O amor é brega
  • Home
  • SOBRE
  • QUEM ESCREVE
    • COLUNISTAS
    • LIVROS
      • EDGARD ABBEHUSEN
      • PÂMELA MARQUES
      • ROGÉRIO OLIVEIRA
    • CONTATO
    • Por que escrevemos?
  • Navegue
facebook twitter google plus pinterest Instagram social media FLEX living culture Shop


Soube há pouco que agora você está com outro alguém. Foi o bastante para sentir o corpo estremecer e colocar a culpa no vento frio que passava pela janela. Pelo visto não tem mais jeito mesmo. Acho que agora é hora de olhar um pouco mais para frente, talvez me situar naquele novo horizonte que eu estava preparando para mim sem você, mas que não imaginava que chegaria agora. Assim de repente... 

Te dei mais tempo do que realmente você achou necessário. É estranho pensar dessa forma, confesso. Eu ainda tinha esperanças de que pudéssemos cumprir todas aquelas promessas mútuas que fazíamos, os sonhos, viagens e planejamentos de que construiríamos uma vida a dois. Onde o amor fosse sempre o pioneiro de todas as nossas escolhas, mas bastou apenas uma chance de colocar nosso amor aprova e você desperdiçou.

Mas agora é chegada a hora de partir de vez de você. Seguirei meus passos sem pensar muito que o seu amor não me acompanhará, esse mesmo vento frio que hoje sopra sobre meu corpo há de me esquentar com um novo amor mais a frente. Não posso privar meu coração por um motivo seu, ele não tem culpa de não saber controlar as boas emoções e eu mereço sim alguém que o compreenda da forma que ele costuma se entregar. Coração pode ser bobo, mas o amor nem sempre sabe ser esperto... Não me cabe ordenar que ele não traga outro alguém como você, como disse: "o coração é bobo e o amor nem sempre sabe ser esperto."

Mas tudo bem, vamos lá. Amanhã já outro dia, hoje mesmo já é um outro dia e eu não vou me apegar a essa sua ausência nem as suas memórias em minha vida. É aquela história "só leve o que for bom" e você foi bom em alguns momentos e isso não me permite te levar por "inteiro", vou fracionar o que valer a pena, afinal, ensinamentos e experiências são bagagens que a vida não desperdiça. Hoje será só mais um dia em que o amor me deixou uma lição: “Amar por dois nunca valerá a pena.”

Então sigamos.

Entre perdas, escolhas, erros, ganhos e acertos, mas acima de tudo com amor verdadeiro dentro de nós.

Que o "outro" nunca nos limite amar.


ANNA OLIVEIRA.
Recifense, amante da tecnologia, leitura e MPB. Aspirante na escrita/poesia, uma menina mulher sempre em evolução, transcrevendo em palavras gritos oriundos do coração, deixando registros verídicos (ou não) nas entrelinhas. De braços e coação aberto para a vida e o amor.

FACEBOOK | FANPAGE | TWITTER | INSTAGRAM
1
Compartilhe

Ouça enquanto lê - Anavitória - Tua


O amor se esconde nos detalhes. Ele é construído com os detalhes.

Começa simples, natural. Conversas que envolvem, que encantam. Uma mensagem pra dizer que lembrou da pessoa com algo que viu, uma imagem brincando com algo que foi dito de engraçado. Existem várias formas de construir o amor, e a gente nem vê.

Quando a gente menos espera, ele já está lá, construído, e aí entra a parte mais difícil: mantê-lo inteiro.

No começo é sempre assim, a gente se empenha em dar o melhor de si, pra ver a outra pessoa feliz e pra ela gostar da gente, mas parece que depois que a gente já conseguiu, a gente não se esforça pra manter. E é aí que tá o problema dos relacionamentos, e de qualquer outra coisa nessa vida. A gente não faz mais o mesmo esforço de antes.

Eu sei que esse não é o primeiro nem o último texto sobre isso, mas sei também que não vão acabar enquanto as pessoas forem diminuindo seu esforço.

É um bom dia que a gente esquece de mandar, coisa que não gasta 5 segundos e faz o dia de qualquer pessoa começar melhor; é uma mensagem de lembrei de você que a gente deixa pra depois e não manda nunca mais; são palavras deixadas pela metade que trazem dúvidas e medos. É uma infinidade de coisas que a gente vai deixando.

Eu mesma já deixei de me esforçar quando consegui algo que queria, mas percebi que estava fazendo errado. Percebi que, depois de conseguir, o esforço pra manter precisava ser igual ou ainda maior. Mas vale a pena, mesmo que a gente quebre a cara depois.

Sempre vale.

E é como dizem por aí "o amor nasce dos pequenos detalhes e morre pela falta deles." (não me lembro a autoria). E nós, sentimentais demais, nos apegamos mais aos detalhes, às pequenas coisas, e por isso tudo mexe com a gente.

E por isso também amamos demais. Porque reparamos nos pequenos detalhes, que nem quem amamos percebe, e ficam intrigados com o motivo de gostarmos tanto deles. É um carinho no cabelo, um jeito de sorrir, e mais uma lista infinita de coisas. Mas a gente tá atento, a todos os detalhes. E a gente ama cada um deles, mesmo que às vezes eles nos deixem chateados.

A gente sabe que no final o amor é o que prevalece.


MARINA COUTO.
21 anos, estudante de Letras, forrozeira e apaixonada por palavras. Escrevo pra me sentir livre, não tenho destinatário certo, acho que assim fico mais desapegada e escrevo Com a alma. Gosto de escrever para as outras pessoas saberem que não estão sozinhas. Quem vai ser meu interlocutor? Quem ler decidirá se aceita ser ou não. Se você se identificar, é um novo interlocutor, escreverei pensando que não estou só. Escreverei pra nós

BLOG | FACEBOOK | FANPAGE | INSTAGRAM
0
Compartilhe

Não éramos aquele casal perfeitinho, tínhamos nossos defeitos, tatuagens espalhadas pelo corpo e por baixo dela algumas marcas que escondiam quão ardente eram nossas noites, carícias trocadas, desejos realizados e aquele gosto de quero mais que sempre ficávamos.

Brincadeiras e liberdades. Aquelas coisas que só nós entendíamos e tínhamos, mesmo com toda as brigas, as discussões e a minha jura de que naquela noite dormiríamos separados, sempre acabava cedendo aos seus encantos e as suas piadas mesmo que sem graça.

Mas era inevitável, o fogo gritava, era como se tivéssemos deitados em volta de uma fogueira, mesmo que eu tentasse não conseguia resistir aos seus encantos. Aquele lance de não me encosta senão eu não me controlo. Era exatamente assim e meus olhos me entregavam.

Não precisa falar nada, os nossos corpos possuíam uma linguagem só deles e nós simplesmente obedecíamos. Cada toque em meu corpo era como se o play tivesse sido apertado.

O tocar em seu membro era o convite mais sutil que eu poderia fazer para que você explorasse todas as minhas curvas e curvaturas. Aquele tocar mais delicado, o beijo mais demorado e aquele dormir agarrado.

Mãos passeando pelos corpos e o desejo de estarmos encaixados gritava. Sempre acabávamos com os cabelos molhados, o gosto de cada um nos lábios, roupas jogadas pelo chão do quarto e aquela vontade de não sair da cama tão cedo.

Não que pedíssemos arrego, mas depois de toda noite intensa de prazer, nos permitíamos ficar agarradinhos, curtindo um ao outro, respirando com mais calma e de vez em quando dando uma passada de mão sem vergonha, só para manter a chama acesa – afinal o fogo não pode apagar.



ANDRESSA LEAL.
Andressa, desde 1986. Mauá - SP, uma mulher cheia de mistérios e repleta de poesias, encontrei nos textos e poesias minha fuga, meu refugio, meu mundo, algo só meu que compartilho com você. Aqui serei simplesmente eu, textos que nem na pagina do facebook eu posto aqui irei postar. Um dia sem poesia para mim é um dia em vão!

SITE | FANPAGE | INSTAGRAM | TWITTER | CANAL


0
Compartilhe


Me reconheci, um dia. Olhei em meus olhos, e me enxerguei de fato. Entendi que eu era a minha própria casa. Senti compaixão e amor por mim. Eu não sabia ao certo o que isso significava. Mas sentia uma calma quando me olhava, e quando eu me entendia. Fui moldando meu jeito de me expressar, e tudo que penso sobre o tudo que é vida. Comecei a notar o quão orgânico certas posturas se tornavam. As certas, as errôneas, as precipitadas. Eu via claro o que precisava de freio, por muitas vezes não consigo frear, mas se enxergar já é alguma coisa, nesse mar revolto que é lidar com a gente mesmo. 

Hoje as cartas se mostraram pra mim, e nelas apareceu que eu estou trilhando um caminho no qual estou estabelecendo limites em nome de algo que eu quero muito. Eu quero tanta coisa. Mas tanta, que não consigo precisar o que mais quero. Tanto tempo nessa terra, e às vezes entendemos tão pouco. Os questionamentos te cercam, e a gente acha que tá perdendo o controle, mas nem está. A vida, mesmo que esqueçamos, é feita para nos melhorarmos. Cada lágrima e cada desespero, sempre a mais. Sendo mais.

Bem, hoje tá frio, mas faz aquele Sol de inverno. Eu levantei, olhei para o céu e me senti tão feliz. Meu corpo reagiu à temperatura e ficou todo disposto. Olhei o celular, como aquele vício reprovável que vem com a vida tão atrelada ao digital, que começamos a levar, nem ao menos nos lembramos quando. E vi seu rosto, eu não tinha visto seus traços nunca, até duas semanas atrás. Seu sorriso meia boca, seus olhos efusivos, sua mordida na boca. De repente, uma esperança de um ciclo novo, de história nova, mas eu ainda tô querendo ver outro rosto, outros traços. 

As cartas me disseram também que eu preciso cortar o passado. Não deixar que ele me ludibrie com falsas palavras. Eu prometi fazer o que as cartas tão auspiciosamente me pediram. Saí, encontrei as amigas para um almoço, conversamos sobre o mundo, sobre o mundo de cada uma também, emendamos em um vinho, em um bar aconchegante na orla. Aquele frio já fazendo o corpo arrepiar todo. 

Ao chegar em casa, um “Oi, tudo bem?” do velho rosto. Aquele oi que vem juntamente a uma postura totalmente incoerente de quem só quer morder e assoprar, mas - mais importante - não perder. Mesmo não querendo ter. Eu olhei para a tela acesa e a acompanhei em seguida: apagar. Não posso mentir que você, todas as partes suas, me vieram À mente. É tão difícil cessar, parar, dar fim. A força do seu corpo contra o meu, as suas mãos rasgando e deixando em mil pedaços, as minhas defesas. É tudo tão inebriante.

Mas ao mesmo tempo, me lembrei do jogo, das cartas... Lembrei que é hora de não se prender mais, de se deixar levar. É hora de romper a conexão com o que já foi. Desbloqueio a tela do celular, deleto seu contato, todas as nossas conversas e fotos... Pronto! Foi!

Abro a conversa do rapaz do sorriso de meia boca sedutor, quero ele da mesma forma que ele me quer, e mais ainda: eu o mereço. Respondo a mensagem, do rosto novo e damos pontapé enfim a todo esse desenrolar que nos pertence. Que eu tenha boa sorte, que as cartas continuem precisas, que eu continue me encontrando mesmo que eu me perca, às vezes.




ALINE VALLIM
Tenho 31 anos, escritora, professora de inglês, aquariana, feminista, blogueira e problematizadora, não necessariamente nessa ordem. Quero escrever e espalhar pelo mundo minhas linhas. Viciada em café e mate. Espero loucamente que a empatia salve o mundo e possamos de verdade, nos desfazer de tudo o que nos prende. E sejamos finalmente, livres. .

BLOG | FANPAGE | FACEBOOK | INSTAGRAM
0
Compartilhe

                                                ❁Leia ao som de Tiê - Isqueiro Azul  ❁

Já troquei os móveis do meu quarto de lugar umas quatro ou cinco vezes e ainda me sinto desconfortável. Já organizei os livros na prateleira por ordem alfabética, por autor, por tamanho e pelos preferidos. Mas eles ainda não parecem estar do jeito que eu queria que eles estivessem. A forma com que o ponteiro do relógio bate acaba parecendo uma melodia triste e monótona de um piano velho.

A verdade é que eu nunca consigo ficar parado num lugar só por muito tempo.

Eu sei que te contei pouco sobre como foi a minha vida. Não falei muito bem sobre como o passado do meu pai é um pouco ruim e nem sobre como o meu passado também não foi dos melhores. Preferi te poupar da minha visão de como o amor pode ser um desastre e não te contei de todas as histórias catastróficas que já aconteceram ao meu redor envolvendo ele.

Eu pulei a parte de como a vida parece ser mais dolorosa pra mim só pra não contaminar a sua visão do mundo pra que você não começasse a enxergar a vida assim e sentir a dor que ela dá.

Eu corri. 

Corri o mais longe que eu pude de você enquanto estava nas minhas longas crises de ansiedade. Mas tomei um rivotril na sua frente e você nem percebeu. Não porque não prestava atenção em mim, mas porque se tem uma coisa que eu sei fazer bem é me esconder.

O pior é que, exatamente agora, não para de chover lá fora. E eu não quero sair pra não me molhar. Eu quase nunca quero me molhar.

Ou será que não para de chover aqui dentro?

Depois de um tempo passei a tomar mais cuidado pra não me molhar, pelo menos não da cabeça aos pés. Se molhar demais sempre me parece perigoso demais. Pra mim e pro outro. Talvez até hoje você não entenda. Mas não entender caminha junto com essas loucuras profundas e perigosas. Você já parou pra pensar que eu posso ser uma loucura profunda e perigosa? 

Eu também não te contei que quase nunca consigo ficar parado em um lugar só. Sempre estar seguindo em viagem pode ser a minha dádiva ou o meu karma. Esses dias me disseram que o jeito que você sorri é triste e isso chega a doer aqui. Não era essa a bagagem que eu queria deixar pra você.

Dor nunca foi a nossa opção, você se lembra disso?

Pego meu celular com a convicção de que uma mensagem poderia consertar as coisas. Só que isso não funcionou. Eu ia te dizer pra ser forte e aguentar firme e, quem sabe, te chamar pra tomar um café.

Pra não chorar e pra tentar não se entristecer.
Pra tentar não ficar tentando entender o que aconteceu.

Eu ia te dizer pra botar em pratica aqueles planos que me contou há algumas semanas. Eu ia te dizer pra correr o risco e pra tentar não se arrepender. E pra sempre agradecer, até mesmo quando perder. Eu ia te dizer que, mesmo se nada der certo, ainda existem novas possibilidades. Eu até poderia dizer que vai passar e fingir que seria fácil superar isso.

Poderia tentar ser útil e fazer alguma coisa pra ajudar e não ficar aqui parado olhando pra você.

Talvez você pense que eu só penso em mim. Mas na verdade eu tava é pensando mais em você do que em mim. No final das contas você vai entender que sou como um peregrino. Você vai entender que preciso caminhar pra bem longe, porque é isso que me faz ser esse alguém especial: os caminhos que trilhei. 

No final das contas você vai entender que você também vai precisar caminhar mais um pouquinho, vai esbarrar com mais alguns corações e vai aprender cada vez mais com os corações. Nesse meu caminho como peregrino, descobri que amor não gosta de contratos. Alianças não são moedas de troca e que sentir o mesmo que o outro não é obrigação. 

Quem sabe um dia você também entenda que também é um peregrino.

Mas no final das nossas contas — isso mesmo, quero dizer de quando a gente parou de contar; de quando a gente parou de somar — eu aprendi que sou um peregrino que coleciona finais felizes e que o nosso tá guardado aqui.

Entre todos os finais: apenas o final feliz.

Eu sou como um peregrino. Chegou a hora de prosseguir com a jornada.
Eu sou como um peregrino, mas amo feito um humano.
E também erro feito um humano.

A minha camisa xadrez tá aí?
Você trás aqui ou eu vou buscar?

BRUNO FIGUEREDO
Poeta e Escritor. Capricorniano com ascendente em Paulo Leminski e lua em Tati Bernardi. Fã de ficção cientifica e de romances clichês. Dono do pseudônimo @sujeitoeu. Escrevo, mas escrevo sobre mim, e nem sempre sou só amor..

FANPAGE | INSTAGRAM | INSTAGRAM 2
1
Compartilhe


Por que você tem que viver procurando quando muitas vezes o que precisa está bem ao seu alcance, está bem a sua frente ou logo ao seu lado? Por que procurar no horizonte uma necessidade utópica, uma vaidade que não te preenche? Por que tem que viver a colecionar insatisfações quando você pode estar a dois passos do paraíso? Por que tem que se preencher com nada, quando pode ter tudo? Quando podemos ser tudo?

Por que procurar em outros braços o meu abraço quando é o meu coração que bate em sintonia com seu? Por que procurar em outros mares a felicidade, se foi em meu universo que você se perdeu? Por que procurar vida em outros mundos se foi no fundo da minha alma que você se estabeleceu?

Por que você tem que viver a chorar se eu poderia passar a vida a te fazer sorrir? Por que você tem que desistir se eu posso ser a força que você busca? A mão que te segura? O carinho que te cuida? Por que tem que andar tanto se no fim eu sou o caminho que você sempre cruza? A esperança que tanto busca?

Por que viver nesse frio incessante das incertezas, se na segurança dos meus sentimentos que você encontra o calor para aquecer o seu corpo? Por que viver procurando alegria em outras bocas se é na minha que você encontra o mais doce sorriso que insiste em estar em meus lábios apenas por você existir?

Por que você não me olha e realmente me enxerga. E, então percebe que tudo o que você procura e quer, está aqui, dentro de mim? Por que você insiste em dizer adeus, quando nos caberia apenas um boa noite? Por que insiste em me dar as costas quando sabe que eu sou o seu porto seguro? Que só eu sou os sentimentos e as palavras que você precisa? Por que fugir de mim se apenas eu sei dançar conforme a sua música?

Por que gritar tanto se é no conforto do meu silêncio que você encontra paz? Mas o seu silêncio mata tudo, inclusive a mim. Por que prefere viver a sonhar quando eu prometi tornar seus sonhos, realidade? Por que não me diz de uma vez que tudo isso que posso te dar não é o que você procura e me liberta dessa espera inquieta? Por que você não olha para mim e diz que eu sou grande demais pra tua vida? Que eu não caibo em seu coração estreito porque eu realmente sou o muito que você nunca suportaria perder? Por que seria covardia você admitir que tem medo de eu desistir, quando eu souber o quanto você se tornaria pequeno para mim.


MARCINHA ROCHA
Paulistana, geminiana e dona de uma gargalhada que chama a atenção. Estudante de ciências contábeis, viciada em pessoas, em comportamento humano, filosofia e música e adora uma boa conversa. Apaixonada por olhares e sorrisos, ouve mais do que fala e o que não fala escreve sem parar. Intensamente viva, brutalmente apaixonada por momentos espontâneos de felicidade e praticante voraz de uma dança descompromissada,
0
Compartilhe
Sei lá, às vezes bate um medo de não conseguir ter inspiração para escrever mais ou ser mal interpretado naquilo que procuro propagar. Sabe aqueles cantores que faz um bombástico sucesso com determinada música e, simplesmente nunca voltam a apresentar produto novo que encante aos ouvidos como a primeira?! Daí, uns insistentemente persistem produzindo besteiras, enquanto outros desaparecem do cenário caindo no completo esquecimento.

Palavras não faltam, nem cessam instantaneamente. Escasso é a coerência daquilo que somos em relação àquilo que pretendemos vender no nosso cartão de visitas. Escrever é falar sério ou ser cômico, tudo depende do apelo. Pode agradar ou causar repulsa. Ser compreendido nas entrelinhas é a ressaca advinda de uma incrível e agradável noite de bebedeira – a vida é assim, oscila entre o bom e ruim, e nem sempre os prazeres são obtidos em águas claras e cristalinas. O que não vale é ser uma mentira ambulante, fazendo de conta o tempo todo apenas para satisfazer o ego de outrem usando como plano de fundo a imagem de razões que não acreditamos.

Deixo claro, antes de qualquer coisa que, tudo aquilo que me presto a escrever é o retrato fidedigno daquilo que já vivi, vivo ou acredito, sem receio de incitar o julgamento alheio – justamente por ter provado na própria pele o significado. De modo especial, esta metodologia de narrar a vida acaba formatando as nuances do meu contexto, me fazendo perceber alguns equívocos e acertos cometidos, afinal, para quem acredita na capacidade evolutiva, os dias se tornam rascunhos que serão passados a limpo no desenrolar da vida. Graças ao bom Deus.

A cada inspiração que me vêm à tona, procuro aproveitar e desenvolver ao máximo. Adoro quando as palavras vão fluindo de modo solto, encontrando sentido e sabor na degustação alheia, seja falando de dor ou amor – as palavras sempre oferecem acalanto. Em algum momento sempre terá alguém atravessando a narrativa transcrita.

Ultimamente meu maior foco tem sido as relações longas e duradoras, mas nem sempre esta condição é a realidade na qual observamos por aí. Tem muita gente vivendo um puta “faz de conta” apenas para conservar alguém ao lado, transformando união em detenção. Talvez o monstro da solidão esteja impedindo o abandono da tristeza e trancafiando as portas da esperança, mas de antemão eu vos digo: o amor é um tesouro que pode ser garimpado nas mais diversas minas e o mundo é um cardápio de possibilidades.

Já vivi uma gama de relações turbulentas, daquelas que qualquer pessoa percebe que não existe futuro algum. No entanto, quando se está dentro de uma grande piscina gelada o corpo acaba se acostumando por medo de abandonar o recinto e se sentir acometido pelo frio exterior. Mesmo sabendo que existe algo errado, acreditamos na ilusão de ocorrer mudanças advindas do nada. Bobagem! Se algo estiver errado, pule fora mesmo que em alto mar, pois quanto mais longe for, maior será o esforço para desatar os nós.

Vejo tantos casais infelizes por comodismo, travando a possibilidade de ambos se realizarem bem longe um do outro. Demorei a perceber que relação que vai e volta a todo instante é o mais nítido significado de masoquismo. Já dizia a sabedoria popular: “comprar um carro que já foi seu é encarar os mesmos problemas com mais quilômetros rodados”.

Hoje eu prezo muito a calmaria que encontrei. É comum passar por turbulências e sair mais forte, mas viver 24 horas por dia, 7 dias por semana numa relação mais explosiva que o Estado Islâmico é uma guerra cujo inimigo é você mesmo. Fuja do suicídio afetivo e construa a sua base sólida.

Mire a felicidade e acerte em cheio!



DIEGO AUGUSTO.
Mineiro de Belo Horizonte, engenheiro de produção por profissão e escritor por paixão. Amante da vida e das pessoas, acredita que os sonhos embalam a vida e o amor propulsiona os sonhos. Odeia o mais ou menos e pessoas que querem progredir cedo acordando tarde. Apreciador de cervejas e conselheiro de temas que pautam as mesas de bares.
0
Compartilhe


Andava por aí, direcionada por um caminho, mas sempre sem direção. Andando assim para algum lugar ou para lugar algum... O caso é que nunca sabia. Menina de sorte, logo saberia o porquê. Talvez fosse jovem demais ou envelheceu sem perceber.

Teve, na vida, mil rumos de caminhos limitados. Mil e uma noites que têm hora para acabar. Não precisa ter pressa, mas não se atrasa. Caminha leve, mas não deixa de caminhar. Contraditório, não é? Sempre soube, mas não se deixa perturbar também. A vida passa rápido e somos todos poeira estelar, pouco demais para alguém se preocupar e, ainda assim, muitos se preocupam.

Um livro antigo dizia que os pássaros do céu nada semeiam e tudo têm. Assim, deveríamos, nós também, não termos desespero, nem medo do amanhã. Mas quem consegue, afinal? Quisera eu. Nesse mesmo livro, diz que tudo abaixo do céu é passagem. Nós também somos passageiros, como as águas de um rio que corre lento, mas sempre se vai.

As águas mudam e o homem muda, dissera um filósofo. Ela continuou caminhando... O que acharia? Um rio. A metáfora das águas funciona, constatou. Afinal, o rio não era mais o mesmo, e sobre ela? A recíproca é verdadeira. Mudanças são necessárias.

Tentou, algumas vezes, entender a vida, num falar sem fim. Entre palavras e refrões, descobriu e guardou para si, até saber de cor: silêncio! Esse é o segredo. Silenciar e entender, na calmaria, todo esse caos. Nada foi tão profundo: a sabedoria de se encontrar, enfim. Nada jamais teve um efeito tão forte.

A ironia disso tudo, e tudo o que estava na sua frente que ela não quis enxergar, pairaram sobre ela naquele momento. Quer dizer, a vida tem formas engraçadas de brincar com você. "Eu não tenho um barco, disse a árvore." 

Ouve, disse o sábio.



NATH SOARES
Uma menina-mulher, brasiliense, perdida nos sonhos e achada no meio das palavras. Escreve desde que aprendeu a unir letras para formar mensagens. Por ironia, cursa Letras, talvez para se entender. Ama a escrita, mas mantém paixões como violões que não sabe tocar, corações que não acha a porta e a saudade, que preza pela inspiração que lhe traz. Coleciona canecas, miniaturas e amores inacabados. Carrega vícios como café, livros, rock e MPB. De amor e romance, tem o ser inteiro.

FANPAGE | FACEBOOK | INSTAGRAM | INSTAGRAM 2
0
Compartilhe

Um dia desses eu sonhei com você.

No sonho, nós trocávamos olhares, entrelaçávamos sutilmente as nossas mãos e ficávamos em silêncio. Não foi muito diferente (e talvez ainda não seja) da nossa realidade. Afinal, nossos olhos hoje não se cruzam e nossas mãos não se tocam, mas volta e meia os nossos pensamentos se encontram. Assim como a nossa saudade. Como aquele "e se?" que bate de vez em quando na nossa porta. E como aquela nossa vontade de ter sido o que não fomos.


Eu, claro, acordei saudosa e sentindo o teu cheiro ali no meu travesseiro, mesmo sem você ter deitado nele um dia sequer que fosse. Lembrei das vezes em que falamos a mesma coisa ao mesmo tempo, dos sentimentos em comum que contrariavam qualquer lógica, das vezes em que recebi suas declarações inesperadas, das vezes em que eu decidi me declarar... E até dos abraços que demos em nossas despedidas que, mesmo sem beijo, faziam a gente suspirar como dois adolescentes cheios de dúvidas, mas claramente apaixonados. 

É verdade. Muitas vezes os nossos beijos aconteceram sem o toque, somente no silêncio... Silêncio do desejo (que o coração já não era capaz de calar como a boca).

Já me perguntei se nos deixamos levar pelo medo. Medo de se machucar em algo tão intenso, surreal e raro (tão raro que questionamos diversas vezes a sua existência). Ou será que foi medo de tentar e perceber que tudo não passava de uma mera e ingênua fantasia? Confesso que eu não gostaria de desmanchá-la, caso fosse assim. Pode soar loucura, mas esse laço mágico despertou e ainda desperta tanta coisa boa em mim!

Esse laço é que me faz acreditar nessas coisas invisíveis e bonitas da vida, como a sensação de plenitude que me invadia em nossas conversas intermináveis da madrugada. "Fica mais um pouco", você me pedia. Talvez sem saber que eu queria mesmo era ficar para sempre...

É, talvez agora pareça triste o fato de não estarmos juntos (embora estejamos, sempre que as lembranças aquecem o coração, como aqueceu o meu hoje). Mas sabe, eu acho tão bonita a nossa história que soa como "quase história".

Acho tão bonita a relação que criamos, o cuidado, o carinho um com o outro, independente do tempo e da distância. E acho mais bonito ainda ter alguém como você na minha vida... Alguém que eu sempre vou me lembrar, não do que quase foi, mas do pedaço de amor que sempre será dentro de mim.


BEATRIZ ZANZINI.
Jornalista, escritora e filósofa de bar. Escrevo em uma tentativa de me descobrir e também de desvendar o mundo. E então percebi que, ao compartilhar minhas ideias e sentimentos, às vezes consigo ajudar não só a mim mesma, mas também outras pessoas que se identificam com as minhas vivências. Isso me traz uma inspiração ainda maior a cada dia.

BLOG | FANPAGE | INSTAGRAM
0
Compartilhe
Postagens mais recentes Postagens mais antigas Página inicial

nas redes

  • facebook
  • twitter
  • instagram
  • Dribbble

Populares

  • EM UM RELACIONAMENTO SÉRIO COMIGO MESMA.
    Pela primeira vez eu olhei no retrovisor e não vi ninguém atrás. Também não havia ninguém ao meu lado, apenas a companhia de um vento...
  • VOCÊ NÃO PRECISA ACEITAR!
    Você não precisa aceitar um amor meia boca só porque já te fez feliz um dia. Não precisa ficar com quem te priva de ter amigos, que te tran...
  • ADEUS AMOR.
    - Não dá mais. Acho que a gente precisa de um tempo afastados. - E qual é o sentido em se afastar de quem se ama? Ou já não ama mais?...
Tecnologia do Blogger.

ARQUIVO

  • ►  2020 (5)
    • ►  Junho 2020 (5)
  • ►  2019 (11)
    • ►  Maio 2019 (5)
    • ►  Fevereiro 2019 (3)
    • ►  Janeiro 2019 (3)
  • ►  2018 (73)
    • ►  Novembro 2018 (1)
    • ►  Setembro 2018 (1)
    • ►  Agosto 2018 (5)
    • ►  Julho 2018 (4)
    • ►  Junho 2018 (8)
    • ►  Maio 2018 (8)
    • ►  Abril 2018 (11)
    • ►  Março 2018 (9)
    • ►  Fevereiro 2018 (6)
    • ►  Janeiro 2018 (20)
  • ▼  2017 (212)
    • ►  Dezembro 2017 (20)
    • ►  Novembro 2017 (10)
    • ►  Outubro 2017 (9)
    • ►  Setembro 2017 (9)
    • ►  Agosto 2017 (10)
    • ▼  Julho 2017 (9)
      • Que o outro nunca nos limite amar.
      • DETALHES DO AMOR!
      • Sem apagar o fogo!
      • AS CARTAS DISSERAM
      • PEREGRINO
      • Por que me procura onde não estou?
      • DANDO UM TEMPO A PERDA DE TEMPO!
      • OUVE, DISSE O SÁBIO .
      • NOSSA QUASE HISTÓRIA DE AMOR.
    • ►  Junho 2017 (26)
    • ►  Maio 2017 (45)
    • ►  Abril 2017 (18)
    • ►  Março 2017 (22)
    • ►  Fevereiro 2017 (17)
    • ►  Janeiro 2017 (17)
  • ►  2016 (216)
    • ►  Dezembro 2016 (20)
    • ►  Novembro 2016 (21)
    • ►  Outubro 2016 (21)
    • ►  Setembro 2016 (28)
    • ►  Agosto 2016 (31)
    • ►  Julho 2016 (21)
    • ►  Junho 2016 (17)
    • ►  Maio 2016 (16)
    • ►  Abril 2016 (19)
    • ►  Março 2016 (21)
    • ►  Janeiro 2016 (1)
  • ►  2015 (10)
    • ►  Novembro 2015 (1)
    • ►  Outubro 2015 (9)

Facebook

Pesquisar

quem somos?

Photo Profile
O amor é brega e quem não é?

O Amor é Brega é uma plataforma de informações voltada para o autoconhecimento, comportamento e relacionamentos.

@oamorebrega

CATEGORIAS

  • amor próprio (28)
  • comportamento (47)
  • contos (5)
  • contos e crônicas (19)
  • cotidiano (9)
  • relacionamento (55)
  • relacionamento abusivo (11)
  • superação (4)
  • vida (26)
Copyright © 2019 O amor é brega

Created By ThemeXpose