O amor é brega
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De todos os maus humores que encontro pelas calçadas, e linhas do tempo intermináveis de redes sociais, um me chamou atenção: o maldito mundo da segunda-feira. Peço mil desculpas, desde já, caro leitor, se a visão dessa autora lhe parece demasiadamente otimista. Mas acredito que segundas também foram feitas para a felicidade, como todos os dias. Queimem os calendários, afinal, amar não necessita folha de ponto.
Acordei, como em todos os dias, tenho tido o benefício, pensando em algumas vantagens de se ter uma barriguinha e, por que não, algumas dobrinhas que percorrem partes do corpo que expostas em capas de revista, derrubariam o padrão de beleza com uma eficácia impressionante. O que uma boa e velha desculpa para não ir à academia não acrescenta na nossa vida? Muitas, e ótimas, reflexões.
Mas não é sobre isso que vinha falar, vinha falar de amor. Do mais fiel padrão de amor que nunca falha: o amor de segunda. É fácil falar de amor no sábado a noite assistindo a Netflix. Mais fácil ainda é falar de amor no domingo preguiçoso, na casa dos sogros, na soneca após o almoço. Oh, se é... É fácil falar de amor no feriado quando toda a equipe da empresa foi liberada para visitar a mãe. É fácil falar de amor olhando o pôr do sol, agradecendo as belezas do mundo.
 Mas é difícil falar do amor, quando o Sol nasce na segunda-feira e as janelas te agridem com o aviso de que uma nova semana se inicia. E dá-lhe faculdade, cursinho, trabalho, filhos... "Descongela a carne, eu vou me atrasar", dizia uma mensagem nada afetuosa no celular. E quando a falta de afeto nos abraça, ou melhor, quando o afeto deixa de nos abraçar, falar de amor se torna quase impossível.
Mas de amores que só vivem nos dias bons, estamos fartos. Também estamos fartos dos fins. Se amo no domingo e não no dia seguinte a esse, na sexta, solteira, digo que superei. E assim se faz um ciclo de amores frágeis demais, que poderiam ter sido tão bonitos, caso alguém tivesse se importado em amar na segunda, na terça, na quarta, na quinta e, antes que essa seja dedicada a fotos de superação no instagram, melhor amar, também, na sexta. Se posso lhe dar uma dica, ame a cada minuto, independente se ele faz parte do sábado de Natal ou da segunda de Finados.
O amor ultrapassa as fronteiras da sua falta de grana e do mau humor do seu chefe. Não liga pra sua barriguinha quebrada ou pro fato de você estar perdendo alguns cabelos. O amor também não se importa com aquele cara mega gato do trabalho dela. O amor mesmo, desses que leva pessoas a fazerem bobagens que geram em nós, meros mortais, vontades de vomitar por quilômetros, jamais vai ligar para hora ou para o lugar. O amor é sobre você e quem você escolhe amar.


NATH SOARES
Uma menina-mulher, brasiliense, perdida nos sonhos e achada no meio das palavras. Escreve desde que aprendeu a unir letras para formar mensagens. Por ironia, cursa Letras, talvez para se entender. Ama a escrita, mas mantém paixões como violões que não sabe tocar, corações que não acha a porta e a saudade, que preza pela inspiração que lhe traz. Coleciona canecas, miniaturas e amores inacabados. Carrega vícios como café, livros, rock e MPB. De amor e romance, tem o ser inteiro.



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Quando o cabelo dela espalhou pelo meu travesseiro, eu soube que a noite iria ser maravilhosa, nosso desejo sempre era transparente, dava pra ver no olhar, nos sorrisos e na forma como as unhas dela machucavam as minhas costas. A intensidade da vontade aumentava a cada segundo e a cada peça de roupa que era arrancada e jogada pelo quarto. 

Eu prendi as mãos dela por cima da cabeça e mordi seu lábio com força e ela abriu os olhos mas não falou nada, um perfume doce se espalhava pelo ar, acho que o cheiro que ela exalava impregnava minha mente e me deixava entorpecido, drogado... 

Estava tudo muito lento, a noite tinha parado e o único som era da nossa respiração. Eu respirava com força contra a pele dela e sentia quando arrepiava em reposta, o som de um gemido escapou quando eu rocei a barba na barriga, logo após veio uma risada e senti uma mão puxar meu cabelo; cócegas ouvi por um sussurro. Em algum momento ela entrou no meu cérebro e senti que não existia mais nada ou nenhum mundo que não conseguiria conquistar, e eu sei que momentos como esse você leva com calma e dá tudo de si porque eles marcam sua alma eternamente. Ela ficará em mim, no meu corpo como uma tatuagem... 

Passei minha mão pelas costas, as coxas e a bunda redonda pra sentir a pele macia, pra apertar e ter certeza que estávamos mesmo na cama, no quarto, não um dos meus sonhos quentes, porque algo dentro de mim grita no meio de cada beijo que estou apaixonado por essa mulher. As pernas me apertavam com força, feito nó presas as minhas costas, quando ela mordeu meu braço eu gemi e ela sorriu. A noite seria inesquecível.


VITORIA LORDEIRO
Sou tímida ao extremo mesmo parecendo ser alguém extrovertido, Amo MPB (coleciono discos); não assisto televisão , nunca. Escrevo sempre tentando decifrar a alma masculina. Amo café, ler e ficar vendo receitinhas na internet.  Prefiro livros a festas. Amo comidas estranhas, quanto mais esquisita e nojenta mais eu gosto. Choro vendo ursinho Pooh e sempre torci para o Frajola.  .


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Ela me é no tempo de incertezas - tranquilidade. Ela é amor, quando sou medo. Ela é sonho, quando sou pé no chão. E quando eu sonho, ela se torna asas.
Ela é liberdade, quando eu quero partir. E é casa quando volto. Ela é cura das minhas renúncias.
É quem balbucia a noite - você ainda vai me amar amanhã? E vejo dentro daqueles olhos despidos de traumas, o céu que é pra onde eu quero ir - então, eu digo que a amarei eternamente, mesmo nos dias difíceis.
Ela é inspiração se me faltam ideias. E é o tudo onde não o sou. Ela consegue voar só de fechar os olhos, mas quando eles se abrem ela é puro amor e está presente aqui.
Ela é cheia de fazer certeza das indecisões. E gosta de mudar tudo de lugar, porém, cinco minutos depois eu trato de voltar pra onde estava. Ela é verdade, transparência, e eu - gosto de ser gentil.
E quando nos unimos, somos uma só, e ainda assim, muitas.

LAURA AQUINO.
Geminiana de Franca, interior de São Paulo. Apaixonada por livros, séries, filmes e música. Acredita que a arte move as pessoas para o que elas têm de melhor. Vive no mundo da lua e escreve seus devaneios num emaranhado de palavras que no final acabam fazendo algum sentido. Ou não.

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A moda dos últimos anos tem sido o detox, com certeza você já ouviu falar de sucos ou comidas que ajudam a limpar nosso organismo e que assim melhoram nossa saúde, não é mesmo? Pois se o detox é a nova moda e faz tão bem, por que não estendemos isso também para as pessoas e fazemos uma dieta de desintoxicação de todas aquelas que nos fazem mal?

Assim como as comidas, conviver com algumas pessoas também pode fazer mal à nossa saúde a longo prazo. Inclusive, acredito os danos causados pelas comidas não tão saudáveis, são bem menores do que estar perto de pessoas que nos fazem mal. Mas então por que é tão mais fácil utilizar todas as receitas de dieta detox que aparecem, e é tão difícil nos afastar das pessoas tóxicas? 

A verdade é que não existe uma uma resposta correta, primeiro porque muitas vezes só enxergamos o mal que alguém nos faz quando é tarde demais. E segundo porque ainda vivemos em um mundo onde nos dizem que precisamos tentar o máximo possível cultivar relações e manter laços. Pois já tem um tempo que venho notando exatamente o contrário, não vale a pena manter laços de amizade, ou mesmo que de convivência social, com pessoas que não nos fazem bem. 

Enfrentar o medo da solidão e desapegar das pessoas, pode ser o melhor caminho para a limpeza que realmente precisamos. Ninguém é obrigado a conviver com ninguém, nem mesmo relações de sangue são obrigadas a serem mantidas, se não nos fazem bem, quanto mais relações que acontecem do dia para noite. Não é egoísmo escolher a sua saúde mental no lugar de pessoas que apenas sugam sua energia e que contaminam o ambiente com humores pesados. 

Se afastar de pessoas que te fazem mal é essencial para o seu bem. Ninguém é obrigado a estar com o outro e não existe NENHUMA justificativa que te impeça de se afastar. Pessoas tóxicas sempre vão se fazer de vítima para que você se sinta culpado. Mas na verdade não existem culpados, pois a vida não é como nos filmes em que sempre existem os mocinhos e vilões. Todo mundo tem em si uma parte Harry e uma parte Voldemort, em algum momento você pode já ter se identificado com a madrasta da Branca de Neve e já quis e ser a mais bela que existe. 

A verdade é que somos humanos e como tal temos defeitos e qualidades, algumas se sobressaem a outras e, principalmente, até mesmo o que é visto como qualidade para uns pode ser um defeito para outros. Por isso, que o egoísmo de querer o nosso próprio bem, não é algo a ser condenado, e quando o “nosso bem” é se afastar de pessoas, mesmo que isso limite (ainda mais) o nosso círculo social. Então essa é escolha certa a se fazer. 

Nós nascemos sozinhos, a nossa maior e principal ligação com outra pessoa é cortada logo após o parto quando o cordão umbilical é cortado. A partir desse momento somos livres e somos únicos. Ao longo da vida vamos conhecer pessoas, vamos nos apaixonar, brigar, vamos esquecer pessoas, e podemos até nos tornar estranhos para alguns que um dia foram muito próximos. Mas a nossa caminhada sempre será de uma pessoa, mesmo que acompanhada em alguns pontos. 

Por isso, seja sempre fiel a você mesmo. E se for preciso, faça detox. Faça todas as receitas de comidas e sucos detox que você encontrar, limpe seu organismo, cuide da sua saúde e do seu corpo. Mas, mais importante que isso, faça detox de pessoas e deixe na sua vida apenas aquelas que te fazem bem.


TAMARA PINHO.
Jornalista por amor (e formação), mineira, e sonhadora como uma boa pisciana. Vivo na internet, então é fácil me achar. Acredito que a escrita é libertadora e nos possibilita viver em diversos mundos ao mesmo tempo.

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Ela não vem com manual de instrução, mas você vai perceber – aos poucos – que ela tem um modo peculiar de observar a vida. O Sol dela vive brigando com a sua Lua: ela é de Áries. O coração da moça vive sempre na corda bamba, sempre em seu limiar, lutando bravamente para se manter calma e serena. Ela é de Áries e você sabe, nós sabemos, todos sabem, o quanto é perigoso – em determinados momentos – estar ao lado dela. Ela carrega dentro de si um vulcão prestes a entrar em erupção, mas a Lua dela é responsável por adormecer e, até mesmo, apagar esse fogo que há em seu interior.

Ela traz no peito toda a doçura de morangos campestres – aqueles vermelhos que se dissolvem na boca – e todo o fel que as bocas inteiras, desde a criação do mundo, já experimentaram. Ela não se entende. Quem a entende? Ela ri de piadas bobas com a mesma intensidade que chora por causa de comerciais de margarina. Ela sente muito, com muita força, com muito pesar, com muita violência. E quando vê que não é correspondida da mesma forma se apavora, a Lua dela a maltrata, derruba-a na lona arrancando o pouco da dignidade que lhe restara.

A Lua dela é em câncer. E a gente percebe que não poderia ser outra, tendo em vista que ela é relicário de amor. Seus carinhos transbordam. Jorram feito água depositada sem zelo dentro de uma jarra. Ela ama, ama muito, ama com força. E não há quem diga que o seu Sol tenha gosto de sangue, que ama incitar a guerra, que provoca rebeliões, que incendeia aldeias inteiras, porque ele se faz tímido diante da beleza, da “reluzência” e de todo o encanto que o luar provoca sobre as pessoas.

O abraço dela é perigoso e quem esteve em seus braços sabe. Ele é casa arejada, com janelas abertas, convidando a luz do sol a entrar pelas frestas e é um vespeiro – outras vezes – em que se recomenda, no mínimo, 10 km de distância. A moça é uma incógnita, é tesouro que se esconde nas profundezas do mar. E seu coração, ah! Seu coração é o único mapa capaz de desvendar os mistérios que ela traz em sua alma. Dizem, reza a lenda, que quem conseguir ler, traduzir os caminhos, e conseguir se equilibrar entre sua doçura e acidez será um bandeirante a desbravar os céus e mares que há em seu interior. Ela é para piratas e forasteiros. Ela é.

Fotografia: Théo Gosselin.



PÂMELA MARQUES.

Pâmela Marques é escritora, musicista e apaixonada. Tem alguns títulos acadêmicos, mas o que realmente importa é que ela vive para arte. É fã alucinada de Roxette, amante de Caio Fernando Abreu e admiradora de Tolkien.

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Cê sabe bem que é ele quem tem o controle de tudo, e não a gente. O tempo nada mais é que um contador de sentimentos e se você quiser apressá-lo pode ser que ele só conte suas frustrações e angústias. Deixe que ele nos encaminhe para as boas sensações da vida de modo natural, sem atropelos ou pedras no trajeto.

Eu também já quis que o tempo corresse ao meu favor, aliás, quem não quer, não é mesmo? E sei também que é um saco ter que esperar por sua boa vontade. Não ter o controle de tudo em nossas mãos nos torna vulneráveis, menos donos de nós mesmos, às vezes. E é aí que a gente deixa de aproveitar o melhor que a vida nos oferece: quando não assumimos nossas vulnerabilidades.
Ser vulnerável não é tão ruim, basta que a gente olhe pelo ângulo correto. Pensa comigo, menina, se não fôssemos vulneráveis ao tempo, talvez não teríamos nos conhecido. Talvez não teríamos vivido nossos melhores momentos, nossas descobertas diárias. Somos vulneráveis não só às coisas ruins, mas também às coisas boas, aos bons acasos da vida.

O tempo nem sempre nos cabe (na verdade ele raramente nos cabe). O que nos cabe é como decidimos nos portar diante dele. Não dá pra decidir o que vem através do tempo, mas dá pra escolher o meio pelo qual passamos por ele.


Então, menina, não pira no tempo e no fato da gente não ter controle sobre ele. Leva a vida enquanto o tempo te leva. E, ao ser carregada por ele, aprecie a paisagem a beira do caminho. E se quiser companhia, me leva também. Aposto que a viagem a dois é menos cansativa...  

EDSON CARDOSO
Professor brasiliense, formado em letras, amante de (boa) música e de jogos. Um cara que não é um poeta, mas que se arrisca a brincar com as palavras. Nem de longe um boêmio, tampouco um insensível nato. Coleciona fotos e lembranças das viagens que já fez e planeja muitas outras. Alguém que agradece a Deus diariamente o dom da vida e a graça de ter uma família com quem pode contar.


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Às vezes eu tento escrever sobre você.
Gosto de começar falando de como acho bonito quando você sorri com os olhos. Fico desconcertada e praticamente esqueço que dia é hoje toda bendita vez em que  vejo você sorrir.
Depois do sorriso eu lembro do seu corpo sempre quente e macio, e tento descrever o arrepio que me dá ao te abraçar. É que eu me sinto confortável e ao mesmo tempo envolvida num emaranhado de sensações agradáveis, sempre que você me toca.

Não sei muito bem o motivo, mas quando escrevo sobre você, sempre dou um jeito de mencionar seu jeito estranho de ver a vida  com muita franqueza e bom-humor. E como eu acho engraçado que você seja tão bobo e ao mesmo tempo tão interessante, inteligente, esperto. E que você  sempre saiba como resolver tudo (ou pelo menos a melhor forma de tentar).

Tento descrever a sensação gostosa de querer viver cem anos só pra poder passar todos os dias ao seu lado e poder fazer todas aquelas coisas que planejamos depois de umas taças  a mais do vinho mais barato.

Outro dia até escrevi que o mundo é mais feliz desde que te conheci e te apresentei meu lado mais sacana. Rá. E eu vou escrevendo e deixando meu amor sair pra valsar entre as palavras que deslizam apressadas pelo papel, na esperança de conseguir demonstrar tudo.  Mas acontece que do mesmo jeito que eu e você, meus textos não têm coesão. Começam e se perdem no meio do caminho entre meus devaneios e lembranças de tanta coisa gostosa que eu tenho vivido ao seu lado.

Tento dar nome às coisas que sinto como se houvesse mesmo uma maneira de dizer o amor. Amor não se diz, né? O meu amor não cabe em texto e nem em poesia,vamos combinar. E eu acho que é por isso que eu já escolhi ao menos vinte e cinco mil músicas, livros e filmes que me fazem lembrar desse amor. Porque não cabe em um só, né?

E eu até que consigo começar a escrever dos arrepios que você me dá, do friozinho na barriga quando você chega e dessa nossa cumplicidade estranha de quem acabou de se conhecer e sente que é desde uma vida inteira.

Mas acontece que texto tem que ter começo, meio e fim. E mesmo que eu sempre comece um texto sobre você, eu simplesmente não sei como acabar.

Ou não quero que acabe.
Afinal sempre começo a falar de novo desse seu sorriso e de como fico desconsertada e praticamente esqueço que dia é hoje toda bendita vez em que vejo você sorrir...



MARIA MIDLEJ.
SALVADOR, Uma baiana que se acostumou a escrever o que transborda. Nada mais, nada menos do que sente. O que já é muito.


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Pode parecer que não tem ninguém ao seu lado, que não há saída possível ou que sua sina é viver assim. Mas saiba que você não está sozinha. Ninguém merece um destino de sofrimento. Talvez você até ache que foi culpa sua. Se você não tivesse olhado daquele jeito naquela hora. Se você não tivesse respondido em tom menos simpático. Se você não tivesse usado aquela roupa insinuante. Se você não tivesse feito qualquer das milhares de coisas que já passaram pela sua cabeça, ainda assim, isso iria acontecer, porque a culpa não é sua. Eu imagino o quanto deve ser difícil acreditar que todo esse sofrimento tem fim. Eu sei que talvez você não tenha dinheiro pra viver sem ele ou amigos com quem se apegar. Eu sei também que muitas pessoas dirão que as coisas não são bem assim como você está contando. Mas elas são minoria, porque saiba que você não está sozinha. O sistema judiciário não parece convidativo e sei que você até já pensou em fazer justiça com as próprias mãos, mas seja forte e lute com as armas legais. Sua vida não acabou, na verdade, ela vai (re)começar agora, quando você encontrar meios de gritar para o mundo o que está acontecendo. Proteja-se, busque ajuda, tenha cuidado, mas não se limite. Liberte-se!




JEL SOUSA.
Amiga íntima das letras e livros desde cedo, seria surpreendente se não encontrasse na escrita sua forma de expressão natural. Com um quê de psicologia amadora, é apaixonada pela complexidade do ser e sentir. Produtora de moda, consultora de imagem, advogada e futura designer de moda.

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Encolhi os ombros e deixei a poeira baixar. Passei por cima da mensagem e segui como, se o lembrete no celular não existisse. Não minto, não tive coragem de apagar, e fiquei curiosa tentando puxar qualquer assunto corriqueiro que fosse. 

Há anos não tenho notícias suas.
Passou tão depressa assim que não me dei conta?

Claro que não. 

Só eu sei o que eu sofri com as despedidas prematuras, com aquelas idas e vindas que me massacravam a razão. Lembrei do domingo a noite quando você praticamente me sequestrou por duas horas, a fim de dizer que estava diferente e que também pesava os prós e contras do nosso último encontro. Você sempre veio em partes miúdas, curtas e avassaladoras. 
Sempre deixou marcas, tatuagens abertas que o tempo foi se encarregando de reconstruir. 

Senti o fôlego sumir. 
Senti que não sabia mais nada de mim, menos ainda do amor. 
Minha vida estava um caos desestruturada de tudo, sem eixo, nada concreto me sustentava. E quando tudo acalmou, você ressurgiu cutucando de novo uma ferida que não fecha. 

Mas admito de novo que me sentia superior a você. 
Me sentia superada, vencida. E você só virou o jogo. 
Abriu a porta e despertou de novo a sinceridade de sentir os descompassos me desorientando - você nunca me deixa de pé, sempre me puxa a flutuar.

Me desconheço quando está por perto. 
Me desencontro de todas as minhas convicções. 
Eu tô tentando ignorar a vontade de ler você, saber o que quer, mesmo sabendo que no fim vou acabar caída de novo com a cara no chão - e adianto, não é covardia ou pessimismo - é lição aprendida. Você provoca os melhores sentimentos em mim, mas nunca se compromete a ficar até o final. 

Somos opostos , intensidade e terra firme e eu sei que aí dentro bagunço tudo - e você detesta admitir que até a cor dos meus óculos são engraçadas pra você. 
Te prendo mesmo quando você voa em direção contrária. 
E eu sei que a mesma desordem que mora em mim, se hospeda no seu peito. 
E é isso que me acalma. Irônico não é? 

Não temos o final feliz com encontros e beijos mornos, mas nos enroscamos com vontade quando o coração se ausenta da órbita rotineira e pede uma dose de nós. Loucura santa que arrepia os pelos do braço e aquece a alma. Eu abri a mensagem, sorri com seu atrevimento, e não me culpo por desejar você de novo, e de novo. É assim que nós damos um jeito de dizer que ainda há espaço pra amar em silêncio nessa vida outra vez.



MARCELY PIERONI.
Escritora, administradora e chef de cozinha por escolha. Perdeu o medo de sair do lugar e desde que começou a publicar seus textos coleciona viagens onde pode abraçar seus leitores e estar mais perto daqueles que acolhem sua baguncinha. Palestra e conta histórias para crianças. É sonhadora de riso frouxo.
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Minha doce Alice, escrevo esta carta para lhe contar sobre um assunto que exigiria que eu te olhasse nos olhos enquanto falo, mas não possuo decência para tal feito. Assim, como o covarde que sou, escrevo linhas trêmulas de uma verdade irrefutável: O país das maravilhas não existe.

Eu queria alimentar em ti a ideia de um mundo mágico. Mas, onde estamos vivendo, os Chapeleiros, são seres que se perderam em meio à densa nuvem de maldade, e eles não estão conseguindo se reencontrar para estabelecer alguma paz nessa sociedade.

Quanto aos coelhos, correndo e olhando seus relógios, estão em toda parte. Acordam às 06:00, trabalham, almoçam, trabalham, jantam e dormem. Às vezes, amam... Mas deixam que seus amores sejam sucumbidos pela ação do tempo. Então, geram filhos, pagam pensão, algumas sessões de terapia, alguma escola integral, e bebem nos sábados a noite.

Existe uma rainha vermelha que governa com cetro de aço a vida de cada indivíduo, a ela damos o nome de rotina. Muitos sabem como derrotá-la, a fazem cair do trono por meio de um ataque certeiro, o inusitado. Mas muitos se rendem às suas ordens e viram seus súditos, esquecendo-se das maravilhas que poderiam viver fora de seu reinado.

Alice, sei que você está caindo sem paraquedas nesse buraco, mas não desanime, ainda que nade em suas próprias lágrimas, lembre-se de acordar do sonho e manter os olhos bem abertos, minha pequena... Ainda que não esteja no país das maravilhas, pode construir um mundo mágico para si mesma.

Acredite em alguma bondade escondida, busque o tesouro que o destino guarda para sua vida, lute suas lutas, Alice, você consegue. Eu sempre vou olhar por você, menina teimosa. No fim dessa história, você ainda vai encontrar a saída de seus pesadelos, mas vai precisar ser sacudida algumas vezes. Coragem!

Covardemente, 

De alguém que te olha em silêncio, que te ama às escuras, que se esconde nos becos da vida para te admirar sem ser notado. Do para sempre que não acontecerá.



NATH SOARES
Uma menina-mulher, brasiliense, perdida nos sonhos e achada no meio das palavras. Escreve desde que aprendeu a unir letras para formar mensagens. Por ironia, cursa Letras, talvez para se entender. Ama a escrita, mas mantém paixões como violões que não sabe tocar, corações que não acha a porta e a saudade, que preza pela inspiração que lhe traz. Coleciona canecas, miniaturas e amores inacabados. Carrega vícios como café, livros, rock e MPB. De amor e romance, tem o ser inteiro.


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Estou cheia, empanzinada, agoniada. Tem excesso demais por todos os lados e eu me permiti absorver esses exageros como se não houvesse amanhã – e, de fato, o amanhã mesmo nunca chega. O coração acelera todas as vezes que me sinto cheia. Suspiro. Reviro os olhos. Sorrio. A verdade é que me enchi de você.

Eu me enchi de você cada vez que liguei o rádio e tocava aquela tua música favorita. Eu me enchi de você no refrão melancólico, cantado aos quatros ventos, enquanto riscava o asfalto sem ter algum lugar para ir. Eu me enchi de você quando troquei a estação e a música continuava sendo tua. Outras melodias, mesmas lembranças. Eu me enchi de você.

Eu me enchi de você quando um sorriso deixou de fazer sentido. Eu vi as entrelinhas em cada emoji enviado, que ninguém mais entende. Estou de cabeça para baixo e cheia de você. Sorrindo bobo, sorrindo mais.

Eu me enchi de você em cada fim de tarde que colore a cidade com a cor do riso teu. Nesses dias, eu costumo ficar sentada em frente ao mar, me enchendo de você cada vez que as ondas lambem a areia, trazendo na boca o gosto do beijo que roubei.

Eu me enchi de você naquele gole de café, propositalmente requentado. Preparei-o naquelas cafeteiras italianas e deixei esfriar de propósito, só para sentir o cheiro dele, requentado, direto do microondas. O cheiro inundou a casa e eu me inundei de ti.

Eu me enchi de você debaixo da ducha quente. O vapor se misturou com o perfume do teu shampoo preferido e eu me misturei na lembrança tua. Na lembrança nossa. E transbordei você, todinho.

Eu me enchi de você. E ainda cabe tão mais de ti aqui dentro...


MAFÊ PROBST.
Santa Catarina. Escritora, blogueira e engenheira. Praticamente uma hipérbole ambulante. Autora de Saudade em Preto e Branco. Tem dezenas de projetos em andamento e sonha abraçar o mundo. Colecionadora de sorrisos, dentes-de-leão e clichês.



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