade média com a qual me apaixonei por você, em um curto intervalo de tempo e em um espaço pouco propício para o amor.

Quem diria que dividir um táxi, do Tatuapé até a Av. Angélica, com um desconhecido só pra economizar um pouquinho iria me render noites mal dormidas e olheiras incorrigíveis. Aquele silêncio que, de início só foi quebrado pelo motorista, não era tão desconfortável assim, mas foi só Nando Reis tocar na rádio do carro, eu cantarolar de cá e você cantarolar de lá que a conexão nasceu. Tudo fluiu. E eu percebi que pra você guardei o amor que nunca soube dar.

No percurso eu contei sobre meu trabalho, a vontade de viajar o mundo, de entrar pra uma ONG e salvar alguma espécie da extinção — que tal a nossa? —. Você contou sobre seu sobrinho, a mudança de estado — o sotaque já tinha entregue que o Rio te mandou pra mim —, o emprego novo e o apê alugado. Naquele espaço do banco de trás de um táxi qualquer a gente se entendeu, em pouco tempo de conversa as afinidades foram explanadas e a velocidade com a qual eu ia te querendo pra mim só aumentava, eu ia criando um enredo de amor, já tenho tudo tramado...

Foi tudo muito rápido, o que me assustou, mas mesmo assim, eu continuava torcendo pro trânsito engarrafar, travar, parar, mas ele fluía livre de qualquer caos, só pra me contrariar.

Tempo. Espaço. Você. O resultado só poderia ser a velocidade média com a qual me apaixonei, me entreguei sem nem saber quem você era de fato, mas eu já sabia que era meu. O Rio te mandou pra mim, eu já falei, pode acreditar. E agora eis-me aqui, nessa despedida de aeroporto mandando você de volta pra lá. Só saiba remar de volta, pra fazer de mim teu porto seguro. Pois essa nossa equação também se aplica à saudade.

Só não demora moreno!

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Olhe pra você, deitado nessa cama de um quarto vazio, se sentindo o cara mais foda do mundo por colecionar mais uma mensagem visualizada e não respondida. Você aí, preocupado em ficar colecionando corações partidos, lágrimas derramadas, festas, músculos e fama entre os amigos.

E com ela não foi diferente.
Você veio com esse seu jeito descolado, de um cara na moda, trajando sorrisos e olhares. E ela se entregou para viver, mais uma vez, a possibilidade de ser feliz. A verdade é que sua falsa felicidade era diferente da dela. Você só queria ligar na manhã seguinte pra um amigo e contar sobre sua noite. De como você enganou alguém, entre um trago no cigarro e uma risada. Na sua vida, o que vale é o seu ego inflado, o celular tocando a toda hora e você se exibindo.

A felicidade dela é algo raro. Ela deseja cuidar e ser cuidada, ter alguém que se importe, alguém que esteja presente, não alguém que deixe um buraco vazio. Na reciprocidade também mora a felicidade. Ela não quer entrar nesse jogo. Quem vem ao amor disposto a jogar, não tem nada a ganhar. Você sempre quis ter o jogo em mãos. Você sempre quis competir. Com seu ego, com seus amigos e com qualquer outra coisa em que você tenha chance de ser feliz de verdade. Essa arte de você ir e vir, aparecer e sumir, chegar e partir, ela despreza. É na presença que se sente falta, não na ausência.

Com você ela aprendeu sobre o amor próprio. Aprendeu a se valorizar cada vez mais em uma relação. E não pense que ela não vai se entregar, que ela vai se trancar e se privar de ser feliz. Engano seu. Ela vai se doar do mesmo jeito que se doou. Ela sabe que recomeçar é preciso. Que ir pra frente é preciso. E isso é graças a pessoas como você.

É graças a você que sabemos que existem pessoas diferentes neste mundo. Graças a você que eu ainda quero acreditar. Acreditar que homens e mulheres um dia serão transparentes uns com os outros. Que nem o medo de perder, nem os desvios dos caminhos farão a gente viver de mentira. Eu ainda quero acreditar que amar é bom.

Existe sempre uma história atrás de um coração, e traição não é só com o corpo. Acreditar que, quando ela sair pela porta, ninguém vai correr para mandar uma mensagem de saudades para um outro alguém. Acreditar que as pessoas vão parar de colocar o sentimento no bolso. Acreditar que quem somos é tudo o que temos. Que o mundo é de quem sabe amar a verdade, na verdade e de verdade.

E olhe pra você, se achando o cara mais foda do mundo, mas ainda parado no mesmo lugar.
Enquanto você segue regras, ela decidiu seguir a vida.

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Aperte o play antes de ler.

Todo aquele misto de sensações começou com uma simples mensagem no msn. Aquela janelinha piscou chamando minha atenção e antes que eu desse conta já estava envolvida com esse cara há quilômetros de mim.  Ele iniciou um papo simpático e com uma semana eu já estava viciada em conversar com aquele cara. Com um mês era minha atividade favorita do dia, com dois meses eu não ficava bem a semana toda se não conversasse com ele e a partir do quarto mês eu me peguei apaixonada por aquele homem com voz grave, barba por fazer, cabelos e olhos castanhos e um jeito super sexy de me olhar.

Quanto chegou no sexto mês eu comecei a me preocupar, e se aquele relacionamento não fosse durar? Tinha medo que acabasse de uma forma dolorosa para ambos, já que ele também estava apaixonado por mim. Tentei me afastar, mas as janelinhas não parava de piscar e toda a preocupação dele estava me deixando aflita. Resolvi voltar, foi o que bastou para o tal ciúme aparecer. Qualquer amiga, colega ou alguém do sexo feminino me deixava com um pé atrás e pensamentos de que elas iriam tirá-lo de mim.

No oitavo mês eu já tinha adquirido confiança, aprendi a confiar naquele homem, mesmo sem conhecê-lo pessoalmente. Porém isso mudou em dois meses. Já no décimo mês ele veio me ver. Meu coração palpitava e pulou dentro do peito quando o vi saindo da área de desembarque com aquele jeans surrado, blusa de moletom, touca e o sorriso mais lindo do mundo. Aquele mês que passou comigo foi o melhor de todos no nosso relacionamento, mas ele teve que ir, alguma hora ele teria que voltar para o Estados Unidos.

Nosso namoro perdurou por cerca de dois anos. Ele vinha aqui e eu ia até lá, passávamos semanas ou finais de semana juntos e isso nos satisfazia, por hora. Até o ponto em que precisávamos de mais. Essa distância havia se tornado um martírio e queríamos estar juntos por mais tempo. Foi então que ele resolveu pedir um tempo, pra ver se era realmente aquilo que ele queria da vida.

Foram os piores meses que eu pude passar, os dez meses mais dolorosos que eu tive. No final do décimo mês, quando saía do trabalho eu tive uma surpresa. Ele estava lá, de roupa social, o mesmo sorriso e os mesmos olhos cansados. Segurava um buquê de flores numa mão e na outra uma pequena caixinha vermelha. Me entregou as flores e eu permaneci estática, sem saber como agir. Ele se ajoelhou, pediu perdão na frente de todos e recitou um breve poema. Abriu a caixinha e lá estava a aliança mais linda que eu já ganhei. Foi só então que eu percebi, nunca deixei de amá-lo!

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Oi amor, tudo bem? Como andam as coisas com você? 

Só queria que soubesse que eu sinto saudade — talvez muita —, que as coisas não estão indo como combinamos e que você me largou aqui no meio do caminho. Tentei voltar no tempo e verificar onde foi mesmo que eu errei, ou erramos, e não consegui.

Lembro-me das diversas vezes que prometemos ser firmes e continuar caminhando lado a lado, mas algo no meio do caminho se perdeu e eu não consigo enxergar o que ou onde. Tínhamos tudo para dar certo, de verdade, tínhamos a mesma sintonia, sonhos, planos, aquelas coisas só nossas, porém em algum momento elas se perderam no ar e eu não sei explicar.

Hoje completa mais um mês que você saiu da minha vida e já são exatos quatro meses longe de você. Minha caminhada voltou a ser sozinha e devo confessar que durante alguns momentos eu jurei ter lhe visto, mas deveria ser algo da minha imaginação. Durante os primeiros dias tudo me lembrava você e eu ia diariamente no lugar que nos vimos pela última vez, sentava no mesmo banco e parecia que escutava você falar: "Não dá mais, princesa, me desculpe". Foram os piores dias da minha vida e eu pensei que não iria mais passar, porém na segunda semana eu já conseguia passar por lá e não mais sentar, comecei tirar as suas coisas — que ainda se encontravam espalhadas pela minha casa — e colocar na caixa, precisava me libertar do que ainda me prendia.

Quando deu um mês eu me permiti chorar, o tempo que estava me fazendo de forte veio com tudo e eu precisava deixar aquelas lágrimas caírem. Estou me readaptando a ficar sem você e devo dizer que pensei que seria mais difícil. Dois meses se passaram e eu continuo aqui, firme e forte. Pedi para minha amiga te mandar uma mensagem para que você viesse buscar suas coisas aqui, mas você não veio. Tomei coragem e coloquei tudo para doação. Não precisava daquela caixa ocupando o meu caminho. Esqueci de te contar, já consigo sair e frequentar alguns barzinhos e vou rezando para não te encontrar em nenhum deles.

Antes do terceiro mês eu tive uma recaída, no dia em que faríamos três anos, tirei todas as fotos da caixa e chorei, porém agradeci por você ter me deixado e eu estar dando a volta por cima. Três meses já se foram e eu já nem me lembro mesmo o porque você partiu, alguns amigos ainda insistem em dizer que tínhamos tudo para dar certo, dou um sorrisinho e acredito neles, porém sei que foi melhor assim. 

Putz! Já se foram quatro meses e por coincidência do destino eu te encontrei no mercado, fingi que não vi e continuei seguindo em frente, sei que você ficou me olhando, acho que você esperava que eu ficasse chorando e correndo atrás de você. Pois é amigo, eu não o fiz. Devo lhe confessar que as coisas voltaram para o seu rumo, eu segui sem você e no começo jurava que não conseguiria. Como já lhe disse, os primeiros dias passaram devagar, mas depois eu fui me readaptando, precisava disso e não queria ser aquela mulher que corre atrás do cara quando ele termina. 

Hoje eu só queria te agradecer, por ter sido tudo que foi na minha vida, mas queria agradecer, principalmente, por ter saído. Longe de você eu me tornei forte e bem mais mulher. Ás coisas acontecem no momento exato e eu aprendi demais com tudo isso. Eu assumo que quando nos perdemos foi o momento exato em que eu me encontrei, obrigada por isso.

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Dizem que existe tempo para todas as coisas. E até para o amor há tempo de falar e tempo de calar.

No início é aquela coisa estranha da obrigação de preencher as pausas. Depois, com o tempo, se descobre que quem ama, cala. Não porque a língua engrossa em mágoa ou se afia em zombaria. Mas porque no amor se encontra o silêncio que aquieta, adiciona, coopera, constrói e fundamenta ainda mais.

O silêncio de quem ama respeita a opinião do outro mesmo que ela seja diferente e totalmente contrária à sua. Você ama assim mesmo, pois opiniões vão e vem, enquanto o amado permanece. Não quer dizer que não existem discussões. Essas vão sempre existir. Mas quem ama adquire o sexto sentido de saber quando basta. A partir dali o sorriso vale mais.

É também aquele olhar que entende a dor do outro. Abraça sem tocar. Consola sem falar. Respeitar o silêncio da dor é amar consciente e com a razão. Pois quem escolhe ver a dor do outro sem nada poder fazer, ama sofrendo, mas ama. Afinal, sabe que existem situações que não tem como ser divididas. A dor é individual e o crescimento mais ainda. Respeitar também é uma forma de amar.

Há ainda momentos de silêncio em que, se tentar falar, as palavras não obedecem. Não preenchem, não cabem e não conseguem definir o que transborda de dentro, da fonte do viver. Transparecer no olhar é o único jeito nessas horas. Ou aquele abraço que parece querer fundir alma e carne, que é para ver se o sentimento indescritível passa para o outro, em linguagem sem verbetes.

Silêncio também é espera, é segredo. Amar nem sempre é revelar tudo só porque é verdade. Mentiras não cabem onde se ama, é fato, mas a verdade pode e deve ser dita de várias maneiras, no tempo certo e com o calor nos olhos. A verdade sempre ama e liberta se não for usada como espada.

Antecipação também gera silêncio. E quer ansiedade maior do que aquela de quem ama? É o roer de unhas da espera. Os dedos que conferem a tela do telefone incontáveis vezes. A espera do dia certo e da hora certa de cruzar olhares. Saudade que silencia conversas, planos e até pensamentos.

Mais do que isso, o amor verdadeiro silencia em cumplicidade. As pausas, meio-sorrisos e suspiros permeiam o ar daqueles que respiram juntos, caminham juntos. Silêncio de quem entende a individualidade do outro, porque até nisso a vida de quem ama é compartilhada. Afinal, como se sentir em casa se não existir, além do amor, a paz do silêncio?

Fonte da Imagem: Daniel Santalla
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É difícil perder. Sabemos que sentir uma derrota é algo totalmente desagradável, porém nos resta sempre levantar e seguir em frente, mas e quando a vida nos "obriga" a viver com a perda, com a falta? Temos em nossa vida sempre coisas a perder e a ganhar, emprego, carro, amigos, namoros... Pessoas. Hoje você pode ter alguém e amanhã não ter mais por uma briga, um desentendimento, que até pode ser sanado depois, mas por orgulho você não faz.

Nessas horas esquecemos que pessoas não são objetos que podemos substituir, podemos perder pra sempre. Qualquer pessoa que tenha importância na tua vida merece reconhecimento de afeto, a vida nos leva a diversos patamares e nunca sabemos como sairemos daquela fase, vitoriosos ou derrotados. A vida te coloca em caminhos de perdas quando leva alguém PRA SEMPRE da sua vida e só aí é que você vai parar pra pensar no que poderia ter sido diferente. Aquela ligação pra ouvir o som da voz, aquela saudade apertando a garganta, querendo gritar um "estou com saudades, sinto sua falta" que você preferiu não fazer.

É, meu caro, as perdas que acontecem na tua vida não tem preço, nos perdemos sem saber por onde nos deixamos levar. Por quantas e quantas vezes você ficou esperando um abraço de alguém, que não está mais aqui, e sentiu o vazio ser maior que você? Por diversas vezes você deve ter sentido falta de olhar o celular e ver inúmeras ligações não atendidas do seu Pai ou da sua Mãe, que na época pra você era um saco e hoje seria a melhor ligação que você poderia receber. Sim, a vida passa e passa num piscar, pessoas vem e vão e você ainda as deixa ir sem saber realmente o que elas significam pra você.

Nos perdemos quando sentimos sem dizer, nos perdemos quando tudo se vai e ninguém avisa que aquele momento era o fim. Quantas perdas assim você ainda quer colecionar? Tenho no peito uma perda fraternal que carrego marcas desde 1997 e a cada lembrança do passado, sinto a saudade me ganhando fortemente. Eu não desejei essa saudade, eu não quis essa despedida, mas a vida cumpriu o seu ciclo e levou um irmão, um amigo, uma alma de grande importância. Por mais que a saudade tenha sido tão companheira por todos esses anos, eu tenho orgulho de ter aprendido com ele a respeitar o próximo, me ensinando que devemos respeitar as pessoas mesmo estando certo ou errado. O cuidado que ele tinha era que eu crescesse e ele pudesse dançar uma valsa de 15 anos comigo - o que não aconteceu, o perdi aos 12 anos -, e quando ele me fazia ser a pessoa mais importante pra ele rodeada de amor, aprendi que o amor nascia sempre em pequenos gestos vindo dele.

A vida não me deu chance de despedidas, levou de mim meu irmão numa rasteira que nem a poeira do tempo pode baixar. Perdi precocemente para a vida... Deixamos coisas importantes para depois por acreditar que teremos sempre o depois, mesmo sem segurança. Sabe aquela mensagem que você recebeu, visualizou e deixou para responder depois? Ela pode não ter o mesmo sentido quando estiver programada no seu depois. Portanto, valorize as coisas humanas. Pessoas preferem um abraço teu do que um emoji de coração, afinal pelo abraço dá pra sentir que o teu coração é real. Bate e pulsa, se faz presente, se faz acessível... 

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Relacionamento precisa de uma base para acontecer, para se estruturar, para dar certo, para ser saudável.

A paciência é a ciência da paz. E ela deve estar em dia ao lidar com o outro. Qualquer outro. O papo é mais amplo, não coloco relacionamento apenas como relação afetiva entre parceiros. Quando a pa(z)ciência está presente nas suas horas a história fica mais fácil de seguir. Mas vou me voltar um pouco para a relação afetiva adiante.

O que mais tenho visto são inúmeros casais insatisfeitos e eu fico extremamente triste, e até irritada, ao presenciar certas cenas de desrespeito. O respeito também é fundamental. Assim como a confiança e a sinceridade, a paciência e o respeito são as bases, em minha opinião, para que um relacionamento aconteça, para que seja relação de verdade!


Se ouça ao falar com quem está ao seu lado. Perceba como fala e o tom que usa para falar. E ouça. Preste muita atenção em cada vírgula das histórias que são divididas com você, assim seu coração grava cada detalhe de respiração e pausa, cada piscadela e umidificada nos lábios, cada sorriso com os olhos e também as vaciladas.

Quando nada disso faz mais sentido pra você, abra caminho, dê espaço, deixe o outro passar. Não se prenda ao tempo ou a aliança. Você já não tem mais compromisso com ninguém, a começar por seus desejos. Então, é hora de se respeitar e respeitar também os sentimentos de quem está ao seu lado. De que adianta sorrir, brincar, bater papo com os amigos, etc., com prazo de validade expirando, com viagem para o término marcada e sem volta?

Vá! Pegue sua estrada, antes que precise se desculpar por algo. Antes que o respeito acabe, que a paciência cesse e que a confiança se transforme num enorme desejo de se vingar por qualquer coisa que você, inclusive, já perdoou.

Não atrase a sua vida e nem a vida de ninguém.

Se cale e vá. Se o limite entre vocês já se fixa em alguns “cala a boca” ou “deixa de ser ridículo (a)”, ou ainda algumas fechadas de cara e viradas de olhos: vá! Talvez a insatisfação não seja só sua. Lembre-se: sempre há dois lados na moeda. Sentimentos são bilaterais, mútuos. E, com o tempo, principalmente um tempo desgastado e mal aproveitado entre um pseudo-perdão e outro, aquela base básica que leva até o amor, se desfaz. E você se vai junto. Dá para se perder e muito num relacionamento mal sucedido. Relacionamento esse que começa entre você e você mesmo (a).
Se ame antes de dizer que ama alguém.

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"Vamos fugir pr'outro lugar, baby.
Pr'onde quer quer você vá
Que você me carregue."
Vamos Fugir - SKANK

Quero descobrir os quatro cantos do mundo ao seu lado. Saber se as auroras boreais da Finlândia são realmente tão bonitas quanto dizem, às margens do lago Inari. Quero experimentar a loucura de Las Vegas, com os jogos que aguçam a minha competitividade e a excentricidade dos que posam felizes pelas ruas da cidade. Quem sabe me entregar à loucura de casar com você – assim de forma inesperada - em uma capela 24h, enquanto ouvimos os Beatles cantarem os nossos votos.

Quero caminhar contigo pelos campos de girassóis da Toscana e ver no teu sorriso a minha felicidade. Quero fazer juras de amor - dizer que estarei contigo até o nosso último suspiro - em frente a Árvore da Vida. Eu desejo voar pelos céus e observar lá de cima, em um balão colorido e cheio de vida, o mundo se apequenar diante de nossos olhos, se tornar quase insignificante comparado à nossa alegria de viver a vida.

Quero andar pelos salares da Bolívia e, quem sabe, rir de você quando me disser para não lamber o chão, que o sal faz mal à saúde. Observar os cactos ao longe e lembrar que nós dois gostamos de desenhos animados, imaginar o Pica Pau contracenar com o Zeca Urubu em algum episódio de nossa infância. Quero andar de jipe pelo Deserto do Atacama, no Chile, e ver as lagoas multicoloridas ao lado dos vulcões que enchem os olhos dos visitantes. Eu quero, quero muito, ver se o céu de lá é realmente o mais estrelado do mundo ou se ele perde para as estrelas que habitam em teus olhos.

Quero deitar em um parque no Japão e contemplar, como em um ritual, a beleza surreal que as flores de cerejeira têm. Andar pelo tapete de pétalas debaixo de nossos pés, ver a felicidade das crianças, o amor dos velhinhos e, mais uma vez, dizer que te amo em outro continente. Quero, à tardinha em um restaurante qualquer, rir com você do meu desastre em usar hashi e, sacrilegamente, deixá-los de lado e comer com as mãos.

Em nosso carro, quero cortar o Brasil em direção ao Peru. Conhecer Cusco, andar pelas suas ruas de pedras que nos levam de volta aos Incas e te amar em outra época. Passear de mãos dadas pela cidade de Lima, mostrar a minha boa forma enquanto caminhamos por Machu Picchu e terminar o dia sendo carregada, porque na verdade eu sou mesmo é sedentária.

Eu quero caminhar na rua, na esquina, na marginal. Quero atravessar as avenidas da vida, explorar os países, do Hemisfério Norte ao Hemisfério Sul, do Oiapoque ao Chui, do Acre ao Rio Grande do Sul. Eu quero. Quero muito. Quero tanto percorrer os quatro cantos do mundo ao seu lado. Observar toda a beleza que foi, há tempos, reservada para nós e te dizer que não importa onde estejamos, onde nós iremos, pois o meu lugar sempre será em você. Você é o meu lar.
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Já passou tempo demais, não acha? Está na hora de colocar um sorriso no meio dessa cara torta aí, sem beicinhos e nem travesseiro para abraçar. Está mais do que na hora de respirar um ar puro, recolocar os pés no mundo e descobrir as esquinas cheias de risos largos por aí. Eu sei que o estrago foi grande e que meteorologia nenhuma previu com rapidez que os ventos da tempestade chegariam quase a ser furacão, mas chegaram. Arrastaram tudo, destelharam seu mundo e levaram embora grande parte daquele que te fazia ver cor na vida, seu coração.

Sei que pisou em poças fundas por um bom tempo, e que foi difícil secar as lágrimas de saudade que insistiam em gotejar sob sua cabeça. Já passou da hora de parar de se lamentar pela chuvarada de coisas ruins que aconteceram. A vida seguiu, o que estava alagado já secou. Só falta você abrir a janela novamente e enxergar o que tanto as venezianas tentam todos os dias te mostrar. O mundo se abriu novamente, basta entender que não há mais do que se esconder.

Já chega, larga dessa preguiça boba, se desenrola dos lençóis e trata de virar aquele porta-retrato para a parede. Não adianta ficar se lamentando pelo que já anda trilhando novos caminhos. Não te peço que esqueça o que passou, você sabe que tudo aquilo foram enormes aprendizados, mas já é hora de se reerguer. 

Não deixa qualquer dorzinha te tirar o gosto da vida. Esquece essa de deixar para depois qualquer coisa que te faça feliz para centralizar o teto sem graça e sofrer pelo que já passou faz tempo. Pega aquele livro que você parou pela metade e faça o favor de terminar de ler. Escute sua banda favorita sem se importar com aquela música que já foi trilha sonora de outros momentos, desencana logo. 

Não adianta se aprisionar nos próprios sentimentos, eu sei que vai doer e sei mais ainda que não tem como esquecer. Deixa essa vontade boba de chorar para as noites de insônia, não para agora. Aproveita o que o dia tem para te dar, cria novas esperanças e cuida desse coraçãozinho danificado. Sacode essa tristeza e joga fora esse questionário infinito de arrependimentos na lata de lixo mais distante que encontrar.

Agora deu, acabou a mordomia. Está mais do que hora de abrir os olhos e enxergar as infinitas oportunidades que a vida anda oferecendo. Está mais do que na hora de descosturar esse riso falso e praticar o verdadeiro. Já passou da hora de repor o brilho nesse teu olhar, de encontrar novas inspirações para seguir em frente e de reconstruir o seu próprio mundo. Olha bem para o ponteiro do relógio, está marcando sabe o que? A sua hora de ser novamente feliz. 
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Ainda está fresco na memória. As semanas passam, os meses empurram a rotina e, quando dou por mim, o coração ainda encontra forças para se derreter numa saudade bonita que não se explica, apenas acontece. É como se a vida fizesse questão de me lembrar eventualmente que ainda há espaço pra você aqui. Seja na cama, na poltrona ao lado da minha ou mesmo esparramado no tapete da sala. Fazer nada com você sempre me pareceu um convite irrecusável.

Esbarro no seu cheiro e isso é suficiente para que o juízo se ausente e o corpo padeça da carência dos seus braços em volta da minha cintura. Falta você no sofá me contando seus casos mal resolvidos, com a cabeça deitada no meu colo enquanto meus dedos brincam de desvendar os seus cabelos. Falta você na fila do cinema me segurando a mão enquanto a gente decide qual filme não será assistido naquela tarde. Falta você me ligando de madrugada pra contar que tá com saudade e que não seria má ideia ter os meus braços para te acomodarem quando chegasse em casa.

Ainda esbarro em detalhes que me arranham o peito e me fazem querer sair por aí atrás de você. Se chover, a gente se molha; se fizer frio, os nossos corpos se aquecem; se o outono chegar antes da hora, com certeza  repousaremos nossas histórias debaixo de alguma árvore amarronzada pelo clima da estação.

Encontro soluções práticas e até imediatas para qualquer dúvida que possa surgir, só não encontro meios de deixá-lo adormecido. Você se acende de repente, me puxa pela mão e me desnorteia. Ao mesmo tempo que tenho certeza que preciso te deixar ir, me lembro da paz que sinto quando resolve me fazer companhia. É um jogo sujo esse que sua presença faz com a minha vontade. É como se eu fosse testada a escolher entre você e a vida tranquila que tanto tenho esperado. Porque a gente sabe que a farra é boa e que você nunca chega em silêncio, sempre vem com incertezas e aflições, sempre tira o meu eixo e me deixa anestesiada pelas frases bonitas que sussurra, enquanto explica a falta que sente do meu beijo. Eu já não banco mais a durona, nem sequer dou espaço pro orgulho tomar conta, eu me entrego sem pensar duas vezes, porque sei que, com você, as coisas realmente são diferentes.

Fica. Não vai embora! Não maltrata a gente. Tenta. As idas nunca são definitivas, porque se fossem você não voltaria para mim. Pra nós. 

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Era domingo, fui despertada pelo barulho da chuva já que era dia de dar descanso ao velho amigo despertador.
Me espreguicei toda, passando a mão no canto da cama como quem procura algo ou alguém. Me dei conta que minha única companhia para aquele dia era a chuva. Levantei, busquei a camiseta enorme que estava jogada no chão, penteei os cabelos com a mão e fui preparar meu dia. Tombei sobre alguns sapatos jogados pela casa, garrafas vazias... Lembranças da noite anterior e de algumas outras. Passei pelo espelho da cozinha, gostava de me olhar dentro das camisas que não eram minhas, sentia ser duas pessoas em uma, sorri e balancei a cabeça como se estivesse sendo uma pessoa idiota (e estava).
Café coado, pão assado com manteiga e um pote de requeijão: degustei minha primeira refeição já pensando no que preparar para o almoço, talvez um strogonoff de frango, arroz branco e batata palha, deixaria a sopa para a noite (tempo frio é sinônimo de sopa).
Voltei pra cama, liguei a tv, notícias sobre o que o tempo estava causando... Adormeci ali.
Sem que esperasse qualquer ser humano a mais naquele ambiente do que eu, chegou com um beijo quente, embora seu corpo estivesse molhado - tinha tomado a maior chuva. Não quis fazer barulho, tirou os sapatos e, só de meias, saiu contando passos para o chuveiro, permaneci imóvel, fingindo não ter acordado só para ganhar mais mimos, beijos e cuidados, para quando o banho alheio terminasse. Tinha anoitecido, as horas passaram rápido naquela breve soneca da tarde... Pensei conmigo: era uma vez uma sopa.
Percebi que o banho tivera terminado quando senti os pingos, que vinham do cabelo, caindo sobre minha testa, durante aquele beijo fofo de esquimó. Sabia que meu dengo preferido era aquele e sem contar que era a melhor forma de me acordar sem despertar meu mau humor. "Coisa fofa, rs".
Tirou a toalha que já estava pra lá de molhada e cobriu com o lençol envolto a mim, me abraçou, cheirou meu cabelo, perguntou sobre meu dia e se desculpou por sair às pressas naquela manhã, tinha perdido a hora, desativou seu despertador no celular para não me acordar e confiou no sentido. Não deu certo, mas deu tempo de resolver seus afazeres.
Me convenceu a levantar com mais uns mimos, abrimos o vinho que tinha trazido para aquela noite chuvosa, preparou uns petiscos com queijos e salgados. Não me deixou cozinhar, só pediu que fizesse companhia na cozinha. Conversamos entre uns beijos e outros. Observava seus olhos negros, que sumiam quando sorria, e destacava mais as sobrancelhas grossas e bem desenhadas, que só aquele rosto possuía. Me perguntava em qual parte eu acertei o pulo para que pudesse ter tudo "aquilo" pra mim.
Ganhou meu coração com gentilezas e meu estômago pelo feito em cozinhar bem. Combinava nossas noites sempre procurando saber o que gostaria de fazer em dupla, até as surpresas eram pré-combinadas, só eu que não percebia.
Terminou os trabalhos na cozinha, me conduziu à mesa, brindamos ao amor que estávamos plantando. Falou sobre os desejos em me ter em seus dias bagunçados. Disse que precisava de alguém que lhe fizesse perder mais vezes as horas, só para ter motivos de despertar feito uma pessoa louca depois de dormir entre meus braços, sorri sem freio, sabia como me encantar! Por falar em frear, precisava parar de puxar tantas vezes o freio de mão do meu coração, estava sentindo tudo que fazia meu coração capotar e isso era um aviso. Me pediu pra falar antes do brinde, só pude agradecer, aliás era só o que consegui dizer naquele momento em que me perdia em meus pensamentos: "Obrigada, muito obrigada!"
Eu estava de fato feliz. Olhava pela janela a chuva que caía, e me via sendo banhada de amor naquele momento, quis experimentar a dança na chuva e o beijo entre pingos, fomos para a área de fora e como pessoas doidas nos pusemos a sorrir, pular diante da chuva que nos acolhia... Como as coisas simples se tornam mais lindas quando estamos felizes, senti a felicidade me invadir, banhar a alma e o coração.
Meu momento era de pura gratidão por ser uma pessoa feliz, realizações que vinham aos poucos me impulsionando a seguir em frente. O coração finalmente pulsava naturalmente e a "culpa era sua".
De fato, os bons momentos da vida chegam sem avisar, não vem com seu nome endereçado em uma caixa pelos correios como a maioria das encomendas, mas, sim, chegam destinadas à você quando tem que ser e quando devem acontecer.
Desde aquele domingo, bastava chover para sabermos como iria ser ou quem iria surpreender primeiro. Os melhores momentos tem sido regados a chuva e domingos, que é para nos manter sempre dentro um do outro. Eu - vestida com sua camisa, te acompanhando na cozinha com vinhos e dançando com ela (a chuva), para festejar e agradecer.
Sem dúvidas aquela noite era A NOSSA! Trocamos nossas roupas molhadas e dividimos mais um lençol, escolhemos um filme e ganhei seu cafuné, adormeci antes mesmo de saber se era mais um filme "versão brasileira Herbert Richers", porque teu coração que tanto batia me pôs a dormir, era a sonoplastia dos meus dias e, essa, eu fiz bem por merecer. Você se tornava minha melodia e só os passarinhos que cantarolaram no nascer do novo dia sabiam o que eu sentia.
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Depois de viver um amor investigativo e turbulento – daqueles que procuram a todo instante motivo para justificar o suposto canalha que você não é, ou simplesmente desconfiar das suas atitudes –, resolvi abrir um processo seletivo unificado para ocupar o espaço que vagou no meu peito.
Os requisitos para ocupar esta vaga talvez estejam em falta neste mundo possessivo e dominador, que domestica e escraviza o ser humano. Acredito, sim, que o amor seja uma propriedade, cuja aquisição não depende de cédulas monetárias, é um alcance gradual e imperceptível, quase um vício que se nega e só é admitido quando se tenta livramento sem obter sucesso. Confuso, né?! Mas os relacionamentos atuais são fortes e quebradiços, juras de amor eterno tem prazo de validade até que a conveniência os separe. Passado é quem dita um presente onde vidas são remotamente controladas por uma tecnologia que sustenta e enaltece o ciúme doentio – sim!
Quem é essa que curtiu sua foto? O que é isso na sua carteira? O que você está pensando? Por que seu celular está desligado? Com quem você estava no telefone? Por que você não me atendeu? ... Ufa! Eu só preciso de alguém, que pergunte como foi meu dia e que compreenda quando a realidade deste não for radiante, preciso de alguém que respeite meu espaço e entenda que existem particularidades que são o meu intimo. Preciso de espaço para organizar minhas ideias, preciso de uma dose de compreensão e uma pitada de cumplicidade. Nunca verifiquei tantas juras em vão, "eu te amo" ou "vai se danar" são frases ditas com uma incrível simultaneidade, como alguém que troca de roupa.
Atualmente o planejamento pode ser um grande prejuízo, afinal de contas, como alguém pode planejar um casamento pautado em uma relação semelhante à programação televisiva (fortes emoções, suspense e intervalo comercial).
Por favor, entenda que não estou atrás de um currículo, mas de uma pessoa com a vida sentimental bem resolvida, sem cicatrizes e traumas, sem eira nem beira, que se dedique a relação sem vigilância, sem egoísmo e sem desconfiança. Preciso de mulheres dispostas a enfrentar os dissabores da vida, que some todos os seus atributos às minhas qualidades e descubra que sou capaz de ir muito além das suas expectativas. Não preciso de surpresas, mas entenda que adoro surpreender e ser surpreendido. Adoro transformar a sala em quarto naquele dia em que, a pressa de amar, não consegue encontrar o caminho da cama e, por este motivo, se esparrama no chão. E por último, mas não menos importante, saiba que adoro ter o corpo entrelaçado e os pés livres para trafegar em minha liberdade, relacionamento não é penitenciária e amor não é pena a ser cumprida.
Use-me, mas não abuse!
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Dezoito.

Esse foi o número de vezes que passei em frente a tua casa. Ensaiei bater somente duas vezes. As primeiras duas vezes. Depois decidi largar ao destino e só fiquei passando, esperando que um dia, por acaso ou sorte, eu me esbarrasse contigo. Coincidentemente. Bom, era isso que eu iria dizer. O discurso já estava mais que pronto, ensaiado, pinicando na ponta da língua.

—  Que milagre você aqui! — eu exclamaria, numa careta falsa de espanto. Ou talvez eu realmente fosse ficar surpresa, porque não dá para estar cem por cento preparada para esbarrar no amor da vida.

Amor da vida? Não, eu não disse isso. Whatever. Então eu fingiria surpresa e você daria aquele meio sorriso que tanto adoro, mostrando covinhas nas bochechas — e eu lutaria para não soltar um suspiro audível demais nesse momento. Você passaria as mãos pelos cabelos e diria, levemente irônico.

— Mas ainda moro aqui. Esqueceu?

Talvez você piscasse, o que me faria contorcer todos os músculos e pensamentos só para me concentrar em: a) não suspirar audivelmente outra vez; b) não me jogar nos teus braços; c) todas as alternativas anteriores.  Eu reviraria os olhos - isso sim é um fato. E fincaria as unhas na palma da minha mão, ao fechá-la com tanta força, só para me obrigar a ficar paradinha no lugar, esbanjando meu melhor sorriso.

Tava ensaiado. Eu fixaria meus olhinhos nos teus e torceria para que você pudesse ler todo o amor pulsando na minha retina. Haveria um silêncio constrangedor depois, outro fato, e eu estaria no alto do meu salto, balançando levemente os cabelos, me achando dona de mim e do mundo. Te abraçaria e respiraria com cuidado na base do teu pescoço, para você não perceber que eu estava, descaradamente, roubando teu cheiro para levar comigo. E torceria para que meu perfume ficasse nas tuas narinas e você ficasse doido de saudade de senti-lo nos teus lençóis.

Beijaríamos as bochechas. Você entraria em casa e eu seguiria caminhando, bem devagar, só para dar tempo de você associar o que tinha acabado de acontecer e voltasse gritando um Espera! no meio da rua. Eu esperaria e esconderia o riso antes de me virar. E você me chamaria para um café, que não tomaríamos, e nós nos perderíamos entre cama, sofás e chuveiro, jurando o amor que não deveríamos ter pontuado fim...

Dezoito.

Esse foi o número de vezes que passei em frente a tua casa. Vi você entrar e sair catorze vezes.

E me escondi em todas elas.

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Tão estranho que podia chamar de nosso. 
Tão novo que podia chamar de vivo. 
Tão bobo. 
Tão bravo. 

Tanta volúpia nos nossos olhares. 
Tanta pureza nos nossos vícios.
Tão estúpidos.
Tão rasos.

Tanta burrice que podia chamar de minha.
Tanto passado que podia chamar de história. 
Quão fútil.
Quão inócuo.

Não há nada no presente que nos deixe entretidos. 
Não existe viver o hoje para quem já teve aquele ontem. 
Mesmo que o futuro não seja nosso. Não é possível dizer só por hoje. 

Você experimentou a desgraça que é amar. 
Foi longe demais no seu vício e também me levou ao inferno. 
Tão ingênua. 
Tão pura. 

Não há remédios ou doses. 
Vacinas ou receitas. 
Não há saída daqui quando se vem de verdade. 

Você buscou o céu na terra. E como isso não é possível teremos que conviver com os demônios que despertamos. 

Aceita mais uma dose? Acredito que não.
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Talvez ela estivesse cansada de estar sozinha. Só isso. Não era só carência. Não era falta de amor. Não era falta de sexo. Tudo isso poderia ser resolvido de maneira muito fácil se ela quisesse. Era amada, tinha quem lhe desse carinho por uma noite ou duas e, vamos combinar, sexo por sexo qualquer mulher consegue quando quer, certo? Não no caso dela. E olha que ela bem que tentou ser do tipo "pego, não me apego e que se dane o mundo", mas não era de seu feitio. Não servia para aventuras de uma noite e nada mais. Não era falta de algo, era de alguém. E não um alguém específico, só... alguém.

Alguém pra lhe mandar mensagem de bom dia e fazer com que ela sorrisse logo ao acordar. Alguém que ligasse e tivesse interesse real em saber como estava. Alguém pra lhe raptar, sei lá, numa terça-feira qualquer, só pra tomar um sorvete na esquina. Alguém que não só desejasse que ela dormisse bem, mas que fizesse com que isso acontecesse. Alguém que se dispusesse a arrancá-la daquele círculo vicioso no qual vivia e levá-la para outros ares. 

Alguém que a levasse pro cinema, que lhe acompanhasse numa pedalada no parque, numa visita ao museu. Alguém que entendesse seu estado emocional só pela música que cantarolava. Alguém com coragem pra cantar com ela, sem se importar com a afinação. Que se permitisse gargalhar ao perceber o preço do mico. Ou não. Na verdade, ela não estava nem aí pro museu, pro sorvete, pra mensagem, pro parque ou pro cinema. Ela só queria alguém.

Não queria uma pessoa perfeitinha. Nem poderia, sendo ela, também, cheia de defeitos. Mas queria alguém que se dispusesse a conhecê-la e aceitá-la, com bagagem e tudo. Alguém que tivesse lá seus medos, mas que juntasse com os dela e superassem de mãos dadas. Companheirismo. Alguém que não desistisse dela na primeira topada. Compreensão era seu real desejo. Ela estava cansada de conhecer, entender e aceitar tudo e todos.

Todas as noites ela pede aos céus por alguém pra lhe cuidar, mas que também permita receber cuidado. É troca o que ela quer. Reciprocidade. Que venha com problemas, com defeitos, sem dinheiro, sem carro, sem luxo. Quem se importa? Que venha sem promessas, sem amor instantâneo, sem grandes expectativas. Apenas um sentir leve. Que venha doce, mas não a ponto de enjoar. Que venha com pureza, mas nem tanto. Que venha. Que se permita.

Cansou de se contentar com metades, pediu aos céus alguém inteiro.
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Fonte: aplus.com

Quem nunca ouviu falar nos benefícios de se andar descalço dentro de casa? Não há sensação mais gostosa do que abrir a porta e jogar aquele sapato apertado para o canto da sala, já sentindo o chão gelado, dando a sensação de alívio que lhe percorre todo o corpo. A liberdade para os pés, a certeza de onde você está pisando, nada que aperte, sufoque ou machuque. E por que quando passamos a morar no coração de alguém deveria ser diferente?

Nosso coração é a nossa casa. Permitimos entrar somente aquelas pessoas que sentimos que valem à pena estarem ali. É como se não abríssemos apenas a porta de casa. Deixamos uma cadeira à mesa já certa para que ela se sente; uma xícara especial com tema natalino, onde ela bebeu café naquela primeira visita de muitas que lhe fez; a metade da terceira gaveta da cômoda no quarto – a única que não está emperrando, já que as outras você jurou consertar, mas sempre se esquece. Ou não -; um pote de azeitonas – que você odeia – guardado no armário, esperando só o momento certo de surgir naquele prometido almoço de sábado... E ela já sabe, inclusive, que a primeira coisa que fará ao passar pela porta, depois, óbvio, da sequência sorriso-beijo-abraço, é descalçar os pés e sentir a segurança de pisar naquele mesmo chão, que lhe dá a sensação de saber onde está pisando exatamente.

Tirar os sapatos ao entrar na vida de alguém é mostrar que se sente em casa. É mostrar que podemos nos sentir à vontade em qualquer lugar, abrir a geladeira, deitar no sofá, pedir a senha do wi-fi ou abusar o gato e, quando ele fizer menção de que não gostou, dizer que o bichano está possuído por algum espírito maligno. Mas, principalmente, é perceber que o simbolismo de se andar descalço ultrapassa o simples livrar-se de sapatos apertados. É preciso ver que aquele chão, que se está pisando, foi cuidadosamente trabalhado para receber a sua visita. Que não importa quantos por ali já passaram e não foram zelosos com as pequenas coisas que não lhes faziam diferença. Mas para o dono da casa sim.

Cada vez que deixamos alguém fazer parte da nossa vida, buscamos fazer uma reforma em nosso coração. Tiramos algumas tralhas, escondemos algumas imperfeições, reorganizamos nossa bagunça... exatamente igual ao que fazemos quando recebemos alguém em casa. E é um esforço válido. Não que precisemos esconder as rachaduras na parede – ou nossas cicatrizes -, mas sempre rola aquele medo que a pessoa olhe um pouco torto para o que incomoda em nós mesmos.

Então, quando vier, recomendo tirar os sapatos ao entrar. Garanto que a casa estará especialmente pronta para a sua chegada e, se for para ficar, já tem um espaço na cômoda. E no coração.



Vitor Vilas Bôas
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Foto: Omelete
A nova série, que retrata relacionamentos, se chama Love e é apadrinhada por ninguém menos que Judd Apatow. Conhecido por ter feito comédias bem sucedidas como Ligeiramente Grávidos, Bem Vindo aos 40, Descompensada e O Virgem de 40 Anos, Love não foge muito do padrão desses filmes: retrata a vida de pessoas, mais ou menos da década de 80/90, que enfrentam questões existenciais. Ah, e as boas referências não falham. Lesley Arfin é co-produtora da série, junto a Apatow, seu marido.
A história começa quando Gus (Paul Rust de Eu te amo, Beth Cooper) está com o ego bem ferido e superando o fim de um relacionamento sólido. Vale ressaltar que ele é o típico nerd bem certinho e com alguma dificuldade de se relacionar com pessoas. Mickey (Gillian Jacobs de Community) também está se recuperando de um relacionamento extremamente conturbado. Ela é uma mulher bem despachada, com alguns problemas com álcool e drogas, e nitidamente bem diferente de Gus. Ele é um professor particular de atores adolescentes de um seriado de Bruxaria e mora sozinho. Mickey é produtora em um programa de rádio e divide apartamento com uma australiana super divertida. Mas eles acabam se conhecendo em uma loja de conveniência e passam a se encontrar no cenário de Los Angeles.
É engraçado perceber como é difícil para os personagens chegarem a alguma solução em relação a própria vida ou aos problemas que enfrentam. É como se o sofrimento deles fosse praticamente eterno, o que de trágico passa para o cômico. É o tipo de série que você aponta para a tela e diz: "ei, isso já aconteceu comigo!".
Meu problema com o Gus é que ele aparentemente pula de mulher em mulher a medida que "melhores opções" aparecem. E dá pra ver isso nitidamente quando ele ignora Mickey, o que pra mim foi a coisa chata da série. Mulheres que viveram essa situação provavelmente reviram os olhos quando vêem o comportamento de Gus.
O elenco de apoio presenteia com ótimas cenas, inclusive com Brett Gelman (Go On) arrasando. A trilha sonora merece destaque, possui músicas bem bacanas, principalmente nos últimos episódios!
A série tem seus momentos e consegue ser divertida. Mas se for pra comparar a outras produções da Netflix como Jessica Jones, Narcos, House of Cards e Demolidor, Love não seria a de maior destaque.

Confira o trailer:
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